2014 – UMA RETROSPECTIVA DO
QUE FIZ E DEIXEI DE FAZER – O ANO QUE AINDA NÃO TERMINOU
Iniciei o ano que daqui a algumas horas está prestes e
terminar e vir a raiar o início um novo, que no geral se espera venha a ser diferente,
só que, a questão é a de que, isso nem sempre se torna realidade. Como costumeiramente
acontece, para muitos, momentos de alegrias, regozijos, festejos e, para
outros, de indiferenças ou de tristezas, mas não deixa de ser um marco zero
inicial, pelo menos em tese, para a entrada depois da meia-noite, a depender do
fuso horário de cada lugar do mundo, para a entrada de um novo ano e de novas
esperanças. Para mim, é sempre a mesma coisa, mas não deixa de sempre se ter
dentro da gente uma ponta de algo que pode ser diferente do que vivenciamos
durante este curto lapso temporal que está prestes a se findar. Início deste
ano, comecei praticamente com o pé na frente, como se diz no dito popular,
porque foi um ano de amadurecimento em decisões que tomei e de enriquecimento
de minha sabedoria e no mundo das letras e das artes. Tive o privilégio de no
primeiro mês do ano, em 30 de janeiro, fazer o lançamento de meu terceiro
livro, INCONSTITUCIONALIDADE LATENTE DO STF NA QUESTÃO DO CASAMENTO
HOMOAFETIVO, que levanto a tese, do ponto de vista jurídico-científico, de que
a decisão do Supremo com relação ao reconhecimento desse novo modelo familiar
não era de competência deste, mas sim, do Congresso Nacional, não querendo com
isso, abrir uma frente de batalha com as opções de vida de quem quer que seja.
Via de consequência, dei continuidade mais assídua e presente ao BLOG DO MANOEL
MODESTO, com publicações regulares, ou seja, diariamente, sempre com uma
matéria nova em folha e fortaleci o poético, com o ESPAÇO POEMANDO que criei,
em que nos dias de domingos, uma poesia de minha autoria, é publicada e abri
espaço para também, às quintas-feiras, para a SÉRIE DO BLOG DE ENTREVISTAS COM
MANOEL MODESTO, em que busco sempre focar as pessoas que tem um dom especial a
ser mostrado e dado conhecimento público e que geralmente vivem à margem dos
demais meios de comunicação, o que marcou o nosso Blog também. Já na área
jurídica, como nos últimos dois anos de meio, não foi lá muito gratificante não
senhor, porque aqui em nossa Comarca, continuou na mesma letargia de antes e
pouco ou nada se resolveu nessa área de atuação e nossos constituintes, sempre
nos cobrando soluções para os seus casos que são colocados em nossas mãos, mas
impotentes, inertes à falta da presença da Justiça, pouco ou nada pudemos
resolver. Quer dizer, sempre retrocedendo e o município nesse campo,
praticamente ficou uma terra jogada à sua própria sorte no campo jurídico e da
aplicação da lei, em face da falta de juízes e promotores de justiça titulares.
Continuou sendo um descaso, apesar das várias matérias críticas que publiquei
em meu Blog, mesmo assim, sem nenhum eco no meio jurídico e da magistratura. Na
verdade, em vários órgãos e na sociedade, não tivemos justiça, mas sim, um
retrocesso inimaginável nessa área e tudo continuou rolando solto, como nos
anos anteriores. A bandalheira ficou solta na área pública e de tudo buscaram
fazer, como se a Justiça nunca tivesse existido em nossa terra. Apesar de tudo, ainda fiz alguns trabalhos exitosos fora de Buíque, a exemplo de um júri que fiz em Alagoinha, em outubro deste ano, em que absolvi meu constituinte, que estava preso há mais de dois anos.
No campo da cultura, uma ideia que já vinha amadurecendo há
muitos anos, resolvi criar e fundar, juntamente com outros companheiros que se
juntaram a mim, a ACADEMIA BUIQUENSE DE LETRAS E DAS ARTES – ABLA, em 23 de
outubro de 2014, o que para mim, foi um dos maiores feitos do ano e, em
especial, para minha própria pessoa, enquanto minha ligação com a cultura de um
modo geral. A entidade criada é uma instituição privada sem fins lucrativos,
dirigida no momento por pessoas de conduta social e moral ilibadas e que tem
tudo para dar certo. De início não pudemos fazer muito, mas cheguei a registrar
o Livro de Atas e o Estatuto da Academia em Cartório de Títulos e Documentos e,
consequentemente, tirar o CNPJ e abrir uma conta corrente para as movimentações
regulares dos recursos financeiros que viermos a aportar em nome da Academia.
