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sábado, 18 de abril de 2015

RAQUEL SHEHERAZADE, REPÓRTER HOJE FAMOSA NO SUDESTE DO PAÍS E NO BRASIL, É NORDESTINA, BONITINHA, PORÉM ORDINÁRIA, AO DIZER QUE NO NORDESTE AINDA VIVEMOS UMA SITUAÇÃO EM QUE O SER HUMANO BEBE ÁGUA ENLAMEADA DE BARREIRO JUNTO COM O GADO E COME CALANGO ASSADO PARA SACIAR À FOME, DEMONSTRANDO ASSIM, DESCONHECER SUA PÓPRIA REGIÃO DE ORIGEM, PARA SER AGRADÁVEL NINGUÉM SABE A QUEM. SERÁ QUE ELA NÃO É MAIS NORDESTINA, SE ESQUECEU DE SEU PASSADO, OU NUNCA SOFREU MUITAS DAS AGRURAS QUE MUITOS NORDESTINOS SOFRERAM ANRTES DO ANO DE 2002, POR ISSO MESMO É QUE EMITE OPINIÕES FORA DA ATUAL REALIDADE QUE NÓS NORDESTINOS ESTAMOS VIVENDO NO MOMENTO.

RAQUEL SHEHERAZADE, REPÓRTER HOJE FAMOSA NO SUDESTE DO PAÍS, É NORDESTINA, BONITINHA, MAS ORDINÁRIA.


