A ARTE DA CRIATIVIDADE NOS
DEIXA NA INQUIETUDE DA VIDA E DE NOSSA CAMINHADA
Como sempre tenho afirmado quase que corriqueiramente, a arte
de criar, nos deixa na inquietude da vida, a ponto de nos fincarmos possuídos
por uma ideia fixa, a ponto de perseguirmos um determinado objetivo e, só
paramos mesmo quando chegamos à plenitude de que, àquilo que imaginamos, venha
realmente a se tornar uma realidade atingível e palpável. É isso que sempre
aconteceu comigo e é justamente essa vontade incomensurável de pensar, me
digladiar num imaginário muito além do possível, que está me movendo cada vez
mais no momento presente. Por isso mesmo, até parece que nasci em um momento
qualquer da atualidade. Não me sinto envelhecendo, mas me rejuvenescendo a cada
instante em que meus pensamentos vão se digladiando no imaginário infinito do
além daquilo que tenho a capacidade de pensar dentro de meu eu ontológico. Por
isso mesmo, é que esse vetor que existe dentro de mim, teima em não parar, em
não permanecer inerte, mas sim, prosseguindo em moto-contínuo de movimento de
sempre vir o dom imaginário da criatividade que habita à minta mente, o meu ser
e minha existência. Na verdade, toda essa inquietude da vida, vem a ser fruto
justamente da alma que é a essência da vida, da cultura, do intelectivo de cada
um, que vem me movendo para não deixar de sempre continuar nessa linha de vir a
criar mais alguma coisa importante, não para auferir lucros ou riquezas, mas
pura e simplesmente para alimentar uma satisfação pessoal do meu ego, sem que
isso venha a significar busca de estrelismos ou de um sucesso de vida que se
possa vir a alcançar, mas que, sempre se deve ser reconhecido por tudo aquilo
de bom que procuramos fazer, não propriamente para nós mesmos, mas sim, para um
segmento de nossa gente, de nosso povo e isso, sempre vem me movendo cada vez
mais.
Pensar somente em mim mesmo, nunca foi uma qualificadora
principal de minha vida, mas sim, das pessoas que sempre estiveram à minha
volta, de pessoas que de alguma forma me procuram, das pessoas que sempre
permaneceram ou permanecem jogadas ao seu próprio destino, ninguém sabe o
porquê, mas talvez por uma acomodação em suas vidas, ou até mesmo, por uma
imposição do destino, se bem que, quando a gente quer, tem o poder de mudar
determinadas coisas em nossas vidas, tudo pode vir a ser possível. Já outras,
parecem até mesmo que foram traçadas por muitos fatores impositivos que a vida
em muitos casos, chegou a reservar, mas que na vida, a gente nunca pode
desistir de nossos sonhos, daquilo que traçamos ou até mesmo que vem a ser fruto
de um acidente de percurso de vida, de uma improvisação, mas o que imaginamos e
o que pensamos em realizar, como algo que pode estar muito além do que
realmente representamos ou somos de verdade, tudo é possível de vir a acontecer
de verdade. A questão maior no meu entender, é a gente sonhar os sonhos
impossíveis e, dentro dos possíveis, vir a torna-los em realidade atingível e
palpável, esta é a realidade da vida de cada um de nós. Talvez na vida, a gente
sequer chegue a realizar metade dos sonhos que traçamos em nossas vidas, que
frutos de sonhos, nem sempre chegamos de verdade vir a concretizá-los, mas se
pelos menos parte disso chegarmos a tornar realidade, já é um grande passo que
demos em nossas vidas, talvez não o bastante e suficiente, mas sim, o possível
de acontecer e é isso que deve contar na vida de cada um de nós.
Sei de minhas limitações próprias, quem não é capaz do que
pode ou não realizar ou fazer? – Acredito que todo ser humano no seu
introspectivo pessoal, do seu eu ontológico, é perfeitamente capaz de ter o
devido conhecimento do que pode, do que deve e até aonde pode chegar em termos
de realizações na vida. A alma humana, a essência da vida, nem sempre deve ser
centrada em bens materiais, em riquezas colossais, porque isso nada tem valor
algum, já a gente paste da premissa que tudo na verdade não passa mesmo de uma
fase ilusória da vida, que por ser efêmera e passageira, só pode nos servir até
um determinado instante de nossas vidas, porque depois, quem ficou para lhes
substituir é quem na realidade vai usufruir como bem entender com tudo que
ficou, relativo a bens materiais que formou enquanto de sua existência, são
outras pessoas que vão usufruírem, como quiser e como bem entenderem. Então o
quesito riqueza, o acúmulo de bens materiais, nunca foi para mim, prioridade
alguma, mas sim, a satisfação de minha alma, de minha vida, com aquilo que mais
procurei na vida prezar e atingir, que foi uma boa formação intelectiva,
honestidade, honradez, dignidade, respeito ao próximo, independentemente de
quem quer que seja, e de ter uma mentalidade voltada para a valoração cultural
e sempre ter em mente buscar ajudar ao próximo na medida do possível, diante de
tantas mazelas e injustiças que diuturnamente presenciamos. Sei que é tarefa
difícil a gente fazer tudo que na vida buscou lapidar, desenhou mentalmente
como meta a ser atingida, mas se o bastante não cheguei a fazer, pelo menos a
minha parte, quero deixar pronta, realizada para que alguém possa dar a devida
continuidade quando eu me for para sempre e, daquilo de bom que deixei de
exemplo, que seja copiado, quando às negatividades, que sejam esquecidas, pois
elas não se prestam para ser modelo de vida para ninguém, por isso mesmo, é que
nesse processo de criatividade que me domina e me alimenta, é que estou
buscando criar, tornar realidade o que venho sonhado por toda minha vida. Se
tudo não fizer, não chegar a realizar por completo, mesmo assim, já me dou por
realizado, porém triste por não ter feito e concluído tudo que quis nesse curto
lapso temporal de meu viver.
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