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segunda-feira, 20 de abril de 2015

A MATÉRIA DE HOJE, TRATA-SE DE UM CONTO, INSPIRADO EM FATOS OCORRIDOS NUM PEQUENO REINADO QUE EXISTIU NA IDADE MÉDIA, QUE ERA GOVERNADO POR UM REI DÉSPOTA E METIDO A FANFARRÃO, QUE DEPOIS FOI ENFORCADO E SEUS RESTOS DEPENDURADOS EM ESTACAS, PARA SERVIR DE EXEMPLO PELO MAL QUE FEZ AO SEU POVO.

A CRUZADA DOS CAVALGADORES  LORES


    Certa feita, num pequeno reinado da Idade Média, conhecido como Bukanópolis, que ficava ainda em uma região pouco conhecida do leste europeu, mas que tinha quase nenhuma credibilidade, porque seu povo era de costume de só viver tomando uma espécie de bebida tóxica entorpecente, chamada de Kamalionius de pimenta, que quando o sujeito tomava uma talagada, ficava todo avermelhado e passava a ir mudando de coloração, tamanha era o teor de álcool extraído de uma planta colhida num local denominado de da Escuridão de Quem Entra Não Sai, onde se encontrava muito dessa plantinha que fazia o sujeito viajar para o mundo dos céus ou do inferno que se imaginava naqueles tempos.
        Bukanópolis não era um reinado próspero não senhor! - Apesar de ser dotado de muitas riquezas, principalmente extrativas, com uma boa agricultura, pedras preciosas e ouro, mas como seu líder máximo, Juanitikov Amarelovich era corrupto até à medula, não tinha dinheiro surrupiado do povo, que coubesse em seu cofrinho, para manter a sua sandice de poder, de usar e abusar com o de bom e melhor, com gastanças na construções de pomposos castelos, as mais sofisticadas carruagens importadas dos reinados mais ricos, além de se apropria na marra de vastas áreas de terras de seu povo, enquanto nada de benfeitorias era feito em favor de sua gente, mas ele, como mesmo dizia, “ao rei, tudo, ao povo, os ossos, à merca”. Na verdade, os ossos e à merda, a que ele se referia, era vez por outra trazer alguns bobalhões da corte, alguns palhaços num pequeno circo, pão envelhecido, vencido, impróprio para o consumo, e vinho da pior qualidade para servir ao seu povo, que embriagado, dizia ser ele o melhor rei que os buikanipolienses já tiveram desde que Nabucodonosor quando fundou o Império Babilômico das ruínas do Império Assírio, em 632 a.C. Mas ele se dizia um deus para o seu analfabeto e abandonado povo. Até uma grande estátua chegou a construir, do tamanho do Cristo Redentor do Rio de Janeiro, para que o povo quando passasse por ela, se reclinasse, se curvasse até o chão e, tocasse com os lábios os pés da potentosa estátua, em sinal de respeito, sob pena de quem assim não o fazendo, seria levado para às masmorras, pela sua guarda particular de artilharia, que metia o cacete sem dor e torturava através das mais violentas e cruéis formas de tortura.
    Vez por outra o rei Juanitikovic, inventava de fazer umas espécies de cruzadas com o seu séquito de serviçais, acompanhado de parte de sua guarda especial, tão-somente para se divertir, montados em pomposos cavalos, saída dos pés de sua esbelta e exuberante estátua, no centro do reinado, com destino à Noruega, o que geralmente, não era bem visto esse movimento, pelos noruegueses, isso porque, quando o rei inventava esses seus estranhos passeios que terminava em muitas bebedeiras, bacanais e até mortes vis somente para atender a sandice do tresloucado rei, às vezes não era muito bem recebido pelo rei norueguês, Zescazvec Vazovelich I, porque não o via com bons olhos, pela fama que ganhou o seu procedimento como rei relapso, que não ligava para si mesmo, que do povo, só sabia usar para satisfazer as suas necessidades e para escravizá-lo através de promessas nunca realizadas e por isso mesmo, os reinados da vizinhança, não viam com bons olhos quando ele se propunha a fazer alguma viagem a algum reinado vizinho, principalmente com o intuito de fazer farras homéricas e grandes bacanais, o que não era bem visto por um país que há pouco tempo naquela época, tinha se convertido por imposição, ao luteranismo, pela Suécia, que também era um reinado da região.
