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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A NOSSA JUSTIÇA QUE NÃO FUNCIONA HÁ MAIS DE DOIS ANOS, PELO VISTO NO PRÓXIMO MÊS TEREMOS UM JUIZ E UM PROMOTOR TITULARES, PARA VER SE OS PROBLEMAS ACUMULADOS, MAS DE 8 MIL PROCESSOS E SÓ 3 MIL CONCLUSOS PARA DESPACHOS, E EMBORA NÃO RESOLVA A SITUAÇÃO, PELO MENOS JÁ É UM COMEÇO PARA SE TENTAR RESOLVER UM PROBLEMA DO LENIENTE JUDICIÁRIO QUE VEM SE ARRASTANDO HÁ TODO ESSE TEMPO E O ADVOGADO DE MÃOS ATADAS PARA RESOLVER O PROBLEMAS DE SEUS CONSTITUINTES NA COMARCA DE BUÍQUE.

A DESÍDIA DA JUSTIÇA, PREJUÍZO IRRECUPERÁVEL PARA QUEM DESTA PRECISA

    Já venho alertando em diversas matérias que tenho escrito, do descaso da Justiça em Buíque. Com essa leniência e falta de atenção tanto dos governantes, órgãos de classe representativa dos advogados e principalmente do Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, a nossa Justiça não sai do lugar, isso porque, segundo justificativas do próprio tribunal, há falta de juízes e do MPPE, também de promotores, por isso a gente em nossa Comarca está amargando um chá de espera de cerca de 2,5 anos sem juiz e sem promotor, prejudicando sobremaneira toda a nossa população e muitos fazendo o que bem entendem, quando e como devem, pois terra sem lei e sem ordem, é terra de ninguém. A questão é a de que, segundo informes, já tem um Juiz de Direito e um Promotor de Justiça, nomeados, para assumirem mês que vem, só que, pela montanha de processos acumulados, já na cada dos 8 mil e com mais de 3 mil só para dar algum despacho tolo qualquer, ou em fase de uma simples sentença que nunca sai, a coisa fica difícil tanto para o jurisdicionado, quanto para o militante do direito que vive exclusivamente da profissão. Tem outra, Tupanatinga continua sendo um apendicite de Buíque, quando há mais de cinco anos já passou a ser Comarca, restando tão-somente vontade política e do próprio tribunal para instalar a referida comarca, coisa que muitos políticos já chegaram a externar a mim mesmo, que não tinham interesse com a justiça por perto, para não mexerem nos seus malfeitos. Então que Justiça é essa, que só funciona também se o povo gritar, é isso? – Por isso mesmo, os descasos em Buíque, Tupanatinga, continuam rolando à solta, como bem entendem os poderosos ocasionais, porque os desmandos são tamanhos, que ninguém está sequer se importante em se expor publicamente. É todo mundo, como se diz na gíria, tirando onda do povo, sem a menor cerimônia e na maior cara de pau. Desse jeito, Justiça assim, só tem que dar aso ao levante popular, para ver se alguma coisa vem a funcionar nesse nosso município e em Tupanatinga também, que continua sendo terra de ninguém do mesmo jeito.
   Pior é o fato de que nós advogados, não temos a mínima desculpa para dar aos nossos clientes sobre os seus casos colocados em nossas mãos, para nessa qualidade, buscar resolvê-los, só que, com uma Justiça ausente e quanto está presente, anda a passos de cágados, desse jeito não há quem aguente. É por essas e outras que muitos de nossos colegas estão desistindo de advogar, achando por bem, procurar uma outra lavagem de roupa, porque viver exclusivamente da advocacia, é ato de heroísmo na área jurídica. Pior é que existe burocrático de tal maneira, que sequer permite que um seu assessor, digite um mero despacho para ele somente assinar, quando deveria, para ser mais ágil, mandar o assessor elaborar o despacho, ou até mesmo uma sentença simples, daquelas de copiar e colocar, corrigir e simplesmente assinar, porque com juízes burocratas ao extremo, aí sim, é que dificulta mais o andamento de cada ato processual. É um absurdo burocratizar ainda mais, determinados ritos processuais, que já vem nos códigos procedimentais completamente dificultados, então se a lei nada impede, por qual razão não agir com menos burocracia para que cada processo avance e tenha a devida solução de cada caso colocado através de advogados no judiciário, à espera de uma solução, hem? – A questão neste nosso judiciário, é que existe muita gente de toga, que não quer nada com a vida, esta é a mais pura verdade. O que não dá para entender, é que temos 187 