O CAOS ADMINISTRATIVO QUE SE APOSSOU DE BUÍQUE, ATÉ
QUANDO VAI SER ASSIM?
Antes de 31 de dezembro de
2008, não se pode dizer que Buíque era um mar de rosas, pois quem assim ainda
achar que era, é porque faz parte de alguns dos tantos buiquenses que são
adeptos do caos, continuam usando a mesma viseira encarnada e acreditam que com
o anterior a essa data limite, nosso município funcionava. Ledo engano. A
esculhambação era total, o descaso, uma administração sem rumo e montada em
esquemas para surrupiar o dinheiro público, a ausência da chefia do executivo,
que era substituído pelo gueto familiar, embora naquela época, o Ministério
Público, houvera proibido o governo de nomear à parentada, das promíscuas
ligações familiares somente para se locupletarem do erário (dinheiro público),
era isso sim que acontecia, só não vê ainda o que foi essa triste realidade,
quem continua na mesma cegueira de guia de sempre e faz de conta que “era feliz
de algaroba e não sabia”. Na verdade desde há muito tempo, que o que tem
imperado mesmo em Buíque, é o caos oficializado implantado em desfavor de nosso
povo, esta é uma realidade que muitos veem, mas fingem não ver. O poder público
sempre foi encarado como propriedade particular, na visão enviesada de quem
chegou a ocupar o cargo de primeiro mandatário de nosso Município.
Bem, passado esse período que foi deixou manchas impagáveis
em todo o nosso município, eis que aventureiramente, como quem estava pronto
para atirar para todos os lados e se acertasse, a zebra seria vitoriosa e assim
o foi, e desta feita, a partir de 01 de janeiro de 2009, o que se imaginava
poder se esperar algo diferente em nossa política, infelizmente o caos continuado,
teve início mesmo antes de assumir o poder, logo após se consagrado nas urnas
como vitorioso e da mesma forma, o caos veio a continuar piorado a tomar conta
de nossa terra. Não se pode dizer piorado, mas que seja uma troca de seis por
meia dúzia, quando se esperava que fosse um diferencial político que viesse a
orgulhar o povo de nossa terra, mas nada disso, mais uma vez, veio a acontecer
e o caos administrativo se implantou de vez em Buíque, em que praticamente nada
funciona e o que acredita está funcionando, é mera enganação e está tão-somente
no controle contábil maquiado, nas prestações de contas, também na base da mágica
e os polpudos empenhos com toda certeza, em todos os dias 10, 20 e 30 de cada
mês, que são os dias das transferências obrigatórias de recursos financeiros da
União para os Municípios, tais recursos são dissipados, desaparecem como
fumaça, para muitos fantasmas ou laranjas, que mais ou menos se sabe quem,
embora existam de um lado os Tribunais de Contas, tanto do Estado, quanto da
União, para acompanhar como tais recursos estão sendo aplicado, mas limitados a
processos licitatórios elaborados formalmente dentro do que manda a Lei de
Licitações e, ficando nisso, nada se vai adiante, porém Buíque em peso sabe da
destinação de tanto dinheiro que vem sendo desperdiçado e pulverizado por aí,
sem que seja aplicado verdadeiramente nas finalidades previstas, como manda o
princípio da legalidade administrativa. Por seu turno também, existem 13
(treze) vereadores, que tinha por imposição legal o dever de fiscalizar o
Executivo, mas manipulados e cooptados para objetivos comuns, se calam, nada
fazem e a bandalheira passa a ser dividida, salvo um ou outro vereador que se
rebela, mas como uma andorinha só não faz verão, mesmo assim, pode fazer o
diferencial, porque quando se colocar os podres para fora, a sociedade é a
primeira a ficar perplexa, se é que existe mais no que ficar perplexo com a
forma de se encarar a coisa pública, como vem sendo implantada em Buíque desde
longos anos passados e isso tem que acabar um dia.
Todo mundo tem conhecimento em uma só voz, da ausência física
e administrativa do gestor público municipal, que ora está em sua fazenda no
Maranhão, ora nos seus apartamentos no Recife, ou em João Pessoa, menos em
Buíque, onde deveria obrigatoriamente estar dando expediente. Pior é que a
própria Lei Orgânica do Município, diz que, o prefeito quando se afasta por
mais de 15 (quinze) dias do seu posto, obrigatoriamente tem que transferir o
poder para a sua vice, o que nunca aconteceu em Buíque, passível até, se acaso
tivéssemos uma Câmara de Vereadores responsável, de impeachment, mas isso nunca
ocorreu e jamais vai acontecer, porque o outro também fazia a mesma coisa. O
que ninguém aprendeu em Buíque, é o fato de que, essa questão de imitador de
hábitos de outras pessoas, no geral, acontece para quem entra no mundo da
criminalidade, se bem que, o que vem sendo feito em nossa terra, não deixa de
ser crime, que está incluído no que se achou por bem denominar no Direito Penal
de crimes incluído numa cifra dourada, porque é aquele tipo de crime que todo
mundo sabe que é ou está sendo praticado por autoridades públicas e ninguém vem
a ser preso, ou sequer chega a pagar pelos seus crimes. No mundo real das
coisas, é isso que vem acontecendo em Buíque.
