DELIBERADAMENTE ACABARAM
MESMO DE VEZ COM NOSSAS TRADICIONAIS FESTAS JUNINAS
Quer queira, quer não, essa
é a mais pura realidade em que vivemos em nosso querido Buíque:
deliberadamente, acabaram por ação e omissão, as nossas tradicionais festas
juninas, como existiam não faz muito tempo. Talvez alguns dos mais jovens não
tenham alcançado, mas outros, certamente, ainda chegaram ainda a participar da
alegria que nos enchia de emoção em momento especial de nosso folclore popular.
Nossa praça se enchia de barracas, de um barracão central, com sanfoneiros à
noite toda e os populares sempre se faziam presentes. A questão da interrupção
desse modelo de festa, que para uns ficou no passado, com a descaracterização
de nossos festejos juninos, substituído por um molde que nada tem a ver com o
tradicionalismo, não é mais o mesmo, tampouco retrata o nosso folclore e,
diga-se de passagem, que o denominado São Pedro, faz parte do ciclo que se
denominou de festas juninas.
Mesmo com todo esse modernismo, poder-se-ia, se assim
quisessem nossos gestores, que vem de outras administrações passadas, bem que
poderiam fazer uma mesclagem entre o tradicional, sem deixar o moderno de novos
tempos, de lado. A questão é porque deliberadamente não querem fazer ou
promover absolutamente nada nesse sentido, porque se assim o quisessem, através
da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes, com um orçamento de mais de 2,6
milhões de reais, bem que se poderia fazer uma festa junina pelo menos de uma
semana, para terminar com o dia de São Pedro e isso, não viria a demandar, nem
dez por cento da previsão orçamentária para o setor, mas o que na verdade
existe, é o fato de que, o atual gesto colocou em sua cabeça, que o São João é
com Arcoverde, mas o São Pedro, é aqui em Buíque. Agora há de se indagar, se
nada foi feito no São João no dia de ontem, na véspera como sempre acontece, o
que até agora se tem para mostrar em São Pedro? – Mas música sertaneja, com
atrações caríssimas que só interessam as partes envolvidas, que nada tem a ver
com o folclore junino do nordeste, é isso? – Bem, pelo menos até agora, o sub
do sub do sub do Secretário de Cultura, não se pronunciou, tampouco o “líder-mor”,
o alcaide do município, o “reizinho” (do que Rei sou eu?), sobre se vai ou não
haver alguma atração para o São Pedro. Há de se acreditar, que é bem melhor
deixar do jeito que está, pois quem quiser, segundo se comentou, das próprias
palavras dos que estão no comando do município, que vá para Arcoverde, Caruaru
ou mesmo Campina Grande. E aí vem a pergunta: e os que mal tem um centavo para
brincar as festas juninas mesmo aqui em sua terra, como é que ficam, hem?
Claro que povo algum vive de festas e mais festas, porque
todos tem que ter a devida responsabilidade para com seus familiares e com o
trabalho da lide diária de cada membro da coletividade, mas existem festas que
acabaram mesmo de vez, só mesmo para fazer pirraça ao povo buiquense e, quando
promovem algum evento, é pensando mesmo no bolso de alguém, que na alegria e
divertimento de nossa gente, esta é a verdade, mas o que querem é só mesmo
alguma vantagem indevida de ordem financeira dos cofres públicos, disso não se
deve ter a menor dúvida. Existe muita gente arrumada aí com o embolsar indevido
de verbas públicas através de maracutaias em licitações e todo mundo disso tem
conhecimento, só que, mesmo vendo, sabendo até mesmo em detalhes, ninguém abre
o bico, ou porque também participa dessa horda ou porque é omisso também com as
falcatruas que acontecem por trás dos bastidores do poder. Um dia ainda se tem
que buscar se mostrar a História de nosso Buíque Politicamente Incorreto, e aí,
muita coisa vai estourar das entranhas de muitos gestores públicos, ou será que
se está falando de chorumelas, hem?
Ontem ainda saí pelas ruas de Buíque, mas não vi nada
parecido, nem de longe, com as nossas festas juninas de uma passado não muito
distante. Sou contra à degradação do meio-ambiente, principalmente na queima de
lenha de origem nativa, mas as fogueiras que enchiam a cidade de ponta a ponta,
o que se viu mesmo, foram algumas fogueiras nas ruas São João, Antonio
Cavalcanti, Alto da Alegria, Vila São José, Amélia Cavalcanti, Aurora Laerte
Cavalcanti, na Vila do Posto, na Vila da Cruz de São Benedito, mas bem distante
do que antes era o verdadeiro São João de Buíque. Então minha gente, não é uma
questão de politicagem, mas sim, de amor próprio de nosso povo em um futuro
próximo, em discussão com a própria população, se rever uma fórmula de resgatar
as nossas tradicionais festas juninas, sem deixar de lado, o molde modernista
de se fazer esse ciclo para os mais jovens, que nunca viram um São João de
verdade, mas as tradições de um povo jamais podem morrer assim sem mais nem menos,
afinal de contas, como sempre tenho repetido, povo sem olhos no passado, é povo
sem presente e desfocado do futuro, esta é em síntese, a mais pura realidade. Tudo
na vida de um povo é importante para o seu próprio fortalecimento e crescimento
ordenado e com firmeza.
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