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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

AS ENCENAÇÕES DE FARSAS E MENTIRAS, NUNCA SÃO PARA SEMPRE. A VERDADE SEMPRE APARECE, PRINCIPALMENTE QUANDO ESSAS ENCENAÇÕES SAEM DO MEIO POLÍTICO, NA INTENÇÃO DE SE CRIAR UM FATO NOVO, COMO A DE UM FALSO ATENTADO SUPOSTAMENTE SOFRIDO POR UM CANDIDATO NUMA DETERMINADA ELEIÇÃO, E QUANDO A GENTE SABE, É COMO SE O MUNDO CAÍSSE SOBRE A GENTE QUE NÃO CONCORDA COM ESSE TIPO DE COISA.

O DIA EM QUE MEU MUNDO PAROU


    Acordei numa certa quarta-feira, como sempre faço, lá pela madrugada, fiz minha higiene pessoal de rotina, preparei meu café, do meu filho que todos os dias vai para Arcoverde de manhãzinha para estudar, e fui para o computador fazer algumas defesas da campanha política de meu candidato e preparar alguma documentação de praxe do andamento da campanha.
       Desde o momento que coloquei o pés em minhas sandálias, me dirigi ao banheiro, percebi de logo algo no ar, de que aquele não seria um dos melhores dos meus dias, mesmo assim, achei por bem em cumprir minhas obrigações rotineiras de meu dia-a-dia. Preparei tudo, deixei o filho no ponto de ônibus, voltei e dei continuidade aos meus trabalhos de rotina, porque não é nada fácil o sujeito comandar uma campanha política.
        O assunto que iria desenvolver em meu computador, como não poderia deixar de ser, era mais sobre Direito Eleitoral, porque numa campanha, é só o que prevalece mesmo, é essa veia do direito. Não se poderia ter uma diretriz xis ou ípsilon para se trabalhar o direito, a não ser quando aparecia algo noutra área para fazer, mas o principal era a área eleitoral mesma. Nos meus trabalhos, sempre procuro ir estruturando e desenvolvendo dentro dos padrões do desenrolar da campanha, mas com um certo planejamento para que nada venha a dar errado. É assim que sempre tenho trabalhado quando presto meus serviços, mesmo sem ganhar um tostão furado, numa campanha eleitoral, como àquela em que estava na linha de frente. Hoje não faço isso sem previamente receber, nem para o Papa, se ele viesse a ser candidato a algum mandato eletivo, porque não vale à pena trabalhar para essa cambada de malfeitores e picaretas, porque nenhum deles, sem exceção, lhes agradece como o bom profissional merece, a não ser que esteja inserido no mesmo conluio de lacaios a dilacerar o patrimônio público.
       Na vida da gente, como sempre acontece para quem busca agir com honradez e retidão de conduta, nada vem com facilidade às mães e também, jamais dentro de proporções facilitadas como acontece com os vivaldinos de plantão que vivem de surrupiar o que não é seu, sobretudo, se o sujeito pertence à esfera do poder público e foi eleito para algum mandato eletivo, especialmente, o de alcaide de sua cidade. Ser prefeito de seu monturo de moradia, é o mesmo que ganhar na sena, para os descarados que a gente vem a encontrar em nossos caminhos, principalmente quem, como eu, é ligado à política. Mas isso para mim, não mais vai acontece e, se tiver que defender qualquer que seja o pilantra, antes porém, terá que pagar pelo meu serviço, caso contrário, procure um outro serviçal de menor potencial de habilidade na área de atuação.
        Foi assim mesmo num certo ano de eleição, em que participava de mais uma política em minha vida, agora com a esperança de ganhar mesmo, mas como sigo uma linha de pensamento ideológico de uma filosofia de que tudo pode ser modificado, embora prevaleça sempre a política da picaretagem e de se tirar vantagens de tudo e de todos, pouco importando os meios, inclusive para se ganhar um pleito eleitoral, que me deparei com um fato inusitado, que pensei fosse coisa tão-somente de lorotice política e que na realidade certas coisas não aconteciam de verdade, mas apenas no mundo do imaginário coletivo. Logo eu, que embora buscasse ter um pouco de esperança na candidatura que estava defendendo, não podia esperar que um fato tirado de filmes do submundo do crime, montado de uma peça oriunda de pura invencionice e malandragem política, viesse a acontecer justamente com um candidato que estava recebendo o meu apoio, mas infelizmente, o fato aconteceu e era verdadeiro.