Outra questão cruciante em Buíque é o fato de que, servidor
público, a não ser alguns poucos, trabalham para fazer jus aos seus proventos.
Tanto isso é provado, que no prédio sede central da Prefeitura Municipal, se
muito existirem, são menos de dez servidores trabalhando e dando expediente,
afora o prefeito que nunca deu expediente durante esses mais de seis anos no
poder, mas tem uma invejável verba de gabinete que beira a casa dos 4 milhões
de reais à sua disposição. Só para se ter uma ideia, a Guarda Municipal de
Buíque, que tem um efetivo em torno de 40 a 50 guardas, não tem nem dez em
atividade e grande parte, fica ganhando sem trabalhar e levando à vida em
botecos de esquina, tomando umas e outras e jogando baralho, que ninguém é de
ferro. Enquanto isso, existe uma leva de pessoas contratadas irregularmente,
para fazer o serviço da guarda pública municipal, quando existe uma guarda
efetiva para trabalhar e não trabalha. Se formos para às secretarias, das cerca
de doze existentes e todas elas com secretários e secretários-adjuntos nomeados
no papel, só uma média de três ou quatro está funcionando e assim mesmo, em
condições precárias, o que significa em dizer, que realmente o caos foi
verdadeiramente instalado na administração pública de Buíque, que não tem um
rumo a ser seguido. E isso é na região urbana, extensivo esse abandono aos
distritos e à zona rural de nosso município.
Existe um concurso a ser realizado fruto de uma Ação Civil
Pública da Justiça Federal do Trabalho, que vem se arrastando desde o ano de
2006, porém vão enrolando, arrumando um jeito de enganar à Justiça, que
determinou uma multa de 1 mil reais por servidor contratado irregularmente e
essa conta está a pleno vapor, mesmo assim, nada de providência para a
realização de concurso, porque é mais cômodo, como ocorreu bem próxima da
eleição de 2012, onde foram contratados irregularmente, uma média de 1 mil
servidores por tempo determinado, sob a desculpa esfarrapada para atendimento
de urgente necessidade pública, mas o que estava por trás de tudo isso, era
mesmo contratar uma leva de pessoas, muitas das quais para nada fazer e daí,
tirar uma média de 3 mil votos garantidos, usando o dinheiro público
malversadamente e o pior, é o fato de que, entre contratados e cargos
comissionados, se chegou a sair o equivalente a 80% da folha de pagamento,
quando não pode se chegar ao limite de 70%, o que significa um absurdo. Também
estranhamente, existe quatro cargos comissionados de advogados, vinculados à
Secretaria de Ação Social, além de uma Procuradoria que está mais para defender
os feitos particulares do prefeito, do que propriamente do município, inclusive
existe um casal de advogados, em que ele, o marido, é advogado da
municipalidade e ela, a esposa, é advogada da Câmara de Vereadores, o que é um
acinte ao nosso povo.
À bem da verdade, ninguém sabe o que de fato está funcionando
em termos de administração pública em nossa cidade, porque muitos servidores
efetivos, dão expediente quando bem querem e entendem, pelo menos, os poucos
que existem trabalhando, o que não deixa de ser louvável os que estão no
cumprimento diuturno de suas obrigações funcionais e de seus deveres para com à
municipalidade. Sem falar, pelo que se comenta, em servidor pago pelos cofres
públicos, para ser empregado, babá ou até mesmo cuidar de cachorrinhos, à
disposição de ocupantes de determinados cargos públicos de maior grau do
organograma da municipalidade, o que afronte vilmente a boa-fé de nosso povo e
os princípios previstos no art. 37 da Constituição Federal, que são: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que são as pedras
fundamentais a nortear toda e qualquer administração pública. Infelizmente,
nenhum desses preceitos basilares impositivos da Constituição Federal são
respeitados em Buíque, o que nos joga na mesma vala comum do caos instalado e
da irresponsabilidade de uma cúpula que está mesmo, é copulando com Buíque,
valendo simplesmente indagar, ATÉ QUANDO ESSES DESCASOS E DESMANDOS VÃO
CONTINUAR A ACONTECETER, HEM MINHA GENTE?
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