MÁQUINAS ESTATAIS
PANTAGRUÉLICAS
Logo após à posse da
presidente Dilma Rousseff, se deu via de consequência, posse aos 39 ministros
de estado. Mas não prometeu a presidente em época de campanha que iria, caso
fosse reeleita, fazer um enxugamento da máquina, acabar com a negociata de
troca de benesses e de apoios políticos, em lugar de uma máquina eficiente,
menos corrupta e sem a marca do pantagruelismo? – Pelo visto, a coisa, como já
deu sinais, em termos de mudanças, vai cair sempre em cima da cabeça do povo,
que em última forma, é quem é o credor, fiador e é quem no frigir dos ovos, vai
pagar a conta. As mudanças já começaram com questões de direitos da classe
trabalhadora, como período de carência para determinados benefícios
previdenciários, seguro-desemprego, se bem que, esse benefício é usado, em
muitos casos, de forma fraudulenta, como todo empresário sabe muito bem disso,
além de outras vantagens trabalhistas. Quanto a questão do seguro-desemprego,
foi citado tão-somente para demonstrar que existe também falcatruas na
habilitação de muitos benefícios de muita gente que usa de má-fé para atender
situações particulares de cada um, mas sempre com o propósito de receber indevida
vantagem, prejudicando, destarte, quem é realmente merecedor de tais
benefícios. Mas a questão de fundo mesmo, é o elefante branco que representa o
tamanho do ministério da presidente ou como Lula inovou com seu neologismo, “presidenta”,
por que não é concebível que o nosso país, apesar de seu tamanho continental,
precise de 39 ministérios para gerir o órgão público da União, coisa que
bastaria, na minha visão simplista, de exclusivamente, talvez uma dúzia de
ministérios, que resolveria o problema administrativo da máquina pública
federal, quanto a outras pastas, seria o bastante e suficiente, extinguir
algumas, já outras, transformá-las em secretarias, departamentos ou coisa que o
valha, porque só assim, a máquina pública iria economizar dinheiro, se tornar
mais eficiente e acabar de uma vez por todas, pelo menos em tese, com a troca
de favores, a promiscuidade do toma-lá-dá-cá da política, tudo isto, segundo
justificativas, em nome da governabilidade, daí fazer o loteamento de cargos
públicos e pior ainda, aumentá-los na medida de interesses de partidecos
políticos e de grupos de pessoas influentes no poder de mando. É esse o atual
Brasil que iria dar sinais de mudanças a partir de 2015, o que pelo visto, nada
vai mesmo acontecer.
Como lá de cima é que vem os exemplos, nos estados da
federação da mesma forma, nada muda e cada estado, segue o mesmo molde
espelhado no Planalto. Já aqui na planície, ninguém muda em nada. A bandalheira
continua à solta, a todo vapor, com máquinas administrativas colossais, com uma
penca de secretários, agregados a um tal de secretário-adjunto, que só serve
mesmo para encantar grilos, porque se muitos secretários nada fazem, para que
um secretário-adjunto para fazer o que o peixe maior faz, ou seja, nada também.