    Quando vi uma reportagem da jornalista nordestina no SBT, dentre tantos de seus comentários, criticando veementemente uma estudante por conta de uma postagem numa rede social, preconceituosa até a medula contra nós nordestinos, imaginei logo, “eita nordestina porreta!, essa é das minhas”. Paraibana arretada, “mulher macho sim senhjor!”, que vai direto ao ponto e não mede as palavras. Por isso mesmo, passei a admirar essa grande jornalista e repórter de origem nordestina, que em pouco tempo ganhou o estrelato nacional no mundo da informação televisiva de massa, através de âncora do Jornal do SBT, no horário noturno, mas essa imagem de paraibana guerreira, aos poucos veio se esvaindo, se desmanchando como uma montanha de gelo se derretendo.
    Por suas matérias críticas, recebeu até alguma reprimenda do dono do terceiro maior meio de comunicação brasileiro, Sílvio Santos e por isso mesmo, recuou em suas críticas implacáveis contra desmandos fossem estes quais fossem, mas nem por isso, deixou de ter o seu espaço noutros nichos de comunicação no mundo da informática. Por isso mesmo, pela sua independência, ganhou de lego minha simpatia e admiração por sair do nordeste e se tornar uma pessoa que tinha vez e voz, mas isso aos poucos, diante de suas posições dissonantes e atrabiliárias, passei a vê-la com uma certa desconfiança, não mais como àquela galega nordestina arretada, que saída do Estado da Paraíba, passou a ser uma estrela de primeira grandeza, no cobiçado meio jornalístico na Região Sudeste do País, especialmente em São Paulo. Finalmente, a casa caiu, a máscara foi tirada e pelo que a vi dizendo num vídeo postado nas redes sócias da internet, ela mesma se desmistificou e mostrou realmente a sua verdadeira faceta e um desconhecimento subliminar da região de sua origem.
   Em uma entrevista concedida no Programa de humor negro, Pânico na TV, de linha estapafúrdia e antiético que busca ridicularizar as pessoas de quaisquer matizes sociais, a galega nordestina, bonitinha, bem apresentável, de fala firma e fluente, sem sotaque nordestino, falou pelos cotovelos de um fator que certamente ela, na condição de repórter e de jornalista, não tem domínio, mas que tinha por obrigação de ter, para poder informa com conhecimento de causa e propriedade de domínio, de que “aqui no Nordeste, e que eles do Sul do país não sabiam, mas o nosso povo ainda vivia na impiedosa miserabilidade de chegarem ao ponto de comer “calango” assado, beber água enlameada de barreiros, juntamente com o gado, fato que me deixou praticamente indignado e estupefato, porque entre o Nordeste que conheci desde a década de cinquenta quando nasci, até a atual, mesmo nas mais cruentas dificuldades, nunca vi ninguém comendo “calango assado”. Água de barreiro, eu mesmo já bebi e de onde o próprio gado também bebia, mas apesar de tantas dificuldades que pela vida passei, nunca comi calango assado, gabiru ou outro qualquer animal similar. Preá não digo nada, nunca deixei de comer, porque sua carne é uma delícia, principalmente com uma dosinha de cachaça da boa, coisa que hoje não faço mais. Mas calango, nunca em toda minha vida e nunca ouvi falar que alguém tivesse comido calango como fonte de alimentação. De camaleão, tejo ou teiú, que é um animal da família teidiidae, de nome científico tupinambis teguixim, e vulgar, lagarto-teiú, muitos ainda que costumam caçar, comem esses animais, que apesar da mesma família, nada tem de calango. Sei também que algumas pessoas, principalmente os pingunços inveterados, comem também os fedorentos gambás ou ticacas, que depois de bem tratados, segundo os bebuns, tem uma carne deliciosa, mas eu mesmo nunca provei. Quando vivi em São Paulo, lá pela década de 60 para 70, trabalhei de peão numa fabriqueta e vi um de meus pares de trabalho quase-escravo, que matava gato à pauladas, dentro de um saco, para depois cozinhar e usar como tira-gosto de cachaça e disso ninguém fala. Comer gato em São Paulo pode; calango no Nordeste, não! – Ora, para mim, nem uma coisa, tampouco outra.
      Então dona Raquel Sheherazade, nessa você pisou feio na bola e, não passou mesmo de uma galega bonitinha, bem asseada, certamente perfumada, porém provou da mesma forma, que é preconceituosa, o que foi combatido por você mesma, com tanta veemência naquela matéria, demonstrou cabalmente que não conhece o nosso Nordeste de hoje, nem de ontem, ou antes de 2002 e depois desse limite de tempo, porque não digo que ainda nesses ciclos de seca que sempre enfrentamos, não se beba água de barreiro, que eu mesmo já bebi por muito tempo e continuo vivinho da silva, mas calango, em toda minha vida, nem mesmo a pretexto de tomar umas e outras, nunca degluti, nunca provei não senhora. Você paraibana que se imaginava arretada, não passa de uma mentirosa, demonstrando se encontrar radicalmente desinformada, por isso mesmo, está na hora de sair de seu escritório atapetado, coberta de mordomias, com ar condicionado e fazer novamente uma visita mais aprofundada pelo nosso não mais tão sofrido Nordeste, para não sair por aí dizendo besteira e demonstrando-se completamente desinformada de nossa realidade atual. Por seca, nunca vamos deixar de passar, porque isso faz parte de nossa própria natureza, fato fenomênico, que o Sudeste vem passando e não está sabendo sequer lidar com a seca, porque sempre viveu de fartura e gozando, diminuindo e humilhando o nordestino e agora vem você, nordestina, de raça miscigenada, como é que você se passa a ser um ventríloquo de gente dessa região, que de onde você se tornou nacionalmente conhecida, para falar de uma realidade que pelo visto, você esqueceu ou demonstrou não ter mais conhecimento, hem? – Então minha antes admirável Raquel Seherazade, para mim no momento, você não passa mesmo de uma reportezinha, galega bonitinha, perfumada, com saltos nos sapatos, porém não passa mesmo de mais uma nordestina ordinária à serviço escusos de interesses outros a denegrir à imagem de sua própria raça, sua gente, não sendo digna se ser mais uma paraibana arretada, mulher macho sim senhor!, como bem o disse o velho Luiz Gonzaga em sua épica música nordestina, que esse sim, ganhou o mundo como nordestino da gema e o fez por merecer.

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