O MESMO DEBATE SEM SAL DE ONTEM
Na mesma linha dos debates
anteriores, que ocorreram primeiramente na Rede Bandeirante de Televisão, o
segundo, no SBT e, ontem, na TV Record e, pelo que pude perceber, os temas
levantados em nada de novo foi trazido à tona, ao povo brasileiro que se deteve
por duas horas em frente de um aparelho de TV ou outro meio de comunicação
qualquer, para assistir ou ouvir o debate dos presidenciáveis Aécio Neves e
Dilma Rousseff, cuja eleição ocorre daqui a seis dias, no próximo domingo.
Longe de discutir de como resolver e encaminhar soluções para viabilizar
desenvolvimento, implementar programas sociais de aprimoramento dos que já
existem, além de se tirar uma fórmula mágica das mangas para resolver as
questões da economia nesse mundo globalizado, assim como, o fosso em que se encontra
à segurança pública, a saúde, a educação, o caos do sistema prisional e a
diminuição da maioridade penal, uma séria reforma política, nada disso foi
discutido com propriedade de quem quer de fato resolver esses cruciais
problemas de nossa sociedade, mas simplesmente, quando nestes se tocou, ambos
procuraram ser repetitivos feito papagaios, sem que nada de novo tenha sido
apresentado, o que acredito, tenha deixado o eleitor, o povo brasileiro, ainda
mais confuso sobre as suas escolhas que já se avizinha para o próximo domingo.
A questão não é se discutir a essa altura do campeonato, quem
delatou quem, quem foi que roubou quem, quem desviou quanto, quanto dinheiro
foi para o ralo, para baixo do tapete, para os paraísos fiscais, que de lá, com
certeza não voltarão jamais, mas sim, deveriam os candidatos, ter sido mais
explícitos e se detido em problemas pontuais e carecedores de maiores
substâncias reais de como vão elaborar fórmulas exequíveis para solucionais os
tantos problemas brasileiros da atualidade, porque não se pode falar de futuro,
senão se construir um presente solidificado, sem a repetição dos erros do
passado. O passado deve ficar e permanecer na história, tão-somente como um
referencial para que os mesmos erros não mais venham a acontecer. De sua vez
também, o que está feito, está feito, não adianta mais tocar insistentemente na
mesma ferida, que essa nunca vai ser cicatrizada, principalmente dentro dessa
política pragmática e praxista das quais se valem ambas as candidaturas, porque
Aécio nunca foi o novo e jamais será. Na idade talvez sim, mas se for falar de
visão político-ideológica, ele é adepto do Estado Mínimo, aquele modelo que
tira o estado das mãos do povo e o coloca nas mãos de uma minoria de privilegiados
e de ricos, é isso que prega o capitalismo selvagem, denominado pomposamente de
neoliberalismo. Por sua vez, falar nos avanços do Brasil no campo social, é
importante à medida que muitas conquistas houveram nos governos petistas, mas o
problema desse partido no poder, desconstruir tudo aquilo que desde sua
fundação sempre pregou, é reprisar o mesmo filme, não há quem aguente mais. A
questão do PT, é a de que, se chegar ao poder novamente, e a de se fazer uma
filtração no partido, acabar de vez com essa ladroagem e cortar o mal pela raiz,
cortando a sua própria carne, extirpando de suas entranhas, essa é a questão
maior do PT, porque como os demais partidos, é só uma árvore a mais com os
frutos envenenados e podres. No meu ponto de vista, não acho que com mais um
debate, deu mais uma luz para o povo se definir, porque na realidade, quem for
votar no dia 26 corrente, quem não anular o voto ou votar em branco, com
certeza vai votar naquele que imaginar estar votando naquele que de adequar ao
meio termo do entre o ruim e o piorado, estará escolhendo e votando no ruim,
esta é a verdade.
Tem mais, com este mundo globalizado, que nem mesmo os
Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, entre outros países, praticam a economia
escancarada do livre mercado, porque se eles são mais fortes nessa economia que
eles mesmos são quem dão as cartas, com certeza funciona bem para eles, agora
para nós, do chamado ainda terceiro mundo, pode não funcionar da mesma forma.
Então nem aqui, tampouco na China, pode funcionar uma economia puramente de
mercado, sem um freio refreador de mercado, tampouco no distante mundo chinês. A
adoção de uma política puramente privatista, jamais vai ser a solução, porque
nem mesmo nos citados países anteriormente, o Estado não está alheio a fatos que
carecem de cuidados sociais, o que só comprova que o que é bom para eles, nem
sempre é bom para nós. Então o Estado brasileiro, jamais poderá adotar uma
política capitalista selvagem de criação de um Estado Mínimo, deixando a
economia fluir às ondas do mar, no direcionamento do vento, sem a mão poderosa
do Estado, porque senão, a ganância dos mais ricos e detentores do capital, que
sempre querem mais, jamais vão se importar com as prementes questões sociais,
então como tirar por completo o estado de vários setores de interesses dos mais
fracos, hem? – Não existe essa questão, só se for mesmo nas ideias usurárias de
quem quer sempre ficar mais rico na nuvem de fumaça do mercado financeiro, na
exploração meramente especulativa, sem trabalhar mais ganhando sempre mais
dinheiro através das Bolsas de Valores, sem nada produzir em termos de criação
de empregos e de mais renda a ser distribuída com o nosso povo mais humilde que
representa à maioria de nossa gente. Então como já o disse, estamos ainda e
vamos continuar até o fim, entre a cruz e a espada, mas dentre as escolhas,
como muitos, vou votar no que achar o menos ruim, para não anular meu voto ou
votar em branco, coisa que nunca fiz por toda a minha vida.
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