QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 5 de abril de 2015

MOMENTO LITERÁRIO, NO ESPAÇO POEMANDO, FIZ UMA POESIA EM QUE FALO QUE NÃO PASSAMOS DE FAGULHAS A VAGAR NO TEMPO, QUE NADA ALÉM DISSO SOMOS E QUANDO VEM O PESADO CETRO, NÃO DISPENSA NINGUÉM.

FAGULHAS A VAGAR


Manoel Modesto

Qual fagulha no espaço a vagar
Não passamos disso nesta roda viva
Quer seja aqui, ali, acolá, ou em qualquer lugar
Mas deste curso não há quem sobreviva.

Tudo vem assim levemente
Como quem nada quer
Vem de mansinho, de repente
E leva-nos para um lugar qualquer.

O cetro é pesado e traiçoeiro
Atinge a todos de uma só pancada
Não há no mundo timoneiro
Que possa evitar essa dor da estancada.

Vem forte, cruel e a ninguém perdoa
Quer rico, pobre ou nobre
A todos viventes atordoa
O certo é que da vida nada sobre.

Como fagulhas dispersas no ar
Somos incógnitas perdidas
Viventes a vaguear
Na dor da alma de vidas sofridas.

Cada apagar de uma luz
Ficam a dor, as lágrimas, a ferida
E nesse mistério que ninguém sabe a que conduz
Fica sempre o lamento da escuridão de uma vida.

Por isso mesmo na alegria e na dor
Digo que nesta vida nada somos
Vivemos um dissonante clamor
A chamar das fagulhas o amor.

Nenhum comentário: