ESPAÇO
POEMANDO
A
TOALHA E O AMOR QUE SE FINDA
Manoel Modesto
A
toalha que cobria teu corpo
Quando
do banho saia
A
mim subia o gosto
De
te amar em demasia.
Como
nem tudo são flores
Quando
o tempo vai apagando
Dos
sentimentos os amores
Vamos
aos poucos definhando.
O
amor não é mais o mesmo
As
chamas vão se esvaindo
O
fogo se apagando à esmo
E
a atração em fumaça sumindo.
Mas
no amor verdadeiro
Há
sempre renovação
Que
tem que se ter por inteiro
O
doce da inovação.
Sem
essa pitada na vida
Que
juntos a dois partilhar
Tudo
termina em intriga
E
nada pode mais voltar.
É
assim mesmo o amar
Se
nada mais a persistir
Melhor
mesmo se calar
E
no amor não mais insistir.
Cada
um para o seu lado
Buscar
de novo um trato
E
tudo que foi quebrado
Terminou
não dando exato.
O
amor é mesmo assim
Ora
se ama e se separa
Nas
flores de cada jardim
A
toalha deu lugar à farpa.
Nem
mesmo um filho querido
Pode
mais unir ninguém
Mesmo
gritando e vindo
A
suplicar por amém.
Quando
o amor se acaba
Jeito
não tem quem dê não
Tudo
termina em nada
Pois
se foi toda a emoção.
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