É vergonhoso tudo isso e a regra, de um modo geral, é sempre a mesma. Todos
buscam se justificarem com a mesma desculpa de sempre, “é se lá em cima fazem a mesma
coisa, se nos municípios vizinhos também, então por que então não fazer o mesmo
no nosso?” – Ora minha gente, que forma torpe, anacrônica e
degenerativa de se pensar, hem! – Dou um simples exemplo, se por acaso A, B ou
C, é ladrão, não é obrigado eu ser também. A gente tem que ser o que é, agora
roubar descaradamente porque um outro também rouba, não é razão justificável
para quem quer que seja, porque lugar de ladrão é na cadeia, ou então, levar um
tiro da polícia e partir para a casa do caralho, ou não! – Então nesse mister,
quem assim pensar, está mais do que enganado. Cada ser humano deve fazer o seu
papel enquanto vida tiver, agora imitar os outros, se espelhar na corrupção
para fazer a mesma coisa, não é justificativa nenhuma para buscar da mesma
forma, vir a fazer o mesmo. A cada qual que se investe num determinado papel de
homem público, que busque desempenhá-lo da melhor forma possível, sem se
importar com os demais. Seja você mesmo. Faça o seu papel, mesmo que seja
censurado pelos seus pares ou reprovado em parte pela cultura popular, de
besta, jumento e tolo, simplesmente porque não rouba, é isso? – Na nossa região
posso citar dois nomes de homens públicos que entraram pobre no poder e saíram
bem pior do que quando entraram, um foi um ex-prefeito de Venturosa, por sinal
filho de Buíque, que era sapateiro, que ainda continua vivo, mas vive na mesma
vida que sempre teve, mas sem o peso na consciência de ter roubado dos cofres
do povo de sua terra e, um outro exemplo, foi o de Zé Castor de Alagoinha, que
da mesma forma entrou pobre e pobre saiu, sempre cantando, vindo a morrer num
acidente quando ia fazer um de seus shows em Serra Talhada, mas também foi com
a consciência tranquila. Acredito que é dessa maneira que deve se portar o
homem público que entra na política. A política não é um meio de ilicitamente
enriquecer sem causa, mas sim, o de servir ao povo, mesmo que esse próprio povo
venha a lhe censurar por não ter roubado. O importante é sempre ter a
consciência tranquila para poder um dia, no término da vida, dormir o sono dos
justos de ter cumprido com o seu dever de casa, de verdadeiro cidadão, durante
toda sua vida.
O pior é que, a maioria dos políticos que roubam os tufos dos
dinheiros públicos, terminam na merda, na miséria, às vezes até, sem sequer
dinheiro para fazer uma feira, passando a viver de favores, por que pelo visto,
como acredita a crendice popular, é como se fora uma maldição, “de
que tudo que vem fácil, da mesma forma, vai fácil, desaparece como fumaça”.
A explicação tem lá sua lógica, porque quando detentor de algum cargo no poder
de mando, o sujeito leva uma vida pantagruélica, de fartura, de homéricas
farras, luxúrias, grandes carrões, mansões, fazendas, apartamentos e o escambau
que o dinheiro público por quem ele alçar, venha e possa comprar. Quando o
sujeito sai do poder, querendo manter o mesmo padrão de vida, aí vai entrar na
parte do dinheiro que roubou, sem as facilidades de botar à mão nos cofres
públicos, sem ter aprendido nenhum outro ofício para trabalhar honestamente, aí
então é chegada a hora de se gastar o que se acumulou pelo que roubou, e aí a
coisa vai se esvaindo como fumaça no ar e quando menos se espera, o sujeito
termina por não ter mais nem um tostão furado, e termina como muitos, na mais
lamentável miséria, na sarjeta, se é que se pode lamentar quem tanto roubou e a
única coisa que aconteceu foi terminar de forma lastimável, na miséria, sem
nada, nem mesmo o dinheiro para comprar o caixão para ser enterrado e isso é
uma realidade que tem acontecido com muitos ex-políticos. Por isso mesmo, é que
sempre indago, será que vale à pena o político tanto roubar, tanto esbanjar com
o dinheiro do povo, enquanto uns morrem por falta de recursos nos hospitais,
sem recursos para aplicar na educação, e sem investimentos para o social e
implementação de programas de melhorias de vida de cada povo. Por isso mesmo
minha gente, roubar do que não lhes pertence, não vale à pena. O certo mesmo é
trabalhar e ganhar honestamente o que é verdadeiramente por direito seu, e isso
ninguém pode lhes tirar, porque caráter, dignidade, honradez e honestidade, são
valores de cada pessoa, os quais ninguém pode arrancar, mesmo que cheguem até
ao extremo de lhes tirar a sua própria sua vida.
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