TANTO DESCASO E ABANDONO NA ZONA RURAL DE BUÍQUE,
POR QUÊ?
A crise na zona rural de
Buíque, vem se arrastando há décadas, mas se tornou mais grave ainda, de mais
de dez anos para cá. Alguns dos governantes, mesmo que com a intenção de
conseguir mais um meio de surrupiar ainda mais dos dinheiros públicos, sempre
procuraram direcionar algum planejamento, algum projeto voltado para à zona
rural, mas pior ficou mesmo, a partir do momento em que veio assumir o atual
(des)governo, quando a coisa veio a degringolar de tal maneira, que nem sequer
uma Secretaria de Agricultura, existe em funcionamento para se voltar para os
cruciantes problemas causados pela prolongada estiagem e sequer, um mínimo
programa de agricultura e pecuária familiares, existe em andamento no município.
Na verdade, nem abastecimento de água a conta gotas, para à população rural
beber e saciar a sede dos animais, existe, o que é um vergonha, já que na bacia
leiteira na qual estamos incluídos, Buíque economicamente, ainda assim, é o
mais forte. Acaso fizeram alguns poços artesianos, pelo que se comenta, alguns
foram construídos em propriedades de amiguinhos do peito, em propriedades de
cartas marcadas de apaniguados políticos, menos para servir de verdade à
população trabalhadora da região rural.
Como já pincelei por diversas vezes, o governante anterior,
ainda chegou a criar um grande projeto voltado para o homem do campo e que
seria implantado pela ANDRI, uma autarquia municipal, que tinha por objetivo
implantar políticas no campo, que de acordo com o projeto, se viesse a
funcionar de verdade, poderia ter se tornado num grande redentor de
desenvolvimento de nossa agricultura e pecuária leiteira, mas como existiam
interesses políticos de superfaturarem os objetos de financiamentos para os
beneficiários do programa, como equipamentos de armazenamento de leite e da
aquisição de matrizes leiteiras, muitos dos que fizeram os seus financiamentos,
que geralmente eram escolhidos a dedos entre eleitores e apaniguados políticos
do gestor anterior, e por isso mesmo, o projeto ficou na corda bamba, mas tinha
tudo para dar certo, entretanto, ao entrar o novo gestor em janeiro de 2009, a
primeira coisa que fez, foi acabar com a ANDRI e esse importante projeto
voltado para nossa agricultura e pecuária foi varrido de nosso mapa e até mesmo
os equipamentos da autarquia misteriosamente desapareceram. Quer dizer, ao
invés de procurar medicar o doente, achou por bem lhes dar um dose letal e
liquidá-lo de vez, foi o que aconteceu e a partir de então, o setor rural, que
é o forte de Buíque, deixou de ser uma prioridade, ficando o homem do campo jogado
à sua própria sorte e, não fosse a luta e garra de pessoas da zona rural, com
toda certeza, a situação seria ainda mais drástica, como de fato ainda está
sendo. Mesmo assim, a trancos e barrancos, o ruralista buiquense ainda está
sobrevivendo. Poderia está bem melhor se os gestores não pensassem primeiro em
se apropriar indevidamente dos dinheiros públicos e aplicá-los de verdade como
manda a lei, com toda certeza, não estaríamos no ideal de vida que deveríamos
nos encontrar, mas não poderia estar pior do que se encontra. A situação rural
de Buíque, é lamentável, faltando de tudo, desde água para matar a sede da
população, dos animais e de alimentação, em face da estiagem prolongada que se
vem enfrentando. Preocupação em formar depósitos ou barragens para guarnecer
água quando viver chuva, sequer existe iniciativa nesse sentido. Pelo visto, o
povo tem que se lascar mesmo, como tem sido o mote alardeado por aí afora como
acalento ao povo buiquense que elegeu governantes desse naipe.
O pior de tudo isso, é que planejamento, que nunca foi um
hábito tanto do governante anterior, pior ainda, do atual, que sempre procurou
fazer alguma coisa, por mínima que seja, do que ele mesmo apelidou de “o seu
jeito de governar”, que na verdade, o pouco que tem feito, o faz pelos
cotovelos, tirados de planejamentos de suas próprias entranhas, mas tudo é
feito na base da marreta e do martelo, sem ouvir ninguém, tampouco as reais
necessidades de nosso povo. No geral, há de se indagar, qual é na realidade a
secretaria que funciona de verdade no Município de Buíque ou mesmo, o que na
verdade funciona do ponto de vista administrativo da res publicae (coisa pública). Na verdade, estamos mesmos, jogados
às traças e à nossa própria sorte e só existimos mesmo, porque os municípios
não morrem jamais, podem até virarem em fantasmas, cobertas por ervas daninhas,
mas sempre ficam as carcaças, como ocorreu com Moxotó.
