A ARTE DA POESIA, DA ESCRITA E DE QUALQUER MANIFESTAÇÃO CULTURAL, SE
FAZ COM AMOR, MAS NÃO SOBREVIVE SOMENTE POR AMOR
Mais do que ninguém tenho
conhecimento de per si, que nada pode ser feito somente na base do amor, nem
mesmo as grandes histórias de amor, porque além deste importante ingrediente,
se precisa de muitos outros de ordem material, entretanto, em determinadas
circunstâncias é possível se fazer as coisas aconteceram simplesmente por amor
à arte, à cultura, à música, enfim, a todas as manifestações culturais, como
nós, membros da ACADEMIA BUIQUENSE DE LETRAS E DAS ARTES – ABLA, fizemos o
nosso primeiro evento público, o PROJETO CULTURA NA FEIRA, naquele Pátio, que
achei por bem em denominar de PANTEON DA FEIRA-LIVRE, que foi projetado e ainda
não concluído, há cerca de quinze anos atrás, mas que nunca houvera sido
realizado um evento cultural, para cuja finalidade foi projetado, mas
felizmente, fizemos um bom evento, como forma de estreia de nossos propósitos
culturais da academia, que é levar cultura e arte ao nosso povo, chegar bem
pertinho deste, então com parcos recursos fizemos nosso evento e foi positivo e
proveitoso, para que possamos fazer outros e bem melhorados do que o primeiro.
Tivemos grandes momentos e todas as apresentações, quer de Alex Soares e a sua
Banda Dinossauros de Loka, do talento da música, a jovem Esthefany e Banda, do
experiente e grande músico buiquense, Mutuka e Banda, dos declamadores de poesias
e cordel, Rosa Ramos, Diosman Avelino (esse, buiquense que mora em Pesqueira),
seu filho Pedro Avelino, Sivaldo, Zé Grandão, Potência, Forró e Toada, outro
talento de Pesqueira; Paulo Tarciso com o seu brilhantismo na literatura de
cordel e eu mesmo que ainda cheguei a recitar duas poesias de minha autoria. Fora
o mundo da poesia, da música e do cordel, contamos também com a participação da
exposição das exímias pinturas de nossa artista da terra, Vanusa, que expôs os
seus belos e glamorosos quadros pintados à mão, verdadeiras obras-primas, além
da exposição de livros, de literatura de cordel e de CD’s e DVD’s, de Potência,
Forró e Toada, de Pesqueira. O evento em si, nada deixou a desejar e mostramos
ao povo, com nosso primeiro projeto, que pretendemos levar aos nossos bairros,
vilas e aonde quer que venhamos a ser convidados, estaremos com o nosso
espetáculo cultural marcando presença. O orçamento, pelo fato de todos terem se
apresentado neste primeiro momento, por amor à arte e à cultura, sem
recebimento de cachê, foi de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), o que
demonstra, que quando se quer, se organiza, a gente tem o poder de realizar,
sem precisar de muitos gastos, mas é muito pouco e só demonstra da essencialidade
das presenças da iniciativa privada e do poder público em tais iniciativas em
favor de nosso próprio povo.
Claro que não é nosso objetivo fazer tudo por amor, porque
ninguém sobrevive somente de amor, nem mesmo os apaixonados ilimitadamente pelo
jogo da paixão. Tem que existir uma mistura fina, chamada de um importante
ingrediente, que é o pagamento de cachês para os participantes, como forma de
incentivo e para isso, vamos trabalhar em busca de ajuda, de parcerias, para
que, nos próximos eventos, quem vier a se apresentar, tenha no mínimo uma ajuda
por ínfima que seja, como forma de incentivo, porque ninguém pode mostrar
somente o talento que tem, sem a contrapartida de um cachê por menor que seja,
como forma de incentivo e é assim que deve ser. Mas o que quero demonstrar
nesta minha prelação, é que, em se tratando de cultura, para se fazer um evento
de nível, como o que realizamos no último sábado, não é necessário se gastar
muito, tampouco fazer um orçamento para alguns se locupletarem do que não lhes
pertence e assim serão os nossos propósitos de tocar e fazer cultura com a
filosofia de nossa Academia, pois se não tivéssemos tais objetivos, melhor seria
não tê-la criada em 23 de outubro de 2014. Sei, tenho consciência própria, que
só estamos engatinhando, mas já fizemos uma campanha de DOE UM LIVRO, que
continua por tempo indeterminado, para formação de nosso acervo bibliotecário,
além de outros projetos que pretendemos implementar ainda no decurso deste ano.
