AUMENTO DE PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS NA PARTILHA DO BOLO DE RECURSOS DA UNIÃO, A MIM ME PARECE UM
EQUÍVOCO À PRIMEIRA VISTA
A princípio há de se
considerar três vertentes no aumento de participação dos municípios na partilha
dos recursos da União. A primeira delas, é que existe uma pequena minoria de
municípios talvez, quem sabe, em torno de 1% do total dos 5.565 municípios
brasileiros, que realmente aplicam os recursos religiosamente; a segunda delas,
é o fato de que, a maioria dos municípios brasileiros, como todos sabem e disto
tem conhecimento, é de que, mais recursos para os municípios, é um claro sinal,
uma significância em dizer, que haverá mais roubalheiras dos cofres e dos
dinheiros públicos, dentro desse vergonhoso e escrachado sistema de corrupção
desenfreado em todos os quadrantes deste vergonhoso país, que não se safa
praticamente quase nenhum setor de ordem pública, salvo raras exceções e, em
terceiro lugar, os recurso permanecendo nas mãos da União, da mesma forma serão
dilapidados, aplicados com manipulações e malversações de tais verbas pelos
nossos prepostos e dirigentes políticos e essa praga, pelo visto, é uma doença
incurável, um cancro crônico na mentalidade pública brasileira, de cima para
baixo e de baixo para cima. A mentalidade é uma só: se fulano ou beltrano mete
à mão em polpudas verbas públicas e nada acontece, por que eu, sicrano, não
posso meter também? – Por isso mesmo minha gente, estamos no meio de uma
arapuca de larápios de colarinho branco, que enquanto não houver uma legislação
mais séria para ser levada à cabo quanto à sua correta aplicabilidade, e de um
Judiciário que funcione também para esses tipos de criminosos engravatados, a
coisa vai continuar correndo frouxa, então para que aumentar mais verbas para
municípios, se o aumento da roubalheira também vai aumentar na mesma proporção
e se ficar na União, será roubado do mesmo jeito? – É àquela velha história, “se
ficar o bicho pega, se correr o bicho come”. É uma vergonha, mas é isso que
acontece e tende acontecer ainda com maior intensidade, porque a mentalidade
desses criminosos de colarinho branco, é a de que “se quem está lá em cima faz
o mesmo, por qual razão eu aqui em baixo não posso fazer também?” – Ou do tipo,
se fulano antes de mim fez a mesma coisa, então por que não posso fazer o
mesmo? – É essa mentalidade equivocada da cultura de nossos políticos e do povo
brasileiro.
A gente que está a nossa vida toda nos municípios sabe
perfeitamente disso. Só quem for burro demais ou omisso por natureza, é que faz
de conta que não vê, porque o atual mandatário está fazendo isso ou aquilo para
à municipalidade, mesmo que de forma maquiada e com desvio escancarado de
verbas públicas, pelo menos, segundo à mentalidade indigna predominante, “está
fazendo o que o outro, o antecessor nunca fez”, além de roubar. Ora, a questão
em discussão de quem está à frente do poder de mando, não é a de quem já foi, de
quem já roubou e nada aconteceu, mas a montanha de processos continua rolando,
mesmo com uma Justiça capenga, omissa e que pelo visto, também compactua com
toda essa bandalheira, não anda, não julga e fica tudo como dantes, ninguém vai
preso, paga o que indevidamente foi roubado dos cofres públicos e fica tudo no
mesmo jeito, mas no momento, pelo menos o sujeito fica com a ficha suja,
inelegível, o que já é um incipiente passo. Não é o desejável, porque da mesma
forma que um ladrão de galinhas pega cinco anos de reclusão, o político cabra
safado, corrupto e ladrão, que rouba da saúde, matando milhares de pessoas, que
rouba da educação, deixando muita gente analfabeta, sem conhecimentos, sem uma
formação para não enveredar para o caminho do crime, que não aplica devidamente
no social, que não cuida devidamente do meio ambiente, provocando doenças transmissíveis
e graves às populações, são mais criminosos que um mero ladrão de galinhas, daí
deveriam sim, responderem de forma impiedosa na cadeia pelos tantos crimes que diuturnamente
estão cometendo, não se justificando desta feita, aumento algum de repasses de
verbas pública da União para os Municípios, porque essa medida só vai dar mais
aso a mais roubalheiras com o uso indevido de verbas públicas, com o aumento de
licitações fraudulentas e com a invenção maquiada de projetos direcionados só
para malversar verbas públicas, sem nunca chegar a aplica-las. Esse é o Brasil
real que não merece ser levado à sério de jeito nenhum, como certa feita o
disso um ex-presidente francês, Charles D’Gaulle, de que “O Brasil não é um
país sério”, com o que não mentiu de jeito nenhum.
