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domingo, 19 de abril de 2015

NO ESPAÇO POEMANDO DE HOJE, A POESIA SE REPORTA A UM FATO REAL ACONTECIDO COMIGO E UMA NAMORADA DA ÉPOCA, NA CIDADE DE PESQUERA, NAS PROXIMIDADES DE UMA VELHA ESTAÇÃO DE TREM.

ESPAÇO POEMANDO
VELHA ESTAÇÃO


Manoel Modesto

Foi naquela Estação
Da Pesqueira secular
Que me vi na aflição
Ao me ver sequestrar.

Estava enamorado
Abraços e beijos ofegantes
Não percebi o que estava me rondado
Mas foi coisa de instantes.

Qual não foi meu grande medo
Pego por quatro mirins marginais
Que assim no arremedo
Queriam nos matar como animais.

Mas um deles de chefão
Pegou logo no meu carro
A direção sem noção
E nos levaram no embalo.

Rodaram para toda lado
Pegaram a pista à ermo
Ninguém ficava calado
E todo tempo só medo.

Matar era o que mais falavam
Rodaram até o campo de aviação
Ali mesmo pararam
E apontaram em nossa direção.

Esperei sair pipoco
Implorei por nossas vidas
Mas de repente como louco
Agarrei-me sem dar guarida.

Assim como um leão
Com a força de um Davi
Como quem virou no cão
Dominei os tais boizins.

Tomei deles a arma
Até um tiro espirrou
Pensei na vida de quem se ama
Apontei contra eles a arma, e esta não detonou.

A vontade da raiva incontida
Era matar sem dó um daqueles
Porque quiseram da gente à vida
A coisa mais importante a ser ferida.

Finalmente nos livramos
Daqueles bandidos infernais
Que a quem nós mais amamos
Quis nos tirar dos anais.

Só sei que jamais esqueci
Daquela velha Estação
Dos trens que nunca desci
Mas foi ali que senti, nossas vidas por um triz.

NOTA: Poema que escrevi hoje, em homenagem à Pesqueira, onde hoje lá vou me encontrar num evento da Sociedade dos Poestas de Pesqueira - SOPOESPES, juntamente com o Vice-Presidente da ABLA, Paulo Tarciso.

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