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domingo, 21 de setembro de 2014

HOJE É DIA DO ESPAÇO POEMANDO - A POESIA DE HOJE, COM CERTEZA, VAI ENCHARCAR DE LEMBRANÇAS OS CORAÇÕES, QUE COMO EU, TIVERAM A GRATA SATISFAÇÃO DE VIVER OS ANOS DOURADOS QUE TAMBÉM VIVI.

ODE AOS ANOS DOURADOS QUE VIVI
Manoel Modesto

Eu te abracei outrora de minha vida
Dançando a música Do You Wanna Dance
Ao belo som de Johnny Rivers
E depois de muito dançar
Terminava devagarinho
Ao som estridente de The Fivers,
E logo depois vinha Dire Straits,
Em que rodopiava pra danar.

Foram anos dourados de inocência
Que ainda começou na criancice
Dilatando-se até minha adolescência
E neste mundo vivido
Fez parte marcante o som do rock and roll
De os liverponianos The Beatles,
Que naquele mundo triste
Trouxe o novo som que ainda existe.

E nessa chaga de lembranças
Olhando a menina de tranças
Que encharca meu peito e desencanta
Lembranças nítidas de amor vão jorrando
De um sábado à noite estonteante
Ao som que por um instante
Faz minha alma no ar flutuar
De os Bee Gees românticos e extasiantes a tocar.

Não mais do que tanto vivi
No meu mundo de sonhos e de dor
Não existia um só momento de temor
E os seus suaves Pingos de Amor
Que aumentava o meu clamor
Por músicas douradas do meu viver
Para meus sonhos enternecer
E em mundo de sonhos permanecer.

Não sei mais em que mundo estou
Até o meu brilhar no firmamento
Não sei mais, não o encontro
E sequer minhas estrelinhas a iluminar
Com Erasmo Carlos a cantar
Os meus prantos a aumentar,
Com um som belo e romântico
E lágrimas presas no coração a chorar.

Não mais vivo em tantos encantos
Pra viver chorando tanto
O peito a explodir de tanto dor e espanto
No ocaso da vida sem um amor, um desencanto
Que possa ao menos me dar por instantes
Um gosta de perfume de flor
E vir a ter um novo acalento de amor
E ter um final sem muita dor.

Mas só sei que lá atrás deve estar
Meus sonhos vagueando estilhaçados
Querendo os anos dourados
Que não voltam mais ao passado
Para ouvir Creedence Warter Revival
E o seu som baratinado
Que muitos faziam viagens bem ao fundo
Através de visões de outro mundo.

As verdes folhas da vida
Estão aos poucos secando
Nada a gente vê sobrando
A não ser um mundo de sonhos esvoaçados
Nas lembranças musicais
E que não voltarão jamais
Dos Pholhas e Trepidantes
Que nas tardes dançantes bailei, até me senti um rei.

Sei não voltar o passado
O presente é o que se vive
Mas gente, do que se sonhou
Lá atrás, não se esquece jamais
E os sonhos vão sempre embalando
Ao som dos anos dourados
De tudo que não foi realizado
Só resta mesmo o que ficou para trás.

Mas como a vida é presente
Sozinho na dor a gente se sente
E vez por outra o passado vem indiferente
Nos dando estes presentes
Das belas músicas de sempre
De tempos que jamais sairão de nossas mentes
De um passado belo, de ternura e quente
Que neste ocaso de vida, vai ao túmulo com a gente.

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