ESPAÇO POEMANDO
A VITRINE
Antes o que era
translúcido
Não existia
obscurecer
Mas como gira o
mundo
Tudo veio a se
esconder.
Como num encatamento
O que era visível
sumiu
Só mesmo deixaram o
tormento
De quem disse que
partiu.
O que só era vitrine
De repente se
escondeu
O que se imaginava
citrine
De nosso povo desapareceu.
Na vida que a gente
vive
O vidro pode se
quebrar
Não havendo quem resolve
Para o mesmo vidro
se consertar.
Como tudo tem os
reveses
O troco vem na
medida
E por mais que se
aburguese
Não vem a curar a
ferida.
Quem é vidraça por um
tempo
Pode tudo vir a se
destroçar
Pois ninguém
controla o vento
Basta com um
estilingue acertar.
É alvo perfeito
quem pensa
Ser vitrine o tempo
todo
Basta a podridão
que incensa
Quem imagina em
desacordo.
O povo não é tolo
não!
Nisso pode
acreditar
Não mais confiar no enrolão
E nova vitrine se
colocar.
Quem pensar da mesma
forma
Melhor noutra
vitrine se esconder
Porque agindo assim
como essa corja
Luz não dá para acender.
Então vitrine
riscada
Não mais se presta
pra uso
Ou se busca nova
parada
Pra não ficar nesse
mesmo parafuso.
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