O PROBLEMA MAIOR É NÃO TER O PODER QUE SE
IMAGINA TER, MAS MESMO ASSIM, SE SENTIR O DONO DO MUNDO
Nem sempre as
pessoas estão preparadas para viver como se deve, dentro dos limites impostos
pela própria vida e pela sociedade jurídica e politicamente organizada. Uns,
que em muitos casos vem lá do fundo do poço, sem muito preparo para a vida, não
que isso sempre acontece nessa ordem, mas quando tem uma inesperada
oportunidade ou jamais imaginava que viria a ter, se acham os eventuais donos
do mundo, e por isso mesmo, dotados de um poder fenomenal que tudo podem,
quando na verdade, não é bem assim que acontece com o refreamento existente nos
próprios batentes que a gente tem que enfrentar pela vida, pois no princípio de
pesos e contrapesos, ou seja, na balança que mede a vida de cada um, um lado
pode pesar para do que o outro, sem o devido equilíbrio e vice-versa. O ideal
seria com certeza, o equilíbrio entre os dois lados, mas isso no geral, é
impossível de acontecer, porque o ser humano não aprendeu ainda que a harmonia
na vida, o respeito ao próximo, o reconhecimento de que todos nós somos iguais
uns aos outros, nem sempre é seguido por todas as pessoas, que uns se acham
donos do mundo, outros que podem ainda mais que os outros e se imaginam acima
de tudo, os próprios Deuses do Olimpo, a exemplo de determinadas categorias
sociais ou estamentos sociais que não veem o mundo com o devido preparo para à
vida que deveriam ter. Visão de mundo, a bem da verdade, não é sapiência ou
privilégio de todo mundo não senhor!
Alguns veem praticamente do nada. Nunca
foram absolutamente coisíssima alguma, mas quando tem uma oportunidade, como se
fora um prêmio vindo dos céus, se posicionam como se estivessem num pedestal
acima de tudo e de todos e por isso mesmo, se imaginam numa condição que tudo
podem. A vida, minha gente, é por demais problemática e cheia de armadilhas no
nosso caminho, de percalços invariáveis, de pedras, então nada melhor do que
diante de tudo isso buscar trespassá-los dentro das limitações de cada um,
dentro do que a própria vida nos permite. Que adianta a gente dar um passo além
de nossas pernas, não atingirmos o outro ponto no chão e, quando chegar a
complementar o passo, levar uma queda para não mais se levantar, hem? – É isso
que muitas lições nos tem mostrado. Por isso mesmo, é que só devemos fazer o
que nos é permitido e dentro de nossas próprias limitações no que nos reservou
o curto lapso temporal de vida. A questão maior, é quando a alguém é dado o poder
de mando, é que realmente a gente chega de verdade a conhecer a quem foi que
demos o poder e isso é um fato que acontece diuturnamente ao nosso redor. Não
precisamos ir a lugar algum para saber de ciência própria de tais façanhas,
porque isso acontece em nossos próprios monturos de convívio social. Existem
segmentos da vida da gente, em que cada um tem o livre arbítrio de escolher, em
alguns casos, as coisas caem como uma luva, assim de graça, como um presente
dos deuses e como se fora um acerto da sena acumulada, aí sim, é que realmente
o sujeito que foi alvo dessa benesse, se sente o máximo, se acha e por isso
mesmo, faz o que bem entende, age como se não mais existisse ninguém, não
imaginando o lacaio, que tudo por ser passageiro na vida, tudo que tem começo,
quando menos se espera, tem o seu fim e, se o indivíduo, qualquer que seja, não
estiver devidamente preparado para outra variável de vida, um outro mundo
diferente daquele imaginário no qual estava em sonho, pode se dissipar assim de
repetente e a realidade com certeza não vai ser nada fácil de ser enfrentada,
isso porque, muitas coisas que facilmente vieram às mãos de alguém, da mesma
forma se vão assim como num passe de mágica, se dissipam como fumaça. É a
lógica da vida, ou será que pode ser diferente?
Por isso mesmo é que sempre tenho
escrito e falado em minhas prelações, enquanto me for permitido, que ninguém
pode ir com muita sede ao pote, porque, na pressa, na fragilidade do corpo,
pode assim de repente, vir a ter um infarto e fenecer sem mais nem menos, como
uma reles formiguinha. O problema maior que o ser humano tem enfrentado, não é
ficar melhorado na vida, enriquecer, viver num mundo de todo tipo de regalias,
de ostentação de poder e de riquezas, mas sim, o dia seguinte que vem depois de
tudo isso, porque nem sempre na vida, existem pessoas devidamente preparadas
para viver o “day after” , sabem por
que? – A questão é bem simples, porque ninguém se preparou para viver o pós,
sem ter previamente se preparado para vive-lo, e aí as consequências podem ser
dantescas, trágicas, desastrosas e irrecuperáveis, como é costume a gente
observar na vida de muitas pessoas que já passaram pela nossa frente. Isso
acontece em consequência de falta de uma boa estrutura, de uma história de
vida. Existem pessoas que até certo tempo de sua vida, existe um quadro negro
que só começa a ser escrito com letras de giz, somente depois de certo tempo, e
que de uma hora para outra, poderá vir a ser de repetente, sem mais nem menos, completamente
apagadas. No mundo real das coisas, a gente perfeitamente observa, que quando
se erige uma grande construção, um edifício, um grande prédio, uma grande
ponte, com toda certeza, se não se fizer uma boa estrutura com boas qualidades
de ferro, concreto, cimento e demais ingredientes, além de profissionais hábeis
e gabaritados, com toda certeza, quando menos se espera, àquela construção rui
de uma hora para outra e aí reconstruir o que foi perdido, fica sempre mais
doloroso e difícil. Isso também se pode perfeitamente aplicar à vida de cada um
de nós, pois é dessa forma que mais a gente ver os acontecimentos que acontecem
em muitas pessoas que estão bem próximas da gente mesma.
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