Agora, claro, precisamos contar com o apoio de nosso povo, nossa gente, não só
daqui de Buíque, porque a Academia não vai abranger somente e exclusivamente a
nossa terra, mas sim, a universalidade cultural de nosso povo, agora, claro,
sempre priorizando a nossa terra, Buíque, isso porque, quando se imagina em
cultura, a gente tem que ter em mente, que com uma coisa imaterial, o seu
alcance não é tão-somente local, mas sim, tem o seu campo de ação e de
reconhecimento na universalidade humana do mundo da cultura, que na verdade não
tem limites.
Venho percebendo também, não sei por qual razão, que nem todos
os membros estão envolvidos de corpo e alma com nossos projetos, mas quero
nesta oportunidade, conclamar a esses membros, que busquem participar mais,
porque a ACADEMIA não foi criada para propósitos especiais e exclusivos de quem
quer que seja, a não ser, o desenvolvimento de nossa cultura, nossa arte,
valorizando os talentos com os quais podemos contar. Nos limites da ACADEMIA, o
fator preponderante e principal, é puramente cultura, onde se vai encontrar um
ambiente em que se respira, transpira e inspira, tão-somente cultura. Outros
assuntos, só extra-limites de nosso mundo ACADÊMICO que criamos e fundamos com
muita luta e garra em nossa cidade de Buíque, sendo os pioneiros na região, o
que só nos vem a trazer mais orgulho, por estarmos nos tornando na região, o
celeiro onde o caldeirão cultural está começando a fervilhar, não só através de
nossa ACADEMIA, mas também do Grupo de Leitores Cyl Gallindo, que vem fazendo
um excelente trabalho no campo cultural, principalmente no incentivo à leitura
e na divulgação do conhecimento da obra de nosso também barriga-preta, querido Cyl,
que tanto fazia questão de dizer, que aqui era o “seu cordão umbilical, o seu
mundo”, e por isso mesmo, morando em Recife e viajando pelo Brasil afora e
parte do mundo, nunca esqueceu as suas origens. Então não podemos nos acomodar,
mas sim, fazer mais e sempre em nome da cultura de Buíque e quem está imbuído
nesta luta, ou agarre-a como manda o estatuto, ou então, procure outro rumo,
porque em não estando de acordo com o que pregamos, não serve aos propósitos
culturais de nossa Academia. Sei que todos tem as suas obrigações e precisam
ganhar o seu pão-de-cada-dia, mas acredito que qualquer um de nossos partícipes
e quem assim o desejar, pode tirar um pouco desse tudo, para se doar um pouco à
nossa Academia, ou será que é pedir muito? – Quero informar também, que nossa
Academia está de portas abertas para o cadastramentos de várias espécies de
sócios acadêmicos, que vão desde os fundadores, que após à fundação passaram a
efetivos, os efetivos, Beneméritos, Colaboradores, Honorários e
Correspondentes, quer dizer, não precisa ser um artista, um escritor, um poeta,
um pintor, músico ou que tenha o dom de alguma expressão cultural, mas sim, que
queira colaborar com o nosso projeto cultural. Estamos de portas abertas para
os que quiserem nos ajudar no desenvolvimento do PROJETO CONSOLIDAÇÃO DE NOSSA
ACADEMIA BUIQUENSE DE LETRAS E DAS ARTES, com o fortalecimento de nossa cultura
e de nossos valores cultuais.
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