A CRUZADA DOS CAVALGADORES LORES
Certa feita, num pequeno
reinado da Idade Média, conhecido como Bukanópolis, que ficava ainda em uma
região pouco conhecida do leste europeu, mas que tinha quase nenhuma
credibilidade, porque seu povo era de costume de só viver tomando uma espécie
de bebida tóxica entorpecente, chamada de Kamalionius de pimenta, que quando o
sujeito tomava uma talagada, ficava todo avermelhado e passava a ir mudando de
coloração, tamanha era o teor de álcool extraído de uma planta colhida num
local denominado de da Escuridão de Quem Entra Não Sai, onde se encontrava
muito dessa plantinha que fazia o sujeito viajar para o mundo dos céus ou do
inferno que se imaginava naqueles tempos.
Bukanópolis não era um reinado próspero não senhor! - Apesar
de ser dotado de muitas riquezas, principalmente extrativas, com uma boa agricultura,
pedras preciosas e ouro, mas como seu líder máximo, Juanitikov Amarelovich era
corrupto até à medula, não tinha dinheiro surrupiado do povo, que coubesse em
seu cofrinho, para manter a sua sandice de poder, de usar e abusar com o de bom
e melhor, com gastanças na construções de pomposos castelos, as mais
sofisticadas carruagens importadas dos reinados mais ricos, além de se apropria
na marra de vastas áreas de terras de seu povo, enquanto nada de benfeitorias
era feito em favor de sua gente, mas ele, como mesmo dizia, “ao rei, tudo, ao
povo, os ossos, à merca”. Na verdade, os ossos e à merda, a que ele se referia,
era vez por outra trazer alguns bobalhões da corte, alguns palhaços num pequeno
circo, pão envelhecido, vencido, impróprio para o consumo, e vinho da pior
qualidade para servir ao seu povo, que embriagado, dizia ser ele o melhor rei
que os buikanipolienses já tiveram desde que Nabucodonosor quando fundou o
Império Babilômico das ruínas do Império Assírio, em 632 a.C. Mas ele se dizia
um deus para o seu analfabeto e abandonado povo. Até uma grande estátua chegou
a construir, do tamanho do Cristo Redentor do Rio de Janeiro, para que o povo quando
passasse por ela, se reclinasse, se curvasse até o chão e, tocasse com os
lábios os pés da potentosa estátua, em sinal de respeito, sob pena de quem
assim não o fazendo, seria levado para às masmorras, pela sua guarda particular
de artilharia, que metia o cacete sem dor e torturava através das mais
violentas e cruéis formas de tortura.
Vez por outra o rei Juanitikovic, inventava de fazer umas
espécies de cruzadas com o seu séquito de serviçais, acompanhado de parte de
sua guarda especial, tão-somente para se divertir, montados em pomposos cavalos,
saída dos pés de sua esbelta e exuberante estátua, no centro do reinado, com
destino à Noruega, o que geralmente, não era bem visto esse movimento, pelos
noruegueses, isso porque, quando o rei inventava esses seus estranhos passeios
que terminava em muitas bebedeiras, bacanais e até mortes vis somente para
atender a sandice do tresloucado rei, às vezes não era muito bem recebido pelo
rei norueguês, Zescazvec Vazovelich I, porque não o via com bons olhos, pela
fama que ganhou o seu procedimento como rei relapso, que não ligava para si
mesmo, que do povo, só sabia usar para satisfazer as suas necessidades e para
escravizá-lo através de promessas nunca realizadas e por isso mesmo, os
reinados da vizinhança, não viam com bons olhos quando ele se propunha a fazer
alguma viagem a algum reinado vizinho, principalmente com o intuito de fazer
farras homéricas e grandes bacanais, o que não era bem visto por um país que há
pouco tempo naquela época, tinha se convertido por imposição, ao luteranismo,
pela Suécia, que também era um reinado da região.
