INQUIETUDE
DA VIDA, EM QUE MISTÉRIO VIVEMOS?
As nascermos, a gente vem
praticamente tão-somente com a vida, porque não se tem ainda noção de
absolutamente nada do eu ontológico do ser. Nesse primeiro momento, não se sabe
sequer da existência, vindo essa a surgir à medida que cada um de nós vai
aprendendo a ter discernimento de que de fato existimos, caso contrário, nada
seríamos a não ser mais um ser vivente sem noção alguma da vida num corpo de
carne e osso.
Quando se vem ao mundo, no primeiro momento, ninguém sabe
sequer de sua própria existência, somente a partir do desenvolvimento mental, é
que se vão adquirindo as percepções do desenvolvimento da inteligência e do
discernimento, entretanto, sempre existem dois fatores que são partes
integrantes principais da vida de cada ser humano, o que necessariamente, não
acontece com os animais, embora para algumas civilizações, todos os seres vivos,
tem as suas próprias características, o que é uma verdade e tem a sua forma de
se comunicarem entre si, de viver em grupos, como se foram famílias e também em
muitas espécies, sempre há um buraco esvoaçado de mistérios insondáveis. Esses
mesmos enigmas fazem também parte do ser humano.
A questão é que, ao nascer, uns vêm a adquirir o senso da
existência do ser e do estar, enquanto alguns, sequer o mínino desses valores
fundamentais chegam a ter, pois pelo visto, não vieram com eles, por algum
defeito genético da fonte de refletir e pensar, que são os neurônios, que não
passam apenas de mais alguns seres, vivos, porém sem os principais motores que
dão vida de verdade às suas existências. Às vezes até se confundem numa
confluência só, porque não há como distinguir uma da outra e por incrível que
possa parecer, quando a vida termina, para uns ambos se fundem num só e
continuam de forma misteriosa de outra forma em qual mundo ninguém sabe ao
certo dizer, mas razão de viver alguma, se teria, não fora se alimentar o
prosseguimento da vida após um lapso temporal em que cada um de nós está fadado
a viver, se curtíssimo, curto ou abreviado, disso ninguém pode determinar. O que
se sabe, é que se vem ao mundo sem nada saber e se vai, mesmo que venha a ter
conhecimento de alguma coisa, desaparece com os mistérios insondáveis que
rondam as nossas vidas terrenas, se é que se pode dizer que existem vida lá num
plano distinto deste chão em que pisamos enquanto viventes.
Alma e espírito, dá para se entender como duas entidades
presentes na natureza humana, que para uns existem também no animal, que na
verdade se integram numa só natureza que reflete a sabedoria, o subconsciente,
o discernimento e o sobrenatural do ser humano, após a sua estada terrena, depois
da sua morte de cada um de nós. A alma humana, o que dá para se entender, seria
o que está dentro do ser no seu dia a dia, sua inteligência, sua capacidade de
pensar, de agir, do inconsciente, daquilo que está dentro de si mesmo, de seu
corpo com vida, enquanto que, o espírito, na visão de quem acredita na
perpetuação da vida pós-morte, ou seja, na mudança da matéria, é o que vai
ficar se fundindo com a alma humana em vida do ser e do invisível que vai ficar
vagueando entre as estrelas, ou como acreditam alguns, para um lugar dantesco
que lhes reserva para os que foram maus e ruins e, para um paraíso, para os que
em vida foram bons e fraternos. Seria o desvencilhamento do corpo material,
daquilo que é espírito e alma, que a partir de então, passam a se confundirem
um com o outro, mas o espírito é o que vagueia e a alma, pelo que se dá para
entender, é o que nos acompanha no nosso inconsciente coletivo, que está no
nosso eu ontológico, responsável pela nossa sapiência, nosso agir e pensar. Mas
na morte inarredável, ambos se fundem numa só entidade, a espiritual, se é que
dá para ser entendido dessa forma. Enquanto viventes, continuamos a pensar,
imaginar e sermos sempre perseguidos, crédulos ou não, pela inquietude da vida,
em face de seus inquestionáveis mistérios que jamais serão devidamente
esclarecidos, por mais que o homem venha a se aprofundar em gigantescas
pesquisas e estudos, mesmo assim, jamais se desvendará esse insondável mistério
que nos rodeia diante dessa infinita eternidade.
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