O PROBLEMA
MAIOR BRASILEIRO, SEMPRE FOI A CORRUPÇÃO
Acaso se voltar para os
primórdios de nosso história, desde o descobrimento do Brasil, passando pela
vinda de D. João VI para à Colônia portuguesa, analisando o período do império
dos D. Pedros e o início da república com o golpe militar dos marechais
alagoanos, a gente vai se deparar com os mesmos problemas de sempre, corrupção,
roubalheira e desmandos para com os interesses do povo e a coisa pública, ao
ser implantada a “res publicae”.
No colonialismo brasileiro, a corrupção girava em torno da
exploração do ouro brasileiro, pedras preciosas, da traficância de escravos aos
olhos da corte portuguesa, de madeira, em face dos interesses sempre da classe
nobre e que se disseminou nos subsequentes períodos de nossa história. Então
não se pode dizer que o problema com a corrupção no Brasil é um mal maior de
hoje. Pode ser mais ampla e alcançar mais pessoas, tanto da iniciativa privada,
quanto da pública, porque o número de pessoas extremamente é bem maior do que
naqueles idos da história mal contada que sempre foi a do Brasil.
A bem da verdade, a corrupção já veio impregnada naqueles que
foram os primeiros desbravadores portugueses, que para cá vierem por degredo,
obrigatoriedade da Corte Portuguesa, que não iria mandar para uma longínqua e
perigosa colônia, pessoas ligadas à nobreza, a não ser a escória execrável da
sociedade dos nobres portugueses, porque mandar nobres para uma terra tão
distante, que se demorava mais de três meses de viagem de caravelas, que
organizadas em esquadras, grande parte destas desapareciam misteriosamente e
dificilmente metade da tripulação chegava intacta, porque os perigos eram
enormes a ser enfrentados em cada missão. O próprio rei de Portugal D. João VI,
que veio para o Brasil, fugindo da França de Napoleão Bonaparte, em 1.808,
demorou cerca de mais de três meses para chegar ao Brasil e do séquito de mais
de 15 mil seguidores que fugiram com ele para explorar e viver da leniência nas
matas tropicais brasileiras, não chegaram vivos, porque nesse percurso, chegou
a faltar água potável, remédios, pelo menos os parcos que existiam, a higiene
era extremamente precária, a multiplicação de ratos, baratas e piolhos nos
navios era uma realidade fora de controle e tudo isso conspirava contra a
fugidia esquadra que trouxe o Rei de Portugal para o Brasil em 1.808. D. João
VI, indiscutivelmente, quando chegou ao Brasil Colônia, fundou a primeira
escola de medicina na Bahia, fez a abertura dos nossos portos, criou o Banco do
Brasil, entre outros benefícios para o bem-estar de sua própria nata portuguesa
e o bando de malandros que vieram com ele somente para roubarem e se fartarem das
riquezas do nosso pais. Mas aliado à sua vinda, veio também algum
desenvolvimento, mesmo assim, quando entregou o Brasil a D. Pedro I, em 1821, o
fez para que o país continuasse mais um braço português e rapou as nossas
riquezas e os nossos cofres, deixando o seu filho de mãos atadas até o pescoço
para administrar o Brasil Império, mesmo assim, ele fez o que pode, apesar de
tenra idade, para, pelo menos simbolicamente dar o grito de independência do
Brasil do jugo português. Com isso, veio a unificar o Brasil que se insurgia em
suas várias colônias espalhadas por todos os recônditos geográficos, ainda
assim, conseguiu massacrar os levantes contra à coroa e deixar o Brasil unido,
como se fora um continente, o que não ocorreu na américa espanhola, que se
esfacelaram e se dividiram em vários países.
Com a implantação do Brasil República, imposição dos
marechais de Alagoas, que deram um golpe na coroa imperial de D. Pedro II, que
chegou a permanecer no império por cerca de setenta anos, a corrupção e
privilégios da fidalguia, não deixaram de permanecer e nada mudou. O país
continuou corrupto e vários levantes de movimentos populares e militares, se
fizeram presentes, mesmo assim, nunca deixou de existir a famigerada praga da
corrupção em nosso país. Acredito que por alguns períodos, ainda no Século XX,
teve algum período de políticos mais sérios, mesmo assim, sempre foram
truculentos e recheados de privilégios, pelo menos em menor grau dos que os de
hoje em dia.
Atualmente, as práticas corruptivas são mais elevadas, mais
presentes e todos disto tem conhecimento, não fosse um regime democrático,
porque se ditadura fosse, tais práticas existiram do mesmo jeito e ninguém
disso tinha conhecimento. Combater a corrupção no Brasil, jamais vai ser uma
tarefa fácil, pois para isso, teremos que implantar uma didática filosófica,
desde o início da vida de cada um de nossos descendentes, para, a partir daí,
tentar mudar a mentalidade daqueles que virão depois de nós, porque os atuais,
acredito, estão praticamente todos contaminados e admitem que nosso país seja
corrupto como sempre foi e como vem sendo no momento. Mudar é preciso. Agora
não se muda os vícios de um povo com palavreados, discursos bonitos e promessas
vãs e difíceis de virem a ser levadas à cabo. Esse nosso povo somente mudará,
não com uma cultura mansa e pacífica, mas sim, com uma cultura de mudança da mentalidade
através de uma revolução cultural na base da imposição e na marra, feito Mao Tsé
Tung promoveu na China, nos idos do Século XX, porque não existe uma outra
maneira de extirpar a mentalidade corruptiva de nosso povo e, em uma de suas
célebres frases disse o líder comunista chinês: “A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra é uma
política com derramamento de sangue”. Pelo ensinamento do teórico chinês do
maoísmo, um misto político entre o leninismo e o marxismo, só se pode mudar a
política, em nosso particular, caso haja uma sangrenta revolução cultural, com
derramamento de sangue, através de uma forte movimentação popular, caso
contrário, teremos mais de 5.000 prefeitos ladrões, sem falar na outra banda
podre da política que ocupam postos mais elevados no estamento dessa
degenerativa política que é colocada em prática em nosso país.
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