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terça-feira, 21 de outubro de 2014

INQUIETUDE DA VIDA, VEM DE UMA ANSIEDADE DO PODER INTELECTIVO DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO CULTURAL, QUE NEM SEMPRE É UM DOM DE TODAS AS PESSOAS E ESSAS MANIFESTAÇÕES SÃO PRÓPRIAS DE QUEM NÃO SE CONTENTA NO SEU LIMITE DE PODER DE CRIATIVIDADE E DE PRODUÇÃO CULTURAL.

ANSIEDADE, ESSA INQUIETUDE DE MOMENTOS DA VIDA QUE MEXE COM A GENTE


      Não são poucas as vezes que a gente, de uma forma ou de outra, por alguma razão qualquer, fica ansioso por alguma coisa, algum fato, algo que pretende fazer e realizar. Tudo isto está acontecendo comigo no momento presente. Estou vivendo numa inquietude em face dessa ansiedade, por alguma coisa que na vida pretendo realizar e que na verdade foi fruto de muito tempo de sonho, de pensar, de imaginar, como fazer, de onde partir, como estruturar, como plantar a primeira semente e como lançar a primeira pedra fundamental. É assim que a gente que tem esse poder intelectivo da criatividade, de um modo geral, vive. Jamais se vive mansa e pacificamente. A guerra interior é uma constante batalha entre lutas ferozes que vivem se digladiando entre ideias imaginárias, controversas e que partem de direções opostas, para, no final, se chegar a um denominador comum, que pode ser o ideal ou não sintetizado do que se imaginou no pensamento, de se criar e colocar em prática através da materialização daquilo que se buscou mentalmente estruturar. Quando a gente está num período de maturação de uma ideia, geralmente, sempre vem essa inquietude da vida, que gera essa intensa ansiedade que nos deixa um pouco atônitos e até mesmo insones, mas quando a gente consegue externar tudo que está dentro da gente, com certeza vem a calmaria da vida, se bem que, para nós pensantes, não existe esse mar de rosas não senhor, pois nossa mente, enquanto cada um for capaz de conduzir e gerir o seu próprio livre pensar, é só pensar, com certeza, a força motriz criadora jamais vai parar, a não ser por um acidente biológico e certeiro da vida.
        Esses últimos dias tem sido assim para mim, de inquietude, de ansiedade, de como fazer e não fazer as coisas, o que tem para se fazer e se tempo é ou não suficiente, mas a questão é fazer o melhor, dar o melhor de mim, não somente para uma satisfação pessoal, mas também, para ajudar uma legião de pessoas que estão à margem do verdadeiro reconhecimento do que fazem, daquilo que buscam produzir e, entretanto, estão adormecidas no esquecimento de suas próprias criatividades, sem uma força motriz para movimentar essa roda gigante cultural de nossa gente. Na verdade, no mundo das letras e das artes, que tive esse dom de vida dentro de mim, não por vontade própria, mas como algo que exsurge de dentro da própria alma, do mais profundo introspectivo e que, vem a se exteriorizar através do que a gente escreve, do que em termos de literatura a gente busca produzir, não como uma obrigação ou para se ter alguma espécie de vantagem lucrativa, mas como um sacerdócio de vida que nos foi imposta pela própria natureza de cada um de nós. Ninguém nasce escritor, artista ou detentor de uma mentalidade criativa, ou tem o dom para desenvolver essa ou àquela veia artística, mas isso vem basicamente vem de dentro de cada uma das pessoas, apenas com o desenvolvimento, mas jamais de uma ajuda que nunca vem, aonde ninguém jamais vem a ser realmente reconhecido e melhorar, se tornar eficiente cada vez mais, naquilo que faz e produz culturalmente, mas quem faz determinada espécie de arte, o faz daquilo que se exterioriza de dentro de seu próprio eu ontológico e se expande para o mundo exterior. É um dom expressivo de cada artista, de cada poeta, de cada escritor e de toda manifestação artístico-cultural de um povo. Falar em máquina de datilografia, meu primeiro livro, foi fruto de uma arte desenhada pelo amigo pesqueirense Célio Guimarães, cartunista, poeta  e um artista nato, publicado em 1988, "Modesto à Parte". 
        Acredito piamente, que dentro de minhas limitações e de minha capacidade intelectiva, estou realizando e buscando fazer, o que limitativamente está dentro daquilo que posso ou não fazer, mas o imaginário intelectual de todo ser humano que lida com a arte, com quem está inserido dentro desse contexto, não existe limites quando se trata de criatividade, pois o mundo da imaginação é infinito, interminável e a cada dia que passa, a gente vai viajando sempre mais além do que poder-se-ia imaginar. A viagem no imaginário é o limite do poder intelectivo de criatividade e isso não tem quem controle. A criação, a produção de algo de nosso poder intelectivo, vem assim de repente, como esta matéria que estou escrevendo em seu momento de produção, que flui da mente, vai às mãos, à caneta e ao papel, isso se estivéssemos há alguns anos no passado de nossas vidas ou nas velha máquinas de datilografia, a minha era uma Olivetti Letera 88, mas hoje, fluem da mente, desce da mesma forma para às mãos, e vai para a digitação através de um teclado, diretamente para um computador. Acho que é uma coisa mais gélida, fria, não tão emocionante quando a gente pegava numa caneta e a partir da fruição das ideias do pensamento, a gente ia escrevendo manuscritamente em um papel qualquer, mas seja qual for a forma de criatividade, não é por acaso que esta, é um mister de uma minoria de pessoas privilegiadas, que já nasceram com um certo dom, se bem que, a cultura de muita gente, não se herda, porque nesse campo, não existe herança, mas apenas, conquistas. Posso até dizer que me sinto feliz por ter esse poder de criatividade, mas essa ansiedade, essa inquietude, que vem e se esvai como num esvoaçar ao espaço fica assim nessa inquietude momentânea de vida, justamente quanto pretendo fazer algo que acho que está além de minha capacidade intelectiva, mas que na realidade, me sinto sim, seguro e capaz de realizar algo que venha a me dar uma satisfação intrinsicamente pessoal, mas também, que venha a ajudar uma gama de pessoas, que certamente, precisa de algum suporte de alguma forma para poder ter o seu trabalho desenvolvido e devidamente reconhecido, por isso mesmo, é que ainda tenho muito por fazer e criar, enquanto vida tiver.

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