QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O MUNDO ENCANTADO QUE VIVI NUNCA EXISTIU, MAS O QUE POSSO DEIXAR DE EXEMPLO PARA MEUS FILHOS, É A HONRADEZ, DIGNIDADE E POSTURA DE CARÁTER COM QUE MOLDEI O HOMEM QUE SOU E ISSO NINGUÉM PODE TIRAR DE MIM.

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ, PARA TUDO FICAR COMO ESTÁ, MAS SEMPRE COM UM OLHAR EM MUDAR



   No processo da vida do ser humano, tudo parece ser às mil maravilhas, mas na realidade vivida em si mesma, no decurso do desenvolvimento de cada um, nada é ou poderá ser como imaginávamos de início. A princípio, quando a gente sequer sabe direito de nossa existência, imaginamos que tudo é possível de se realizar, mas quando nos peitamos diante dos fatos reais ao nos depararmos nos descaminhos da vida, é que vamos percebendo, não assim tão devagar, mas de uma forma tão rápida, depois de um certo tempo, que vem ano, vai ano e mal a gente percebe que mais um ano já se passou e vamos adiando algum projeto de vida sempre para o ano seguinte, que pode ou não vir a ser realizado. Mas a vida é assim mesmo e o mundo encantado que a gente imagina viver, ou aquele em que eu mesmo vivi, jamais o será para sempre. Haverá um momento, aonde tudo começa a desandar e o pior de tudo, é que nós ocidentais, não aprendemos a lidar bem com tantas transformações bruscas que vão se processando em nosso organismo, novas formas de adaptações de vida, novos males próprios dos desgastes naturais de nossas células, que vão ficando cada vez mais visíveis e não há como mais parar essa avassaladora e tristes modificações corpóreas que se processam em nosso organismo, e já não somos ou poderíamos ser a mesma coisa daquilo que antes pensávamos ser, do tipo de pessoas imodificáveis ou imbatíveis. Mas isso é a vida, assim sempre o será.
      Quando criança, de uma infância difícil que vivi, não pude dizer que foi um mundo encantado, mas dentro de minha simplicidade de vida, também tinha dentro de mim, o meu mundo de ilusões, embora tristonho, alegres algumas poucas vezes, mas frustrante na maioria destas, mas mesmo assim, fui à luta, subi à montante e como disse numa frase supostamente proferida pelo general romano Júlio César, 47 a. C., que ao vencer uma batalha, assim o disse: “Veni, vidi, vici” (em português: “Vim, vi, venci”). Posso até dizer que não pude vencer todas as batalhas que travei em minha vida, mesmo assim, acredito que as mais importantes as venci. Não parto, quando a hora derradeira chegar, satisfeito não senhor, isso porque, não cheguei a vencer algumas batalhas que sempre imaginei cruciais em minha vida, mas de uma coisa tenho certeza de que irei com a consciência do dever cumprido, pelo menos com relação a não ter feito o mal a ninguém, se o bem não pude fazer e de ter educado os meus filhos da melhor maneira que um pai pode educar, apesar dos percalços que pela frente encontrei e tive que ultrapassar tais barreiras, mas digo com sinceridade, que as passei com bravura, caráter, honradez e dignidade, sem precisar massacrar ou derrubar, menosprezar ou pisotear ninguém, pois apesar de ter vindo de uma estirpe de família pobre, mas mesmo assim, uma das maiores heranças que herdei com orgulho de meus pais me, foi justamente o caráter, a honradez, honestidade, dignidade e respeito ao próximo, coisa difícil de se encontrar em muitas pessoas bem próximas da gente mesma, de nosso convívio. Não vivi em mundo de sonhos, mas de uma triste realidade de muitas lutas. Não adquiri riquezas materiais, pois estas, no meu entender, não são as principais coisas da vida, pois a essência desta, está no mínimo em viver com dignidade, conseguir, além de ter educado meus filhos da melhor maneira que pude e dentro de minha reais possibilidades, ser a pessoa honrada que tenho orgulho em dizer que sou e sempre fui. Não criei ou preparei os meus filhos para serem pústulas, desordeiros ou daquele tipo que só imagina em tirar vantagens de tudo e de todos, mas sim, homens e mulher de bens de verdade, para que tenham pelo menos o mínimo do pai que sempre procurei ser para eles, o suprassumo daquilo de bem que procurei trilhar em toda minha vida. Na verdade, isso é uma qualidade inerente à vida de uma linhagem familiar, que vem passando de pai para filho. O DNA do bem, não é uma característica que é transmitida lá de atrás de um caractere hereditário que já vem de uma árvore de frutos envenenados, pois esta jamais dará bons frutos e isso é uma realidade do que na vida cada um é de verdade. Árvores de boas raízes, sempre dão bons frutos, como regra geral. Riquezas, patrimônios, isso minha gente, se vai, se vem, desaparece como fumaça, como já pude ver e presenciar no decurso de minha vida. O importante mesmo, é a vida com honradez, honestidade e dignidade, valores estes, que são inegociáveis, isso porque, sabedoria e conhecimento, ninguém tira de quem quer que seja, valores estes, que vão com cada pessoa para o seu sono derradeiro.
     Já desembocando na fase da terceira idade, coisa que não por que queira, mas porque estou sendo empurrado na marra pelas intempéries do tempo, mas estou indo à contragosto. Não estou aceitando essa condição de muito bom grado não senhor, mas a aceitação é imperiosa e se a gente não for degolado ainda jovem, na verdade, tem que um dia chegar a essas carcaças tenebrosas a que inexoravelmente chegamos. Não existe ninguém neste mundo que possa parar no tempo e não envelhecer, a não ser, repito, se fenecer num belo retrato da juventude, caso contrário, o que era belo, virtuoso, formoso, garboso, passa a ser esse produto que hoje estamos nos tornando ou já nos tornamos de verdade. Voltar ao tempo? – Só se for na imaginação e chorarmos, lamentarmos do que no passando de sonhos vivemos, deixamos de viver e o que não pudemos fazer. Infelizmente, o que posso dizer, é que lamentavelmente, quando desta partir para outra, embaixo de sete palmos ou na casa sepulcral onde está sendo morada de meus antepassados queridos, só tenho a lamentar pelo que quis fazer, ou por algum fator de minha estada, que não pude fazer. Por isso mesmo, é que jamais irei satisfeito desta para outra. E aí eu pergunto, será que os demais, que também estão com a sua passagem marcada, será que irão satisfeitos? – Acredito que não! – Mesmo aqueles que tem certeza de que um Céu os espera, não irão satisfeitos, porque se tivessem essa certeza de verdade, procurariam abreviar à vida, apressar à morte, e sem pestanejar, partir mais cedo para uma suposta viagem para viverem as benesses do Paraíso por eles esperadas, mas na verdade, ninguém no Ocidente, ainda aprendeu a conviver com o fator fenomênico da vida, que é a morte. Na verdade, esse suposto Paraíso do Éden, não é lá muito confiável não senhor, senão muitos que vivem no sofrimento e na dor, com certeza iriam querer buscar viver nesse Paraíso de um mundo maravilho, como acreditam muitos fanáticos do mundo islâmico.

Nenhum comentário: