ESPACO
POEMANDO
BUÍQUE
E O SPRAY DE PIMENTA
Manoel Modesto
Sou buiquense com orgulho
Às vezes envergonhado
Por tanto ver no próprio monturo
O nosso povo sendo saqueado.
Não estou generalizando
Mas por muitos que nos rodeia
É tantos o povo enrolando
A gente vê que a coisa é feia.
Tanto faz quem foi eleito
Bonito, feio, rico ou particular
Só sei mesmo que o maior defeito
É escancaradamente nos surrupiar.
E dessa pisada conheço
Isso já vem de longas datas
Mesmo criança em berço
Já vinham nos assaltar.
A realidade é uma só
Promessa até o mundo ofertar
Mas até pingo d’água em nó
É só o que aprendem dar.
Parte do povo cansado
Não dá mais para acreditar
Parte do povo irado
Outra parte a bajular.
A continuar nesse dilema
Um lado sai
Outro entra
E nos “zói” do nosso povo, só o spray
de pimenta.
Por isso mesmo camarada
Vamos mudar essa roleta
Acabar com essa palhaçada
Onde só se vê muita mutreta.
É gente sem cerimônia
Esbanjando e querendo ser nobre
Não passa de um sem-vergonha
Descaradamente roubando, tudo que é
do pobre.
Por isso mesmo é que digo
Não dá mais para aguentar
Vamos botar pra fora no grito
Essa corja que só vive a nos roubar.
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