Por ser conhecido como um rei bufão, de pouca credibilidade
junto ao seu próprio povo e pela reputação que houvera ganho na região,
Juanitikovic, era repudiado por todos os seus pares, porque viam nele, não o
que se esperava de um bom rei, como escreveu em seu tratado, Nicolau Maquiavel,
no seu livro o Príncipe, que ensinava modos comportamentais para o sujeito
daquela época se tornar um bom rei, coisa que o rei de Bukanópolis, não estava
nem aí para seguir regras, sobretudo ditadas por um merdinha de um escritor e
puxa-saco da realeza, que ele sempre menosprezou. Não tinha respeito pela
leitura, era praticamente um semi-analfabeto. Seu pai, o rei a quem ele
substituiu e sucedeu, era uma pessoa de bons modos e bom trato com o seu povo,
mas ele nada disso seguiu para ter seu antecessor como um exemplo a ser
seguido. Sempre dizia que “do meu reinado, o rei sou eu!”. Não existe ninguém
melhor do que eu. Até mesmo a uma espécie de espelho mágico, que dizia ter em
seu luxuoso quarto de dormir e de fazer suas surubas, costumava se perguntar: “espelho,
espelho meu, existe rei melhor do que eu?” – Em que, segundo ele, o próprio
espelho mágico lhe respondia, Vossa Divindade Santíssima Trindade, ungido pelos
Deuses Supremos, Rei de Bukanópolis, Chefe em Guarda das Artilharias Armadas, Supremo
dono da vida e da morte de seu povo, não, não existe rei mais magnânimo e maior
do que Vossa Alteza! - Mas,... um momento! - Estou vendo aqui, que o rei da
Noguega, vizinho de vosso reino, Zescazvec Vazovelich I, é mais justo e bondoso
com o seu povo, que o senhor, com o que, encolerizado, enfurecido, não deu
outra, pegou uma bigorna de ferro, tascou no espelho e o fez em pedaços e não
deu noutra, de imediato, mandou chamar o seu general em chefe do estado maior
da artilharia e armou essa espécie de cruzada de Cavalgadores dos Lores, com o
único objetivo de matar o rei da Noruega e destruir o seu povo e anexar o
território ao seu reinado. Se preparou em questão de dias, juntou a bebida
entorpecente que pode, praticamente quase toda a que tinha em seu estoque, toda
caça que existia armazenada e partiram, como se fossem fazer mais uma jornada
de um costumeiro passeio, mas só que, agora o intuito era derrubar o reinado da
Noruega, o que chegou pela espionagem, aos ouvidos daquele rei, que como quem
não sabia de nada, aguardou de forma bem preparada, a chegada de Juanitikovic,
até entrar no centro do reinado da Noruega e, quando este chegou, não deu em
outra, foi completamente cercado pela armada norueguesa, foram completamente
destruídos e mortos e por último, ficou o reizinho de merda de Bukanpólis, que
depois de muito humilhado, foi colocado num pedestal de enforcamento
especialmente construído para à ocasião e após o rei da Noruega ler a sentença
por traição aos tratados entre os reinados e por traição de seu povo, mandou
que ele fosse enforcado em público e seu corpo esquartejado e suas partes
colocadas em estacas distribuídas pelas ruas, no seu próprio reinado, em Bukanópolis,
para servir de exemplo para o seu povo, que fez uma festa da gota serena, ao
som de pífanos, bumbos da época feitos com pele de raposas e a festa se
adentrou noite adentro por cerca de três dias, sendo depois o reinado integrado
à Noruega, para, depois, ser ocupado por alguém de mais responsabilidade para
bem governar o seu povo através de um reinado justo e bom para seu povo,
conforme ensinou Maquiavel. Foi assim que terminou o reinado sangrento do
famigerado rei Juanotikovic Amarelovich, para o bem de seu próprio povo, que de
fato, tempos depois, veio realmente a surgir um rei justo, sensato, atencioso e
bom para com o seu povo. Um dos primeiros atos de quem veio tempos depois a
sucedê-lo, foi o de abolir as “Cavalgadas dos Lores” e assim, o reinado passou
a viver por muito tempo de bem com o seu povo, tornando-se um reino próspero,
respeitado, manso e pacífico.
NOTA: Essa matéria é um conto que escrevi hoje, inspirado na Idade Medieval. Qualquer semelhança com a realidade atual, não passa de meras concidências.
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