Agora se realmente houvesse honestidade e seriedade na
condução das máquinas públicas municipais, nada mais justo do que o aumento de
mais verbas públicas destinadas aos cofres dos Municípios, se isso viesse
realmente a beneficiar à municipalidade como um todo, mas isso na verdade não
acontece. Aumento de mais verbas, é aumento de mais roubo e, ficar onde essas
estão, é manter os mesmos roubos. Na verdade, nos deparamos numa encruzilhada
dos diabos. Se ficar com a União, o povo é roubado e, se vier para os
municípios, é roubado do mesmo jeito, então qual deveria ser a melhor saída? –
Simples, o povo criar vergonha na cara e aprender a escolher dirigentes que se
prezem, que sejam honestos, que tenham uma história de vida, não aquele tipo de
história fabricada artificialmente ou por uma determinada linhagem familiar do
DNA colonialista. Que tem que existir mudanças radicais nessa visão
degenerativa, disto não tenho a menor dúvida. Que o povo deve sair às ruas para
gritar para proteger o seu próprio patrimônio, é uma medida inadiável e que esse
mesmo povo, quer queiram, quer chiem, estrebuchem como bem entenderem nossos
dirigentes políticos, se o povo não acordar e botar à boca no trombone, não
berrar até estufar os peitos e colocar pra fora todo tipo de corrupto, jamais
vamos sair dessa bandalheira em que vivemos e nunca passaremos de meros
coadjuvantes de tudo isso e pecamos também pela omissão por nada termos feito
em defesa de mais transparência, aplicações corretas no que de mais necessário
for em cada município, das verbas públicas que são aportadas. Na verdade, só o
cego de guia e o burro de verdade, que sempre usa viseira para não ver a
realidade, ou até mesmo quem está mamando ou recebendo indevida vantagem das
tetas do poder, é que jamais vai concordar com isso, porque também, faz parte,
compactua com toda essa sorte de coisas, com toda essa bandalheira em que
deveria todo mundo pagar pelos tantos crimes que vem cometendo contra o nosso
povo e nada acontece, por que temos uma Justiça, mais cega e capenga ainda, onde
nada funciona e terminamos por viver em municípios, sem lei e sem ordem, em que
não funciona o Executivo, que faz tudo como bem quer, com um Legislativo que é
cúmplice de todas as mazelas praticadas pelo primeiro, e um Judiciário, que a
tudo observa dos dois, e como um cego de verdade, nada faz e não aplica como se
deve, as penas duras da Lei. Enquanto a gente viver num país como este;
enquanto o povo não se ligar de verdade e exigir através de movimentos, de
protestos ferrenhos, nada disso vai mudar. Somente poderemos ter mudanças com
ferrenhos movimentos populares, caso contrário, essa leva de poderes
constituídos, vai continuar do mesmo jeito que está. Então medida alguma se
pode tomar com a intenção de melhoria de município algum, porque antes de um
projeto se tornar realidade, na mentalidade do gestor público, já ronda a ideia
de se criar uma fórmula de como se vai roubar ainda mais. É esta, quer queiram
ou não, a realidade palpável e visível em que vivemos no Brasil. Mais verbas
públicas para os municípios, sinais visíveis de mais roubos e ladroagens, a não
ser que o povo acorde e fiscalize, exigindo de verdade de seus gestores como as
coisas realmente devem ser feitas e executadas, por que ninguém aguenta
conviver mais com essa corja de tantos cabras safados, corruptos e ladrões dos
dinheiros públicos.
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