      Pior é que numa certa madrugada, em um certo final de semana, numa madrugada de sábado para domingo, por volta das três para às quatro da manhã, recebi uma pessoa da área jurídica da campanha, toda descabelada, batendo ofegantemente em minha porta e gritando por mim, fato que veio a me acordar meio atordoado e de logo, assim como que balbuciando coisa com coisa, desconexamente, me disse Doutor, se troque, ou melhor, venha assim mesmo, que nosso candidato foi vítima de um atentado, com o que, fiquei pasmo, indignado, mesmo assim reagi de imediato, atordoado por uma ressaca pesada, escovei os dentes, passei uma água rápida no rosto, vesti de imediato uma roupa chinfrim qualquer, mas lá com os meus botões, pensei comigo mesmo, será que esse atentado aconteceu mesmo? – Será que isso foi de verdade? – Quer dizer, imaginei isso, porque já tinha visto filme igual com um outro candidato a mandato eletivo, que se aproveitando de uma maquinação desse tipo, se deu por vítima e terminou por ganhar uma eleição para deputado estadual de graça, sem gastar praticamente nada. Nosso candidato era principiante, mas pelo visto, deve ter aprendido alguma coisa com outros malandros da política e pelo visto, não diferentemente dos demais, era capaz também de dar nó em pingo d’água. Professor era o que não faltava, os tinha por todos os lados, menos para ele mesmo, aprender ou terminar o curso que fazia.
        Depois de alguns tempos, tomando todas as medidas jurídicas cabíveis, tanto comunicando ao Batalhão da PMPE, à Secretaria de Segurança Pública do Estado e à Justiça Eleitoral pedindo garantias de vida ao meu candidato em face de ter sofrido um atentado de morte, foi que vim a saber, mesmo no decurso da campanha, que tudo não passara de uma montagem, uma fraude descarada, para, em se criando um fato novo, se colocar a culpa para o candidato adversário, inclusive, queriam até jogar a culpa num inocente, para que a coisa viesse a se tornar um fato novo e assim, cair na comoção popular e com maior facilidade se ganhar a eleição. Ao saber desses fatos, fiquei realmente decepcionado com essa farsa, essa mentira criada com a conivência da maioria, menos com a minha, que sempre fui contra a expedientes fora dos trâmites legais e limpos que se deve levar adiante numa campanha política, se bem que, nesse meio, isso é fichinha perto do que acontece, o que para mim, é uma descarada sem-vergonhice.
        Foi aí que realmente para mim, quando tive à certeza e pior, o atentado não era para ser desse jeito, mas sim, o combinado seria bem diferente, em que teria que sair de um percurso em que se dirigia candidatos para um bate-papo na zona rural, inclusive a vereadores, além do majoritário, num mesmo veículo e um deles, numa emboscada  em um ponto previamente combinado, seria vítima de um tiro de verdade, para dar mas um toque de realidade à coisa, só que, esse plano, foi colocado de lado, porque se o atirador errasse, a suposta vítima poderia ao invés de levar um tiro no braço, poderia vir a ter à cabeça acertada e não teria sido reeleito vereador. Quando realmente tive certeza desse fato, digo com toda sinceridade do mundo, foi justamente nessa quarta-feira, em que o meu mundo parou e fiquei a matutar se continuaria ou não defendendo essa deslavada farsa, essa mentira cabeluda, que na verdade ocorreu e que muitos, mesmo depois sabendo que tudo não passara de uma encenação, ainda assim, continuaram calados, como se nada tivesse acontecido, mas que para mim, quando tive a certeza, foi o dia em que o meu mundo parou, porque não concordava com esse tipo de coisa, mas mesmo assim, como já tinha tomado todas as providências para à segurança de meu candidato, não citei sequer em meus discursos esse fato, porque achei por bem permanecer calado, mas que desse fato nunca esqueci e foi a partir daquele momento, que percebi que não estava defendo o que poderia ser o diferencial em mais uma política, mas sim, mais uma deslavada mentira, como fora daquele candidato que aproveitando-se de igual situação, terminou por se eleger em parte, diante de uma comoção popular criada e da imagem desgastada do candidato adversário, como em parte, veio a ocorrer também com esse sujeito, que na verdade, tudo que existe nele é produto de uma mentira ou de um produto falsificado adquirido no Paraguay, porque confiar nesse tipo de político, é o mesmo que imaginar que as nuvens não venham a trocar de lugar em questão de segundos.

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