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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ENTREVISTANDO EM SÉRIE - PASSANDO À LIMPO COM O BLOGUEIRO MANOEL MODESTO

PASSANDO À LIMPO – ENTREVISTA COM MANOEL MODESTO


SÉRIE BLOG DE ENTREVISTAS

Com sempre vem acontecendo, hoje é dia de publicação de mais uma entrevista. Nessa oportunidade, a bola da vez, é o nosso querido amigo, Exdras França (irmão de nosso amigo Mutuca), Major aposentado da PMPE, filho nato de Buíque, menino pobre, de uma infância sofrível, a exemplo de muitos de nossos irmãos, mas que de certa forma, se esforçou também, galgou, lutou na vida e abriu espaços e finalmente, chegou a vencer e, por isso mesmo, vai nos falar sobre como foi a sua vida, sua infância, seu profissionalismo na vida militar, como se tornou um exímio e regente músico, e como autêntico integrante da cultura musical buiquense e brasileira, muito ligado também à nossa cultura popular e que, apesar de morar em Caruaru, mas o fato é o de que, nunca esqueceu às suas origens e sempre que pode, está por aqui, quer para tocar na Orquestra Buiquense de Frevo, formada por um grupo nas épocas de carnavais, quer noutras oportunidades de iniciativas culturais ou mesmo para visitar seus familiares que residem em nossa terra. Ele teve como companheiro na orquestra da PMPE, outro buiquense, Sebastião Cavalcanti (Sebastião de Clóvis), também aposentado na Banda da PMPE, como Sub Tenente. De passagem por Buíque dias atrás, aproveitamos a ocasião e o entrevistamos, que à vontade nos falou com propriedade sobre os diversos assuntos abordados por este entrevistador. Vamos então à nossa entrevista de hoje:

P - MM– Amigo Exdras, você sendo filho autêntico de Buíque, como foi a sua infância em nossa terra?

R – EF- Boa tarde! Dr. Manoel, e obrigado pela a oportunidade de poder divulgar a minha biografia: Dizendo que como todos os meninos pobres, a minha infância não foi diferente, passando pelos os mesmos sacrifícios, com o objetivo de colher glória. Comecei a jornada de trabalho muito cedo, logo aos nove anos de idade trabalhei como vendedor de plantas medicinais (eucalípito, gengibre...), carreguei frete das madames, fui ajudante de vacaria (de José Modesto), fui vendedor de pão da padaria e pastelaria Brasil (de seu Cirilo), fui corneteiro e percussionista da banda marcial do colégio de dona Lenira (Duque de Caxias), onde tudo começou a minha carreira musical. Porém, nunca deixando de lado o estudo que para mim foi à parte principal que deu norte ao meu futuro.     

P - MMVocê aprendeu música com que idade e, como chegou a se tornar militar, a aprender música e a tocar na Banda Corpo Musical PMPE e se aposentou como Major dessa importante corporação pernambucana?

R – EF– Aprendi a ler partitura musical aos 10 anos de idade, mas antes já tocava instrumentos de percussão e corneta. Ao passar dos tempos sendo mais preciso no ano de 1978 servi ao EXERCITO BRASILEIRO no 71º BATALHÃO DE INFANTARIA MOTORIZADO, sediado em Garanhuns-PE. Fui promovido a Cabo e, em seguida assumi a regência da banda de música desta unidade Militar acima referenciada. No ano de 1980 ingressei na Polícia Militar de Pernambuco como soldado. Logo no ano de 1982 fui promovido a Cabo através de concurso. No ano de 1983 foi aberto o concurso ao curso de formação de Sargento músico, no qual fui aprovado e em seguida promovido a terceiro Sargento músico, consolidando assim a minha carreira como músico na PMPE. No ano de 1996 fui nomeado para reger a Banda de Música sediada no 4º BPM (Caruaru-PE). Como o estudo sempre está acima de tudo, me dediquei a ele, principalmente na cadeira de música que, mais tarde serviu como porta de entrada ao oficialato através do concurso ao curso de habilitação de oficiais, no ano de 2002, quando em seguida fui promovido ao posto de Segundo Tenente músico assumindo assim o comando do Corpo Musical da PMPE. Em seguida veio a promoção de Primeiro Tenente, Capitão, e Major quando da minha passagem para a reserva remunerada.    

