O CASAMENTO, A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA E AS CONSTANTES SEPARAÇÕES
O matrimônio entre casais de
sexos diferentes, ainda é uma realidade em nosso país. Constantemente a gente
percebe vários casais selando o matrimônio conjugal, o chamado casamento
tradicional, ou o civil aliado à crença religiosa de cada um ou então, o civil
somente, para legalizar uma união, que a princípio de supõe por paixão e amor
entre duas pessoas que se veem como caratas-metades uma da outra. Então nada
mais correto, do que selar o casamento oficialmente, se bem que, no mundo atual
em que vivemos, nem sempre necessário se faz toda essa celeridade, que vem
desde o momento em que se dá o nome no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Naturais, para as chamadas proclamas, ao dia D do casamento, a uma bela festa e
logo depois, para os mais bem abastados, uma lua-de-mel em algum lugar distante
e bonito. Quanto aos que não podem usufruir à tanto, um hotelzinho qualquer já
é o bastante ou então casar e dormir. Quanto à questão da lua-de-mel, não é lá,
nos moldes atual da sociedade, coisa de grande importância, porque tirar mel de
onde mais, hem? – A vida moderna, acredito que somente a Sandy (da dupla Sandy
e Júnior), se casou virgem, porque aos demais, dificilmente se casaram com seus
favos de mel intactos, para ser deglutidos tão-somente nesse dia especial. E
isso na verdade, não é nada demais, pois já não mais vivemos numa sociedade
rígida, patriarcal, em que existia o tabu de que, “se alguém chegar a
desvirginar minha filha, ou casa ou morre”, porque era uma questão de defender
à honra, mas nos dias atuais, essa questão de honradez de virgindade se tornou
uma necessidade de todo e qualquer ser humano, nada conta mais, o que de certa
forma, é um grande avanço, porque acredito, casar na “marra”, não seria nada
cômodo e o amor que possivelmente existia, já começa mal logo no início de um
casamento forçado. Melhor fazer amor livremente, tirar a virgindade de alguém,
do que casar na base da baioneta e do bacamarte.
O que tenho observado na condição de advogado, quando, como
operador do direito vou defender alguma causa nessa área familiar, é que muitos
casais, não chegam sequer, após no casamento, a viver pelo menos cerca de dois
anos, isso porque, em grande parte, o casal achou que se conhecia num curto
lapso temporal, entretanto, na vida mais íntima a dois, é que vão aparecendo as
diferenças, a verdadeira personalidade de uma e da outra parte do casal, muitos
até, como a gente tem observado no noticiário diuturno, mostram, principalmente
do lado masculino, o seu lado de violência, a passam a tratar à consorte como
um lixo, uma qualquer e passa a agir com a chamada violência doméstica, sair
com outras mulheres, isso por que, em não tendo vivido a vida intensamente e
conhecendo outras mulheres, ao se sentir já enjoada daquela com quem se casou,
sente o desejo de conhecer novas aventuras, que existem aos montes e se
oferecendo a qualquer pretexto para quem quiser, o mesmo valendo, para grande
parte de mulheres. Quer dizer, a questão do casamento, que deveria ser uma
instituição das mais importantes na constituição familiar, deixou de ser aquela
família doutros idos, para ser o tipo de família que não mais se encaixa nos
moldes de outrora, razão pela qual, em face da busca do que é novo, porque na
verdade muitos acham que não viveram o que deveriam, depois do casamento, então
as separações se dão mais pela busca de novas aventuras em muitos casos, ou
como consequência do que advém depois do casamento, quando realmente o casal
passa a se conhecer na intimidade de verdade, daí as tantas separações que
acontecem pouco tempo depois de muitos casamentos que acontecem, principalmente
entre casais de jovens. Por isso mesmo, casamento é uma coisa séria e jamais
será uma instituição permanente e que pode durar no que diz o juramento, de que
“sempre estarão juntos nos bons e nos maus momentos” até o fim de suas vidas ou
até que a morte os separe. Isso minha gente, não existe mais!
A questão crucial na vida de um casal, é justamente o
seguinte: se houve o casamento, os problemas vieram depois e não dá mais para
viver, então nada mais lógico, do que se separarem e cada qual buscar
reconstruir sua vida com uma outra pessoa ou até mesmo sem ninguém, porque
mesmo o ajuntamento, tem sido um grande problema na vida de muito casal,
principalmente quando tem filhos, constitui bens a partir da união estável e,
claro, na separação, sempre haverá uma sobra de direitos e deveres
obrigacionais vinculantes à cada um dos companheiros, que de uma forma ou de
outra, tem por dever e obrigação em assumir, até porque, ninguém vem ao mundo
por que quer, mas sim, em muitos casos, por responsabilidade ou mesmo
irresponsabilidade do casal na hora de fazer sexo por sexo ou até mesmo por uma
suposta paixão momentânea. Outra mais, casamento de verdade, renuncia a muitas
coisas de cada um dos consortes, renúncia de muitas coisas da vida cotidiana de
cada um dos contraentes, aceitação dos defeitos que geralmente só aparecem
depois de convalidado o casamento e por aí em diante. Casar de verdade, é coisa
séria, mas não pense que o fator casamento é uma obrigatoriedade de domínio
eterno até que a morte os separe. Não existe mais esse tipo de coisa hoje em
dia. Para os que se dão bem, porque existem casais que se dão às mil maravilhas
e uma das fórmulas, como já dito, é justamente, renúncia, aceitação e buscar
sempre inovar a cada dia em que estão vivendo juntos, senão, ao cair na rotina,
a tendência é ruir o alicerce básico do casamento, vindo como consequência, as
tantas separações e, como consequência, quando alguém não aceita a perda de
quem acredita amar, vem o pior, até mesmo, perda de vidas ou atos atentatórios
contra estas. Então casamento é uma coisa séria, mas como a família, como uma
importante instituição, apesar do desvalor dado ao casamento no momento atual,
ainda é um passo importante na vida celular de formação da vida em sociedade. Na verdade, ninguém sabe a hora certa de se casar, seja o casal formado por jovens e até mesmo, de pessoas amadurecidas, porque ninguém pode entrar no mundo um do outro, mesmo depois de casados.
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