municípios, mas nosso judiciário sempre tem um déficit de mais de 200 juízes, como entender essa matemática, hem minha gente? – Pelo que soube, só no tribunal, existem 400 juízes, agora faço a indagação, para que? – Lugar de juiz de direito é nas comarcas desempenhando as funções para as quais optaram por concurso público. Outra mais, as vagas nunca são preenchidas, porque as provas aplicadas em concursos de juízes e promotores de justiça, são elaboradas de tal maneira, que jamais tais vagas serão preenchidas, com a elaboração de questões que estão completamente fora da nossa realidade do dia a dia e que nada tem a ver com o que um juiz de direito ou um promotor de justiça, vai desempenhar no exercício de seus cargos. Até parece que são as próprias instituições judicantes que não querem as vagas preenchidas de jeito nenhum. Tem mais, quem passa num concurso de juiz de direito ou de promotor de justiça entre os primeiros colocados, não significa em dizer necessariamente que serão os melhores não senhor. Às vezes o que passa na última colocação vai fazer um trabalho melhor e profícuo do que quem passou em primeiro lugar. Então não existe razão explicável para a aplicação de uma prova com uma complexidade na maioria das questões, que nem mesmo alguns dos mais renomados juristas, saberiam interpretá-las, a primeira pelo menos, além de se ter que enfrentar pela frente, mais quatro etapas, o que é um absurdo. É coisa para nunca se preencher o número de vagas mesmo e veja que tem muito advogado que sabe muito mais do que certos juízes de direito.
      Acredito que o processo seletivo deveria ser modificado, porque o atual, é anacrônico e ultrapassado, porque a formulação de cada prova, só dá sinais mesmos, de que jamais querem as vagas completamente preenchidas. Outra mais, juiz, promotor de justiça, delegado de polícia, tem que morar, fixar residência nas cidades para as quais são designados, isso porque, cada um desses cidadãos tem por dever e obrigação, conhecer de per si, os causos e as pessoas nestes envolvidas, e que eles vão indiciar, denunciar ou dar um parecer, para que finalmente, venha a ser feito um juízo de valor e se julgar dentro da aplicabilidade da verdadeira justiça, senão arremedo de justiça estará se fazendo. Esta é a realidade do momento, porque existem muitas sentenças que são prolatadas pelo que se sabe pelos cotovelos e se chega a uma decisão pelas entranhas. Ora, como pode um julgador ter a certeza de um julgamento consciente, isento, imparcial, se não sabe dos costumes, das tradições, do modo de vida das pessoas do lugar em que o sujeito vai exercer o seu papel judicante de aplicabilidade da lei! - Se ele nada conhece de um povo, jamais vai emitir um juízo de valor dentro da realidade de cada comarca onde vai exercer o seu munus jurídico de Juiz de Direito. Um Delegado de Polícia, se nada conhece do município, vai indiciar por meros disse-me-disse-me de quem primeiro falou as tolices pelos cotovelos e a promotoria de Justiça, da mesma forma, como uma maria-vai-com-as-outras, acompanha um indiciamento que jamais condiz com a realidade dos fatos e veja que muitas investigações, se dão início através de manipulações, provas forjadas, enxerto de provas inexistentes e por aí se vai para acabar com a vida de um cidadão. É assim mesmo que acontece em muitos casos. Por isso mesmo, é que cada um tem a responsabilidade de agir dentro do direito e se não conhece o lugar para onde foi designado e não vier a nesse morar, como ter o dom de julgar imparcialmente, hem minha gente? – Pior é para nós advogados, que por mais que busquemos demonstrar a verdadeira realidade dos fatos, nos frustramos quando vemos um julgamento e temos ciência de que àquele não foi um julgamento justo, mas fruto das maquinações instrucionais de um processo, principalmente na área penal e quando cai o fato no meio midiático, aí sim, é que o inocente paga mesmo pelo pecador, como diuturnamente acontece em nosso pais. Em suma, o que queremos para Buíque, é que a nossa Justiça venha a funcionar para, pelo menos se não vir a resolver, dirimir tantos desmandos que vem acontecendo no momento.

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