Imaginávamos em colocar em prática nosso primeiro projeto, no mês que se finda,
que era um movimento cultural que achei por bem em denominar de PROJETO CULTURA
NA FEIRA, mas infelizmente, pela falta de recursos e de condições estruturais, e
diante da exiguidade do tempo, não chegamos a realizar esse nosso primeiro
momento, que seria o de marcar a nossa entidade como elo de instrumento para o
desenvolvimento de nossas letras e das artes de um modo geral, mas como não foi
possível, esse projeto ficou adiada para o ano vindouro, quando faremos um
Planejamento anual de metas e de trabalho para o ano inteiro, como deve ser. Também
em nome da Academia, lancei o Programa “DOE UM LIVRO”, para formação de nossa
biblioteca e os frutos já começaram a aparecer com as primeiras doações. Enfim,
nesse campo, foi um ano de enriquecimento de minha sabedoria e de mais
conhecimentos e se focar nas demais pessoas com interesses comuns, a força que
existia em mim, para que as coisas possam finalmente vir a acontecer. Nessa
área meu ano foi deveras gratificante, talvez entre tantos, um outro dos mais
importantes de toda minha vida.
No campo político, apesar de muitos acharem que deveria
continuar sendo do tipo serviçal e cordeirinho obediente da atual gestão, coisa
que nunca foi do meu feitio em toda minha existência, resolvi unilateralmente,
mas de forma também bem pensada, em romper com o gestor público atual, porque
mesmo antes de ele assumir em 01.01.2009, já não concordava com muitas atitudes
de exortação de poder e riqueza, mesmo sem sequer ter um tostão furado no bolso
e via nisso, já sinais de que o governo anterior tão criticada por esse que foi
fruto também, de minha criação, iria da mesma forma, ou pior ainda, nele
continuar a mesma bandalheira, e dito e feito, quer dizer, o que antes
imaginava comigo mesmo, cheguei a ver com os meus próprios olhos. Em primeiro
lugar, em seus primeiros quatro anos de governo, foi um desastre sem limites,
sem a máquina funcionar como deveria ser azeitada e sem ninguém saber quem era
quem no poder de mando, a não ser o preposto da Secretaria de Finanças, quanto
aos demais, ninguém sabia ao certo o seu papel num governo que não tinha uma
equipe para governar, mas apenas ele, o gestor público fantasma número um,
centrado em um jeito de governo que sempre planejou desde o início tudo pelos
cotovelos e administrou pelas entranhas, como vem sendo até os dias atuais e
pelo visto, vai continuar da mesma forma. Sempre centralizador, nunca foi capaz
de discutir medidas importantes com ninguém de seus apoiadores, muito menos com
o povo que nele votou. Se fechou em sua redoma de vidro com um seletivo séquito
que só tomaram decisões em detrimento da nossa população e por isso mesmo,
vendo que já não poderia suportar mais tantos desmandos, achei por bem tomar
uma grande decisão em minha vida e, a partir de início de novembro, decidi de
vez romper minhas ligações com esse governo e seus desmandos e fazer oposição
ferrenha, porem responsável e dentro dos limites. Na verdade termino o ano, com
a consciência tranquila, porque me libertei de um grupo político que nunca
existiu, a não ser uns poucos que buscam fazer as traquinagens em desfavor do
povo buiquense e que deles jamais fiz parte ou farei, porque nunca foi do meu
feitio partir para tirar dos doentes, dos que não conseguem estudar
devidamente, daqueles que precisam de melhorias de vida, para usar como meio de
enriquecimento ilícito, me apropriando de indevidas vantagens, que nunca esteve
e jamais terá, em minha formação de vida, porque aprendi a ter caráter,
honradez e ser um homem honesto. Por não compactuar com tais práticas, tomei
uma decisão dura, porém necessária, contra uma semente que ajudei ferrenhamente
a plantar, mas hoje, o meu trabalho é na luta para extirpar de vez essa semente
daninha que junto com meus familiares, ajudamos a colocar no poder. Pode até
ser que para uns, se dê vazão para interpretar de forma diferente, mas não é
nada disso, pois em toda minha vida, sempre fui oposição em Buíque, lugar em
que sempre estive por mais de trinta anos. Então voltar para a ser oposição é
novidade para quem? – Sempre fui assim na minha forma de agir e de pensar e não
é agora, já no amadurecimento de minha vida, que vou definhar, me amofinar e
desistir de tudo que por toda minha vida tive como ele de pregação e do que
sempre acreditei, mesmo que tenha por todo esse tempo, pregado no deserto, mas
o importante para mim, é que, quando me for desta para outra, com toda certeza
irei com a consciência dos justos de que por toda minha existência, sempre
COMBATI O BOM COMBATE e não fui promíscuo com a corrupção, a ladroagem e as
safadagens que sempre ocorre nos poderes constituídos, não só em Buíque, mas
num país apodrecido, que espero que ainda venha a ter uma solução, senão de
forma pacífica, que o povo se levante em armas nas mãos e tome uma decisão para
acabar com essa bandalheira que grassa em toda nação brasileira.
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