    Por ser conhecido como um rei bufão, de pouca credibilidade junto ao seu próprio povo e pela reputação que houvera ganho na região, Juanitikovic, era repudiado por todos os seus pares, porque viam nele, não o que se esperava de um bom rei, como escreveu em seu tratado, Nicolau Maquiavel, no seu livro o Príncipe, que ensinava modos comportamentais para o sujeito daquela época se tornar um bom rei, coisa que o rei de Bukanópolis, não estava nem aí para seguir regras, sobretudo ditadas por um merdinha de um escritor e puxa-saco da realeza, que ele sempre menosprezou. Não tinha respeito pela leitura, era praticamente um semi-analfabeto. Seu pai, o rei a quem ele substituiu e sucedeu, era uma pessoa de bons modos e bom trato com o seu povo, mas ele nada disso seguiu para ter seu antecessor como um exemplo a ser seguido. Sempre dizia que “do meu reinado, o rei sou eu!”. Não existe ninguém melhor do que eu. Até mesmo a uma espécie de espelho mágico, que dizia ter em seu luxuoso quarto de dormir e de fazer suas surubas, costumava se perguntar: “espelho, espelho meu, existe rei melhor do que eu?” – Em que, segundo ele, o próprio espelho mágico lhe respondia, Vossa Divindade Santíssima Trindade, ungido pelos Deuses Supremos, Rei de Bukanópolis, Chefe em Guarda das Artilharias Armadas, Supremo dono da vida e da morte de seu povo, não, não existe rei mais magnânimo e maior do que Vossa Alteza! - Mas,... um momento! - Estou vendo aqui, que o rei da Noguega, vizinho de vosso reino, Zescazvec Vazovelich I, é mais justo e bondoso com o seu povo, que o senhor, com o que, encolerizado, enfurecido, não deu outra, pegou uma bigorna de ferro, tascou no espelho e o fez em pedaços e não deu noutra, de imediato, mandou chamar o seu general em chefe do estado maior da artilharia e armou essa espécie de cruzada de Cavalgadores dos Lores, com o único objetivo de matar o rei da Noruega e destruir o seu povo e anexar o território ao seu reinado. Se preparou em questão de dias, juntou a bebida entorpecente que pode, praticamente quase toda a que tinha em seu estoque, toda caça que existia armazenada e partiram, como se fossem fazer mais uma jornada de um costumeiro passeio, mas só que, agora o intuito era derrubar o reinado da Noruega, o que chegou pela espionagem, aos ouvidos daquele rei, que como quem não sabia de nada, aguardou de forma bem preparada, a chegada de Juanitikovic, até entrar no centro do reinado da Noruega e, quando este chegou, não deu em outra, foi completamente cercado pela armada norueguesa, foram completamente destruídos e mortos e por último, ficou o reizinho de merda de Bukanpólis, que depois de muito humilhado, foi colocado num pedestal de enforcamento especialmente construído para à ocasião e após o rei da Noruega ler a sentença por traição aos tratados entre os reinados e por traição de seu povo, mandou que ele fosse enforcado em público e seu corpo esquartejado e suas partes colocadas em estacas distribuídas pelas ruas, no seu próprio reinado, em Bukanópolis, para servir de exemplo para o seu povo, que fez uma festa da gota serena, ao som de pífanos, bumbos da época feitos com pele de raposas e a festa se adentrou noite adentro por cerca de três dias, sendo depois o reinado integrado à Noruega, para, depois, ser ocupado por alguém de mais responsabilidade para bem governar o seu povo através de um reinado justo e bom para seu povo, conforme ensinou Maquiavel. Foi assim que terminou o reinado sangrento do famigerado rei Juanotikovic Amarelovich, para o bem de seu próprio povo, que de fato, tempos depois, veio realmente a surgir um rei justo, sensato, atencioso e bom para com o seu povo. Um dos primeiros atos de quem veio tempos depois a sucedê-lo, foi o de abolir as “Cavalgadas dos Lores” e assim, o reinado passou a viver por muito tempo de bem com o seu povo, tornando-se um reino próspero, respeitado, manso e pacífico.

NOTA: Essa matéria é um conto que escrevi hoje, inspirado na Idade Medieval. Qualquer semelhança com a realidade atual, não passa de meras concidências.

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