ESPAÇO POEMANDO
A
RADIOLA
Manoel Modesto
O
tempo divide-se em partes
Que
vem ao longo dessa ida
Muitos
se perdem em desastres
Dos
desencontros da vida.
Mas
para os que vivos ficam
Quem
foi que nunca viveu
Os
bons tempos que se fincam
Nos
fixos olhos só teus.
A
música do disco a rocar
Belas
canções de uma época
Tempos
singelos a se amar
Na
radiola a tocar.
Quem
não se lembra amigo!
Dos
tempos sentimentais
E
ansioso a esperar contigo
Dos
LP’s fenomenais.
Que
época boa sem riscos
Da
radiola em disparada
Cabiam
até doze discos
Pra
nos alegrar até à madrugada.
Beijos,
abraços e amor
Se
tinha no coração
Sem
insensatez e dor
Vinha
alegria e emoção.
Ah!,
tempos bons que não voltam mais
Da
radiola ou vitrola a tocar
Onde
no ar a simplicidade que jamais
Trará
belas músicas a nos animar.
Era
um móvel bem rústico
A
radiola que se calou
Que
tinha um belo acústico
De
um som que o tempo levou.
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