ODE AOS ANOS
DOURADOS QUE VIVI
Manoel Modesto
Eu te abracei outrora
de minha vida
Dançando a música Do You
Wanna Dance
Ao belo som de Johnny
Rivers
E depois de muito
dançar
Terminava devagarinho
Ao som estridente de The
Fivers,
E logo depois vinha
Dire Straits,
Em que rodopiava pra
danar.
Foram anos dourados
de inocência
Que ainda começou na
criancice
Dilatando-se até
minha adolescência
E neste mundo vivido
Fez parte marcante o
som do rock and roll
De os liverponianos
The Beatles,
Que naquele mundo
triste
Trouxe o novo som que
ainda existe.
E nessa chaga de lembranças
Olhando a menina de
tranças
Que encharca meu
peito e desencanta
Lembranças nítidas de
amor vão jorrando
De um sábado à noite
estonteante
Ao som que por um
instante
Faz minha alma no ar
flutuar
De os Bee Gees românticos
e extasiantes a tocar.
Não mais do que tanto
vivi
No meu mundo de
sonhos e de dor
Não existia um só
momento de temor
E os seus suaves
Pingos de Amor
Que aumentava o meu
clamor
Por músicas douradas
do meu viver
Para meus sonhos enternecer
E em mundo de sonhos permanecer.
Não sei mais em que
mundo estou
Até o meu brilhar no
firmamento
Não sei mais, não o
encontro
E sequer minhas
estrelinhas a iluminar
Com Erasmo Carlos a cantar
Os meus prantos a
aumentar,
Com um som belo e romântico
E lágrimas presas no
coração a chorar.
Não mais vivo em
tantos encantos
Pra viver chorando
tanto
O peito a explodir de
tanto dor e espanto
No ocaso da vida sem
um amor, um desencanto
Que possa ao menos me
dar por instantes
Um gosta de perfume
de flor
E vir a ter um novo
acalento de amor
E ter um final sem
muita dor.
Mas só sei que lá
atrás deve estar
Meus sonhos vagueando
estilhaçados
Querendo os anos
dourados
Que não voltam mais
ao passado
Para ouvir Creedence
Warter Revival
E o seu som baratinado
Que muitos faziam
viagens bem ao fundo
Através de visões de
outro mundo.
As verdes folhas da
vida
Estão aos poucos
secando
Nada a gente vê
sobrando
A não ser um mundo de
sonhos esvoaçados
Nas lembranças
musicais
E que não voltarão
jamais
Dos Pholhas e Trepidantes
Que nas tardes dançantes
bailei, até me senti um rei.
Sei não voltar o
passado
O presente é o que se
vive
Mas gente, do que se
sonhou
Lá atrás, não se
esquece jamais
E os sonhos vão
sempre embalando
Ao som dos anos
dourados
De tudo que não foi
realizado
Só resta mesmo o que
ficou para trás.
Mas como a vida é
presente
Sozinho na dor a
gente se sente
E vez por outra o
passado vem indiferente
Nos dando estes
presentes
Das belas músicas de
sempre
De tempos que jamais
sairão de nossas mentes
De um passado belo,
de ternura e quente
Que neste ocaso de
vida, vai ao túmulo com a gente.
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