CASAMENTO DE MEU PRIMOGÊNITO,
O RECOMEÇO DE MEU EU EM UMA PARTE DE MIM
Nesta última segunda-feira,
dia 08 do mês em curso, se casou civilmente, no Juízo de Direito da Comarca de
Venturosa, o meu primogênito, Hélder Modesto, que nasceu na década dos anos
oitenta. Meu primeiro filho, foi muito esperado, nasceu num momento de minha
vida, em que trabalhava no BAMDEPE, na cidade do Recife e estudava engenharia
na UFPE, mas foi um filho fruto de amor e bem-vindo ao mundo. Lembro bem que,
foi numa madrugada, por volta das cinco da manhã, no Hospital João XXXIII, na
Ilha do Leite, em Recife, que ele veio a dar o seu primeiro suspirar de vida e,
logo de início, os médicos perceberam, que ele nascera com uma doença do fígado,
conhecida como icterícia, que o deixara com os olhos amarelo-esverdeados, e
qual não foi a nossa preocupação, que de logo os médicos recomendaram que o
levássemos para o IMIP, onde só existia à tratamento para aquele tipo de mal
com o qual nascera, o que de imediato foi feito. Internado no IMIP, ainda permaneceu
por volta de cinco dias, recebendo um tratamento à base de luz ultravioleta,
mas veio de logo a superar à doença e por ter sido o primeiro, não querendo
dizer, que os demais que vieram depois dele, não tiveram os devidos cuidados,
mas Hélder, foi mais coberto de todos os cuidados que uma criança merecia ter
naquela fase inicial de sua vida. Corriqueiramente o levávamos ao pediatra e o
medicávamos dentro das recomendações médicas. Dessa fase, ele foi uma criança
bem cuidada, não se pode ter a menor dúvida. Quanto a essa doença chamada de
icterícia, os demais também nasceram da mesma forma, só que, foram todos
cuidados à base de água de coco amarelo e com algumas gotas de um medicamento
comum para o fígado, sem precisar da tortura sob luz ultravioleta que Hélder
foi submetido logo ao nascer.
Pretendia fazer o seu registro de nascimento, quando em
alguma ocasião viesse à Buíque, mesmo tendo nascido na cidade de Recife, porém
em função dessa doença com a qual nasceu, tive que registrá-lo às pressas lá
mesmo num Cartório de Registro de Pessoas Naturais, que na época ficava no
Bairro da Boa Vista, para poder ter a devida assistência do meu plano de saúde
do BANDEPE e assim foi feito. No Recife, morávamos logo que ele nasceu, no
Bairro de Afogados, na Estada dos Remédios, num pequeno apartamento e fiz
questão, como gostava de farra, de fazer mais uma destas, em comemoração ao
nascimento de meu primeiro filho, como também fiz, com o nascimento dos demais.
Na verdade, uma boa farra, só quer mesmo um pretexto, e nada melhor do que à
vinda de um novo ser ao mundo. Se para sofrer ou não, é outra história, mas a
gente que é pai, jamais deseja isso para um filho. Na ocasião do registro de
nascimento, num primeiro momento, pensei em colocar o seu nome, de VLADIMIR, em
homenagem ao jornalista paulista morto na ditadura militar em circunstâncias
misteriosas, VLADIMIR HERZOG, mas depois, pensei, por que não homenagear o
nosso Dom Hélder Câmara, o chamado “Dom do Amor”, que também fora vítima da
ditadura militar, quando chegaram na Ilha do Leite, a metralhar toda à frente
de sua Capela e ao lado, local de sua morada. Então optei por registrá-lo com o
nome próprio de HÉLDER, o que me é e sempre foi motivo de orgulho. Cresceu, se
preparou para à vida, mas ainda há muito por se fazer e tomou uma decisão
importante no decurso de seu viver, mas que é de grande responsabilidade e de
troca de amor, de deveres e de obrigações mútuas para os consortes.
Homem feito, dono de seu próprio nariz, eis que de repente, o
meu primogênito vem a se enamorar de Karola, de quem já era conhecido há alguns
anos passados, num encontro casual, na Faculdade de Arcoverde, ela de Venturosa,
porém tendo nascido na cidade de Pedra, ele, de natural de Recife, porém buiquense
de coração, veio por ocaso, a ser flechado pelo Cupido, anjo do amor, que plelo
visto atingiu o seu sentimento do coração em cheio e, com o passar de alguns
poucos anos, veio a reencontrá-la novamente, agora já não com os mesmos olhares
de uma simples paquera, mas sim, com uma visão mais ampla voltada para o amor e
para uma decisão certeira de chegar a se casarem, o que veio a acontecer nesta
segunda-feira, oito de dezembro do ano em cuso, no Juízo de Direito da Comarca
de Venturosa e com ele, mais treze casais, o que demonstra que a instituição do
casamento, ainda é forte, não só aqui no Brasil, mas em vários países do mundo.
Achei interessante a forma simples, porém transmitindo conscientização da responsabilidade
com a qual todo o casal, embora dentro da lei, estava ali naquele momento,
assumindo um para com o outro, porém deixando bem claro, que o mais importante
não era somente a solenidade do casamento, mas sim, o amor que deveria prevalecer
entre os consortes, daí, antes do sim, o juiz pediu que cada um dos cônjuges
varões, fizesse uma declaração de amor ao seu cônjuge virago, o que foi feito à
maneira de cada casal e por fim, o juiz declarou todos casados na forma da lei.
Foi muito bonita à celebração do casamento deste meu primogênito, Hélder com
sua amada Karola, que espero seja duradouro e dure até o quanto amor existir
entre ambos, ou seja, até que a morte os separe, porque casamento, embora seja
uma instituição praticamente duvidosa, deve ser encarada com responsabilidade
para quem se propõe a casar, se bem que, a visão de mundo nos moldes atuais,
seja completamente diferente, mas a família ainda é a base celular de formação
de nossa sociedade, apesar dos entreveros em que está se encontra. Mas o que
tenho a dizer, é que meu primogênito Hélder, minha nora Karola, e por que não
dizer, mais uma filha que ganhei, só tenho a desejar a vocês felicidades mil e
uma vida perene e a formação de uma linda família oriunda de quem teve e ainda
tem muito amor para dar, porque a vida ainda não terminou para mim, apenar
talvez, seja mais um começo, ao ver tudo recomeçar na pessoa de meu
primogênito. Parabéns e Felicidades, meus filhos!
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