SEMPRE FUI UM TORCEDOR INCONDICIONAL
POR BUÍQUE
Geralmente, com
algumas exceções, mesmo que a gente não tenha o devido reconhecimento na
própria terra-mãe, ainda assim fica difícil o desligamento, por mais ingratidão
que talvez, não por parte de o nosso próprio torrão, mas sim, de determinadas
pessoas maléficas, mesmo assim a gente não se vê jamais desligado de nosso
cordão umbilical que nos deu origem. É assim com a maioria das pessoas. A gente
nasce num determinado lugarzinho qualquer, que por pior que seja, sempre quer
dormitar o sono eterno lá embaixo de sete palmos, de onde veio a se originar. É
assim a ligação do homem com as suas origens, porque são destas que vem a
formação de vida, o caráter, a história de qualquer cidadão ou cidadã. Por isso
mesmo, nunca fui contra Buíque, sempre fui um torcedor incondicional para que
minha terra, como tantas outras neste imenso Brasil, venha realmente a dar
certo. E isso minha gente, não é coisa de hoje. Desde molecote, que penso assim.
Como todos são sabedores, tangidos pelas intempéries do tempo e outros fatores circunstanciais,
fomos parar no Estado de São Paulo na década de setenta, não porque eu e minha
família, gostássemos ou de que viríamos a gostar daquela Selva de Pedra, mesmo
assim ainda passamos cerca de oito anos sofridos, comendo o pão que o diabo
amassou, mesmo assim aguentamos, suportamos, mas nunca deixamos de ter saudades
de nosso torrão principal, nossa querida Buíque, a qual de certa forma, nunca
soube nos compreender muito bem. Mas aqui ainda estamos no batente e ainda
torcendo por Buíque, buscando não ser meros espectadores ou coadjuvantes, mas
também protagonistas de nossa própria história na tentativa de reescrevê-la e muda-la
para dias melhores e promissores.
Quando em minhas matérias busco fazer
severas e duras críticas aos nossos dirigentes políticos ocasionais, não é com
uma ponta de ciúmes, inveja ou coisa que o valha não senhor, mas sim, pensado
com isso em ajudar a nossa terra para buscar agir dentro da lei, principalmente
nos rumos administrativos, coisa que não vem acontecendo há muitos anos e, se
veio realmente a acontecer, foram em algumas poucas exceções, porque se, como
sempre tenho pontificado, a gente for escrever a história de Buíque
politicamente incorreta, acredito que muitos de nossos ex-dirigentes políticos
vão tremer em seus túmulos e, certamente, muitos de seus pósteros, não vão
gostar com a verdade que poderá emergir de cada catacumba ou do próprio túmulo
onde estão descansando ou não, os seus sonos eternos com ou sem culpa, a
depender da existência ou não de vida no outro lado do mistério da vida, para
onde um dia, todos haveremos de ir também. Acredito que quando me for, que me
separam dessa laia, porque não pretendo conviver com esse tipo de gente que não
foi digna em vida com o nosso povo e muitas maldades praticou conta o mesmo, só
se não tiver escolha, mas se tiver, quero ficar num lugar separado dos ímprobos.
A gente ouve sempre de conversas de pé
de ouvidos de um para outro, que Buíque é uma terra sem jeito, sem uma solução,
que tem que ser assim mesmo, porque quem entrar, mesmo que faça uma pregação
diferente, ao chegar no poder, com a ostentação do cargo, da posição, do status quo que mudou assim de repente,
de que necessariamente, quem suceder quem, vai fazer o mesmo, com o que
discordo diametralmente. Claro que a maioria que vai concorrer para o ano, os
cargos eletivos, tanto majoritários, quanto proporcionais em Buíque, já vão mesmo
de olho na velha botija pública, mas no meio de tantos concorrentes, pode
existir alguém que poderá vir a ser o diferencial e que o povo, infelizmente,
por falta de noção de conhecimento, por influência do poder político, do jogo
imoral e pesado do poder econômico, poderemos ter a grande probabilidade de
mais uma vez vir a ter o poder mais uma vez nas mãos de mais um usurpador do
erário e o povo, novamente, desembocando num novo engodo, em mais um conto do
vigário, da fraude política, só mudando mesmo, as pessoas, tanto da parte do
Executivo, quanto da do Legislativo e assim, minha gente, não dá para
continuar. Vejam vocês, que apesar de tudo isso, se bem observar, Buíque vem
crescendo e muito, só que, como não se tem um planejamento, um direcionamento
de rumos, esse crescimento poderá trazer problemas sérios para o futuro, porque
o desordenamento nesse crescimento é danoso e nada está sendo respeitado,
principalmente no que diz respeito à ocupação do solo urbano e a arquitetura de
construções de novos prédios comerciais e residenciais na área urbana,
distorcendo completamente o visual de nossa cidade, transformando-a numa cidade
completamente fora dos padrões arquitetônicos e civis da boa construção e com
um visual de cada construção que se faz,
sem levar em consideração, a ocupação irregular também, de área de passeios
públicos, de acostamentos de veículos da pista de rolamento, além de ocupação
de áreas de propriedade da própria municipalidade, o que vem sendo, não somente
de hoje, um grande descaso e descalabro para com os bens públicos e o devido
cuidado para com o visual da nossa cidade, que indubitavelmente está crescendo
sim, mas se bem olhada, de forma a ferir a visão de qualquer pessoa que tem uma
boa visão no olhar. Quando no governo, ainda cheguei a elaborar um projeto de
lei, uma espécie de Código de Postura, que viria a mexer na estrutura para dar
um direcionamento a regular ocupação do solo, se não me engano, esse projeto
foi remetido à Câmara de Vereadores ainda em 2011 e passados praticamente cerca
de quatro anos, não saiu do lugar, pelo visto, sequer audiência públicas houve
para discussão e aprimoramento do projeto, coisa que talvez, nosso Legislativo
desconheça, mas que alguma coisa tem que ser feita, não para derrubar, demolir
o que já está feito, mas sim, coibir o que vem sendo feito de forma a ferir
frontalmente de morte, o visual de nossa cidade, prejudicando sobremaneira o
nosso próprio povo, principalmente os transeuntes. Basta olhar como as nossas
calçadas são construídas e que, parte delas, chega inclusive a ser ocupadas
pelo comércio local, o que é uma vergonhosa falta de respeito ao povo e à lei,
porque na ausência de uma lei específica municipal, vinga a estadual e, na
falta desta, a federal. Mais uma vez repito, precisamos de um gestor sério,
honesto, honrado, de moral e que possa colocar nosso município nos eixos em
termos administrativos, sobretudo no respeitante ao art. 37 da Constituição
Federal, porque a continuar nessa pisada, nunca vamos sair desse cordão de
sempre termos os piores administradores de nossa história, que de certa forma,
não vão ocupar um bom lugar nem mesmo na galeria daqueles que já passaram por
nossa terra.
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