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segunda-feira, 8 de junho de 2015

NA MATÉRIA DE HOJE SE QUESTIONA A ATUAÇÃO DO JUIZ FEDERAL DO PARARÁ, NA CONDUÇÃO DO PROCESSO QUE INVESTIGA A OPERAÇÃO LAVA-JATO DA PETROBRÁS, E SE QUESTIONA ATÉ QUE PONTO ELE PODE JULGAR COM IMPARCIALIDADE, JÁ QUE ELE ANTES DE SER JUIZ FEDERAL, JÁ FOI ADVOGADO DO PSDB E SUA ESPOSA É ASSESSORA DO ATUAL VICE-GOVERNADOR DO PARANÁ, DO MESMO PARTIDO POLÍTICO, DO QUAL BETO RICHA É O GOVERNADOR.

O JUIZ PARANAENSE FEDERAL, SÉRGIO MORO, QUER MESMO SER UM JUSTICEIRO OU SÓ ESTÁ QUERENDO APARECER PERANTE OS HOLOFOTES?


     Sobre o primeiro “Moro”, que na verdade era Aldo, foi juiz, jurista, professor e político taliano, nascido em 23 de setembro de 1916, em Maglie, Roma e morto, em 09 de maio de 1978. Aldo Moro foi ocupante do cargo de primeiro-ministro italiano por cinco vezes, tendo sido um dos mais destacados líderes da democracia cristã de seu país, bem como um combativo intransigente da máfia italiana e de esquemas de corrupção política na Itália. Sequestrado em 16 de março de 1978, pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas (BV), foi assassinado depois de 55 dias de cativeiro. Por razões que se desconhecem, o governo italiano, junto a estrutura política da conjuntura mundial da época, tendo como pano de fundo a OTAN, ainda na guerra fria do Leste Europeu, não chegaram a uma negociação para a libertação do líder político, levando seus sequestradores ao triste final desse referencial político e da justiça italiana daqueles idos.
     O outro “Moro”, o Sérgio, do Estado do Paraná, nada tem a ver com o italiano, mas pelo visto, suas ações no campo da Justiça Federal, que chega a açambarcar além do que permite a sua área jurisdicional, teve inspiração no próprio italiano Aldo Moro, que como já citado, foi juiz, além de jurista, professor e político, tendo sido responsável pela contribuição num grande golpe na máfia italiana, secundado depois pelos juízes Roberto Scarpinato e Giovanni Falcone, que combateu ferozmente à máfia siciliana entre as décadas de 80 a 90, tendo uma juíza Patrícia Acioli e Falcone, sido vítimas da própria máfia, mesmo assim, a Justiça italiana não se deixou abater e dobrou de joelhos o crime organizado italiano. Para esses bravos juízes italianos, chegara a afirmar que: “…Para se combater um cancro, não se pode usar o mesmo remédio [usado] para se combater um problema estomacal comum.” Por essa razão a lei funcionou lá na Itália, o que talvez não venha a ser a mesma coisa aqui em nosso País.
    Pelo que se dá para perceber, a denominada, pela Polícia Federal de Operação Lava-Jato, da corrupção escancarada da Petrobrás, apareceu em primeiro plano através de um juiz federal do Estado do Paraná e, por incrível que pareça, está ele quebrando princípios e dogmas do Direito constitucional e Penal, em que está tendo o poder de atingir outras jurisdições fora de sua esfera de competência, o que é deveras estranho, pois o local de investigação, de instrução e responsabilização por alguma conduta criminosa, é justamente no distrito de culpa, ou seja, onde a lei penal foi infringida, o que não está dando muito bem para entender nesse caso particular. Interessante também é o fato de que, mesmo se tendo conhecimento de muitas facções partidárias que se beneficiaram da mesma forma que os demais, mas só se focaliza mesmo para o PT, Lula e Dilma, o que é deveras estranho, já que existem muitos políticos de outros partidos e facções, envolvidos até o gargalo nas mesmas práticas corruptivas que muitos petistas, inclusive, os do PSDB.
    Com relação ao PSDB, o que se descobriu, é o fato de que a esposa do rigoroso juiz que certamente se inspirou nos magistrados italianos, senhora Rosângela Wolff de Quadros Moro, é esposa do juiz Sérgio Moro e trabalha para o vice-governador Flávio José Arns, de Roberto Richa, do PSDB, o que certamente justifica, porém não há explicações plausíveis, para que se fustigue tanto o PT e se deixe de lado o PSDB, para quem a esposa do rigoroso juiz trabalha, dizendo-se de passagem, que antes de ser juiz federal, o próprio, já houvera advogado para o partido de Aécio Neves. Outra mais, pelo que dá para se perceber, é o fato de que o referido juiz, não age com isenção de ânimos em sua conduta em processar determinados políticos, porque gosta muito de aparecer para os holofotes, além de participar de movimentos de protestos de iniciativa do PSDB, o que é de se estranhar para quem vai julgar fatos que vem sendo apurados contra políticos do PT, o que leva a se indagar, até aonde poderá ele julgar imparcialmente a quem está presidindo a instrução de processos criminais?
     Outro fator a se estranhar também, é a questão de como esse juiz conseguiu tentáculos para mandar prender inclusive incriminados ou apontados como partícipes, de pessoas de outras jurisdições, o que não seria de sua competência, mas sim, do distrito de culpa da prática delitiva, de acordo com o Código Penal em vigor. Há de se desconfiar ainda, dessa questão de delação premiada, de como o estado de fragilidade e psiquismo se encontra, de quem vai fazer essa delação premiada, de como e até a que ponto o sujeito dentro de um momento circunstancial em que viria a ser capaz de fazer qualquer coisa para ganhar a sua liberdade, não poderia fazer, ao acusar alguém para se safar de uma prisão, quando também existe o preceito constitucional do princípio da presunção da inocência, que exaustivamente vem sendo quebrada por esse juiz, o que o torna suspeito para julgar os feitos dos quais, está levando à cabo às instruções processuais, quando na verdade, já existe um linchamento e um julgamento antecipado de condenação dos próprios meios midiáticos. Então a pergunta que não quer calar é: até que ponto esse juiz poderá levar a efeito esse julgamento, com inteira isenção, imparcialidade, já que ele prestou serviços para o PSDB, gosta de aparecer nos holofotes como o maior justiceiro do Brasil (só contra o PT) para se fazer realmente a verdadeira justiça da qual o povo brasileiro tanto clama. A temeridade está em condenar um inocente e soltar um culpado, como costumeiramente ocorre em nossa Justiça. Afinal de contas, nessa peleja, para quem esse juiz federal do Estado do Paraná está querendo fazer gol?

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