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domingo, 1 de março de 2015

HOJE NO ESPAÇO POEMANDO, MAIS UMA POESIA INÉDIA, QUE FALA DO OLHAS PARA ÁS ESTRELAS NO FIRMAMENTO E VENDO NELAS, UM QUÊ DE SAUDADE DOS ENTES QUERIDOS QUE SE FORAM.

ESPAÇO POEMANDO

FITANDO ÀS ESTRELAS


Manoel Modesto


Um certo dia na vida
Olhei bem o firmamento
Talvez olhando à partida
Dos que se vão num só grito.

Olhando fixo infinitamente
Vejo estrelas a brilhar
E para por instantes somente
Nas noite belas de luar.

Busco por alguns instantes
Talvez os entes queridos com quem vivi
Não sei se perto ou distantes
Vou preencher o que perdi.

Por certos momentos no Céu
Demoro nesse longo olhar
O brilho das estrelas no véu
Se escondem sem rastejar.

Será que lá bem longe está?
Meu pai, minha mãe, minha irmã!
Que cedo ou tarde desta vida
Partiram sem me avisar
Mas o que desta dor sofrida
Só resta, a tormenta e o lamentar.

Só sei que ficou a triste saudade
Daqueles que não voltam mais
Que viveram sem maldade
E para aqui não voltam jamais.

Sei que nada mais se tem volta
Que tudo é assim desse jeito
Nada depois disso importa
Porque o perfeito já vem com defeito.

Os dias já vem contados
Quanto não se parte cedinho
Mas que tudo vem cronometrado
Para se partir bem velhinho.

Mas nem sempre isso acontece
Tem estrela com mais brilhar
Isso só vem em tempo precoce
Que parte cedo sem avisar.

E aí a coisa se inverte
Não se tem muito o que explicar
Quando não se envelhece
Antes o brilho vem a se apagar.

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