P - MM– Como é que você desenvolveu esse seu talento voltado para à arte musical e qual o seu papel na Banda Corpo Musical da PMPE, e quais os instrumentos que você toca? – Dentro do mesmo assunto, você também faz letras, escreve e ler partituras musicais, a exemplo de seu irmão Mutuca?

R – EF- Este desenvolvimento nasceu através do Maestro José Quidique e Sebastião Cavalcanti que me ensinaram as primeiras lições musicais, onde mais tarde fui Sargento músico da PMPE, logo passei a estudar como autodidata, harmonia e regência musical que por sua vez foram os pilares do meu futuro como Comandante do CORPO MUSICAL DA PMPE. Atualmente os instrumentos que toco são: trombone, bombardino, clarineta, saxofone, flauta, escaleta, acordeon, teclado, violão, cavaquinho, bateria e percussão. Levo na bagagem também composições musicais, letras de músicas, poemas, e leio partituras nas três claves, de fá, sol e dó.        

P - MM– Lembro bem, que quando de minha formatura em 1990, nas solenidades de graduação do Curso de Direito, em Caruaru, quem estava presente tocando, era a Banda Corpo Musical da PMPE e lá pude ver, que você e Sebastião, estavam lá também e falei com vocês. Como você se sentiu quando percebeu que eu fui o orador de minha turma naquela ocasião, como buiquense, no meio de tanta gente?

R – EF- Senti-me honrado ao saber que um conterrâneo assumiu um lugar de destaque na tribuna, onde proferiu a sua fala diante de um público que na ocasião assistia àquela valiosa graduação. Ressaltando ainda que, quando o doutor recém formado (Manoel Modesto) se dirigiu à Banda de Música da PMPE e nos cumprimentou perante aos presentes, deixou-me ainda mais lisonjeado, como se eu estivesse também participado da referida solenidade.  

P – MM– Você aprendeu música aqui mesmo em Buíque? - Quem foi ou foram os seu(s) mestre(s) nessa arte? - Quando você aprendeu a arte da música e como fez para se desenvolver? – Você esperava chegar até aonde chegou por conta da música?

R – EF- o ponto de partida da aprendizagem musical foi a cidade de Buique-PE, onde os Maestros José Quitique e Sebastião Cavalcanti,  nos anos 70, contribuíram com o ensinamento básico, que daí por diante, comecei a estudar como autodidata, fui amadurecendo e cada vez mais sentindo vontade e necessidade de aperfeiçoar este lado musical, que com certeza fui  escolhido por DEUS para mais tarde assumir um cargo tão importante, onde eu nunca esperava chegar a comandar o CORPO MUSICAL DA PMPE.     

P – MM– Agora que você está aposentado da PMPE, tem algum projeto de vida para não parar no espaço e no tempo e buscar ampliar à sua arte do dom da música?

R – EF- O meu projeto de vida é poder passar experiência musical às pessoas, de tudo aquilo que ao longo dos anos aprendi, e continuar sempre estudando para cada vez mais ampliar o conhecimento. 

P – MM – Já que você é buiquense e sei, como eu, que ama também o seu torrão “barriga-preta”, uma vez que, todos estamos ligados a essa terra desde o cordão umbilical, você tem algum projeto voltado para nossa cultura, nosso povo e nossa gente, no sentido de dar uma expectativa de melhora para esse mesmo povo, com a arte musical?

R – EF- coincidentemente, para esta pergunta eu tenho como resposta: poder trabalhar num projeto elaborado por EUDES FRANÇA (MUTUCA), voltado à construção de um conservatório na cidade de Buique´PE, para atender gratuitamente às Crianças, Adolescentes e Idosos do Buique, e das cidades da região do agreste setentrional.      