Os municípios sobrevivem, porque eles têm vida própria com as
pessoas que os povoam, mas no caso particular de Buíque, que é o que mais nos
interessa, se tivéssemos tido governantes sérios e honestos de verdade nesses
últimos cinquenta anos, nossa terra hoje era para ser bem diferente desse
descaso e caos em que se encontra. Não precisa ir muito longe não senhor! –
Basta dar umas voltas pela periferia da cidade; o próprio centro da urbe, que se
encontra extremamente desfigurado pela omissão de muitos, ao permitirem que
acabassem com a nossa arquitetura colonial de nosso patrimônio artístico e
cultural de nossas construções antigas, além da falta de organização na
execução de obras como a de saneamento básico, que na verdade, por falta de
planejamento, ninguém até hoje sabe ou conhecimento tem, para onde vai ser
levado o produto do esgotamento, em que lugar vai ser armazenado ou tratado e,
até mesmo há de se duvidar, da espessura da canalização de esgoto que estão
colocando, se realmente vai ser suficiente para escoar os esgotos caseiros e
aqueles provenientes de correntes pluviométricas. É realmente um
questionamento, que poderá ao invés de trazer uma solução, vir mais adiante, um
sério problema para à nossa população e veja que se está gastando mais de 11
milhões de reais nessa obra, que vem sendo tocada sem o menor planejamento,
repito, e está deixando a nossa cidade mais aleijada do que já era.
Além do abandono do setor econômico da agricultura, outra
vertente que poderia dar bons frutos para o alavancamento de nossa economia,
era sem dúvida alguma, o turismo rural, o eco-turismo no Parque Arqueológico
Vale do Catimbau, mas nem isso existe, apesar de mesmo assim, a gente perceber
um grande número de turistas de todas as partes do Brasil e até mesmo de outros
países, que corriqueiramente vem a nossa terra, apesar de sequer termos as
mínimas estruturas de apoio ao turismo, em termos de estradas e melhoramentos,
respeitando-se, claro, o meio-ambiente, nesse importante setor econômico para o
Município. O prometido asfaltamento dos 12 km de extensão de estrada que liga a
cidade de Buíque à Vila do Catimbau, não passou de uma carta de intenções, nas
eleições de 2012, tão-somente para mais uma mentirosa e fraudulenta jogada
política, porque na verdade, eu mesmo nunca acreditei que esse projeto viria a
sair do papel e vejam que a obra custa a bagatela de cerca de 6 milhões de
reais, o que quase nada representa para o governo do Estado, já que o atual
gestor foi o seu principal cabo eleitoral, apesar de ter perdido para Armando
Monteiro aqui em Buíque, mas a derrota não justifica, o que importante é a
estruturação de condições desenvolvimentistas para movimentar mais essa
importante vertente econômica, o que nada está sendo feito pelo poder público
local. Até parece que Isaac Newton era buiquense e que as coisas, têm mesmo que
acontecer por gravidade.
Na verdade, ou nossa terra se acerta com o acordar de nosso
povo, de nossa gente, ou então a continuar nessa pisada, não se vai chegar a
lugar algum, se acaso Buíque achar por bem em continuar com a cambada que já
foi ou com esta que se encontra no poder, nossa terra vai se afundar ainda
mais, e a previsão dos mais velhos com certeza poderá se realizar, em que diziam
noutros idos, de que “em Buíque é como a cantiga da perua, de pior a pior”. Mas
não vamos por esse negativismo de nossos antepassados. Vamos fazer um Buíque
diferente e a oportunidade está a bater em nossas portas. Basta que o nosso
povo tenha um pouco mais de consciência e faça suas escolhas em pessoas
honestas, sérias, honradas, que busquem encarar a política na ética e dentro da
lei, porque a continuar nessa pisada, camaradas, vamos ser o Buíque imaginado
por aqueles nossos antepassados que já se foram, ou seja, “sempre de pior a
pior”, com o que não concordamos e não queremos. Mudar essa corja de políticos
do atraso, é de salutar importância para o nosso desenvolvimento e
engrandecimento, caso contrário, a cantiga da perua nunca vai deixar de nos
perseguir para séculos sem fim amém...
Um comentário:
- Dr. Manoel, o senhor tá bradando ao um vento(ELEITOR), surdo-mudo, seu devaneio de uma política justa, com uma administração séria e voltada para o desenvolvimento do nosso torrão Buiquense, é um ato nobre, doutor.
- O eleitor é uma besta tôsca e impetuosa na hora de vender sua alma por uma migalha do subejo do sultão de plantão.
- O doutor falou em poço artesiano, logo me venho à memória quando o governo do estado mandou pra Buíque um caminhão da CISAGRO pra furar poço, isso foi no final dos anos 80, o mandatário na época contenplou o sr. Zeca de Erasmo para ter o seu poço particular, com o dinheiro pūblico, amigo do sultão de plantão. DOUTOR, não tem jeito, não, troca à raposa, mas à praga-de-galinheiro
continua a mesma.
- Tem uma certa pessoa hoje na cidade de Buique transvestida de POMBA DA PROBIDADE, mas, no fundo, no fundo, é uma ave de rapina com suas garras afiadas pra delapidar o erário público, lembro dessa quando era empregada de uma empresa privada lá pras bandas do Recife, isto no final dos anos 70 e começo dos anos 80, incumbio um certo comeciante(LARANJA), uma pessoa bem quista na cidade de Buíque de aplicar seus dividendos surrupiados, em imóveis e móveis, nas cidades de Arcoverde, Buíque e Recife.
- Esta pessoa foi encarregada de tocar uma obra do governo do estado na cidade de Salgueiro, foi nessa, que à vaca foi pro brejo, por desvio, foi Demitida por justa causa, imagine este ser de luz sertada no trono da realeza Buiquense.
Doutor, se correr o (...), se ficar(...).
Edilson
São Paulo/SP
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