COLUNA – DICAS MÉDICAS
Por Dr. Marcos Antonio Alves*
“DIABETES”: O DOCE QUE MATA!!!
O
diabetes mellitus, como é corretamente chamado, é uma doença
crônico-degenerativa caracterizada, principalmente, por uma deficiência na
produção de insulina. No Brasil, cerca de 10% da população é portadora de
Diabetes. Devemos lembrar que o número de pacientes sem diagnóstico
estabelecido é bastante alto, o que se torna a principal causa de amputação de
membros não-traumáticas, assim como de cegueira e de pacientes em hemodiálise.
Por isso, o diagnóstico precoce é imprescindível.
A etiologia do diabetes é multifatorial.
Fatores genéticos estão envolvidos na sua gênese, principalmente por levar a
uma produção deficiente de insulina pelas células beta pancreáticas. Outros
fatores associados são: obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas
alcoólicas, dieta irregular com consumo excessivo de carboidratos, dentre
outros.
A dosagem da glicemia de jejum é o
ponto-chave para o diagnóstico de diabetes. Dosagens adicionais de: glicemia
capilar, glicemia pós-prandial, glicemia após ingestão de dextrosol (“açúcar”),
hemoglobina glicada (A1c), podem ser muito úteis no diagnóstico. Atualmente,
considera-se um valor normal de glicose quando está abaixo de 100mg/dl.
O tratamento do diabetes mellitus
compreende a adoção de um estilo de vida saudável, envolvendo o tratamento não-medicamentoso
e medicamentoso. Não podemos esquecer que o diabetes mellitus pode ser
enquadrado em alguns tipos (tipo I, tipo II, Diabetes gestacional e outras
classificações), e cada qual poderá ter o seu próprio tratamento.
A minha dica alerta para o diagnóstico e
tratamento precoce desta doença extremamente grave. A procura regular pelo seu
médico para um adequado acompanhamento é fundamental. O controle do peso,
mudança do estilo alimentar (evitando a ingesta de doces e carboidratos),
moderação no consumo de bebidas alcoólicas, prática regular de exercícios
físicos, cuidado com a visão, abandono do tabagismo, e controle do estresse são
de fundamental importância para o controle da doença. Prevenir é a melhor arma
pra combater esta epidemia!
“DISFUNÇÃO ERÉTIL: O que é?...O que fazer?...”
Hoje iremos abordar um tema, que apesar
de parecer voltado apenas para os homens, é muito atual e importante para ambos
os sexos.
A disfunção erétil é a incapacidade de
obter e/ou manter uma ereção peniana suficiente para permitir uma adequada
relação sexual. A função sexual é um evento bioquímico em que, no sexo
masculino, estímulos sexuais centrais promovem uma sinalização do estímulo
erétil, o qual, por meio de uma cascata de eventos, leva à ereção peniana.
Atualmente, cerca de 150 milhões de
homens em todo o mundo, sofrem desta doença. A alta prevalência desta nos
diferentes segmentos populacionais masculinos é um problema de saúde pública.
Um em cada dois homens de qualquer parte do mundo refere estar insatisfeito com
a qualidade de suas ereções. Esta insatisfação aumenta coma idade e em razão do surgimento de doenças.
Existem vários agentes etiológicos que
interferem negativamente na filosofia desse processo, levando ao aparecimento
da disfunção erétil.
Entre esses agentes, os mais conhecidos
são: psicogênicos (ansiedade, depressão, estresse); neurogênicos (diabetes,
acidente vascular cerebral, traumas, doença de Alzheimer); hormonais
(hiperprolactinemia, hipogonadismo, hipotireoidismo); vasculares
(aterosclerose); doenças sistêmicas (insuficiência renal, infarto agudo do
miocárdio); medicamentoso (antihipertensivos, antidepressivos,
anticonvulsivantes) e fatores penianos locais.
Não podemos deixar de valorizar também
alguns fatores de risco, tais como: idade avançada, tabagismo, etilismo,
dislipidemia, obesidade, sedentarismo, doença pulmonar obstrutiva crônica,
apneia obstrutiva do sono, hipertensão arterial sistêmica, hiperplasia
prostática benigna.
A
disfunção erétil não tratada se reflete no cotidiano dos homens, ultrapassando
os limites da relação sexual, e atingindo outras áreas de suas vidas, como o
trabalho (menor rendimento), o convívio social/lazer (retraimento), a vida
familiar (evitação) e o relacionamento do casal (constrangimento).
Tratar
a mesma é devolver ao homem a autoconfiança e a auto-estima por meio da
recuperação da competência erétil. O tratamento atual inclui medidas
não-farmacológicas e farmacológicas (apoio psicológico e uso de medicação). O
surgimento dos inibidores da fosfodiesterase do tipo 5, ofereceu ao homem a possibilidade de resgatar sua função erétil
e reencontrar, ao lado de sua parceira, a harmonia de uma vida sexual saudável
e a melhora da qualidade de vida. Essa terapia é mais adotada nos dias atuais.
Hoje,
podemos dizer que, com as diversas opções terapêuticas disponíveis para
disfunção erétil, permanece sem tratamento apenas quem ainda desconhece que
esse problema tem solução. Portanto, a minha dica deste mês é procurar o seu
médico para se tratar corretamente.
*Dr. Marco Antonio
Alves (Cardiologista Clínico)
RealCor-Hospital
Português.
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