P – MM– Nos últimos anos, pudemos perceber que nossa terra, só veio a decrescer mesmo, em questões culturais das letras, artes plásticas, as nossas tradições culturais populares, entre outros setores. Como você poderia dar uma visão nessa questão e o que achas que se poderia fazer para reacender essa chama tão latente que existe em muitos dos jovens e de determinadas pessoas da nossa terra, para se mudar essa faceta negativa e letra morta de nossa cidade?

R – EF - não podemos individualmente resolver questão nenhuma que assola o nosso município, porém se unirmos a sociedade, governantes e empresários, poderemos sim, dar o primeiro passo para a reconstrução da nossa cidade que hoje se encontra com deficiência cultural, falta de lazer para podermos oferecer ao nosso povo e visitantes; falta de incentivo aos jovens no sentido de cultura, educação e projetos voltados à atividades que ocupem os mesmos para que não sejam atraídos pelo o uso de drogas,  a vadiagem e até mesmo à marginalidade.      

P - MM– Em termos políticos, como é que você está vendo os rumos de nossa política no momento atual, e o que você pode esperar de nosso futuro, se tudo continuar como está e como poderíamos fazer para mudar os costumes de nossa gente, pelo menos, em parte, para termos mais liberdade de livre expressão e de escolhas?

R – EF - A principio resumo esta pergunta dizendo que a decadência política está comprometida por todo o mundo, onde o povo não mais suporta este desnível político, porém só os eleitores poderão mudar este quadro crítico, e esperar que todos tenham consciência e sabedoria para poder escolher os seus representantes no âmbito Executivo e Legislativo. Daí é que poderemos pensar nos tópicos de liberdade de livre expressão e de escolha. 

P – MM – Com as suas próprias palavras, como é que você está vendo a evolução de nossa terra e se podemos ter esperanças por dias melhores para o nosso povo, em todos os campos sociais? – Situe nossa terra, dentro de sua visão de ver o mundo e as coisas ao seu redor e que mensagem de vida você deixa para os nossos jovens?

R – EF - Nos últimos anos senti que a nossa cidade gradativamente cresceu, mas ainda falta muito para se igualar as cidades referenciais, feito Caruaru, Petrolina, Garanhuns e outras, que sirva de modelo para o nosso município, e almejar o pico da evolução. Trago no meu ponto de vista a esperança de nosso povo alcançar educação, segurança, saúde, lazer e trabalho digno que o nosso município possa oferecer a toda sociedade buiquense. Deixo minha mensagem aos jovens dizendo que nunca é tarde para construir o seu futuro, mas as acomodações poderão trazer transtornos negativos. Então procurem exercer todas as oportunidades positivas que a vida nos oferece. 
     

         Assim minha gente, está aí pois, mais uma entrevista de mais um cidadão buiquense, que mesmo ainda desde o início de sua vida aqui mesmo em Buíque, passou por muitas dificuldades, muitas agruras, como tantos também, que trilharam por caminhos idênticos, à busca de um lugar ao Sol, faltando pura e simplesmente, tão-só uma oportunidade, que muitos sozinhos não conseguem realizar os seus sonhos, mas com uma pequena ajuda dos poderes constituídos, cada um e cada qual, poderá com certeza vir a ter um futuro de vida e aprender a andar com as suas próprias pernas, certo camaradas! – Semana que vem, tem mais um entrevistado. Quem tiver interesse, entre em contato comigo, que decidirei sobre se devo ou não entrevistar, em face de que, se o assunto estiver dentro do que imaginei divulgar como uma forma de interesse de nosso povo e também, servir de alerta para que nossas autoridades tomem alguma iniciativa ou atitude dentro das nossas reais necessidades e do possível, mas o que quero dizer realmente é que, o nosso Blog está aberto para todas as pessoas, indistintamente, mas também, tenho meus critérios de discernimento sobre o que devo ou não publicar e colocar nessa bola de nuvem de comunicação do mundo da internet.

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