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terça-feira, 28 de julho de 2015

MISTURA DO ESSE É MEU, ESSE É TEU, ESSE É MEU...


  Uma das coisas interessantes que tenho observado no meu dia a dia, é que no geral, as pessoas, quando fundam uma associatividade, uma entidade privada, porém de interesse coletivo, imaginam ou confundem como se fora tudo de propriedade pessoal, de uma família, particular. Querem exemplos? – Existem aos montes. Em Buíque mesmo, associatividades desportivas, comunitárias de bairros e da zona rural, de motoqueiros, de motoristas, de concessão de emissoras comunitárias de radiofusão e por aí se vai alguns dos poucos exemplos, sem falar nas ONG’s e nas OCIP’s, entre outras. Pior é que ninguém vê audiência pública de fundação de nenhuma dessas entidades em Buíque ou em qualquer lugar que seja, salvo algumas poucas exceções, quando algumas pessoas ainda encaram o objetivo de fazer o bem, de forma séria e dentro da lei, mas no geral, até mesmo Igreja evangélica, é fundada na base de ata de algaroba. Quer dizer, fazem a ata, o estatuto, como se houvera uma assembleia, que na realidade nunca existiu e simplesmente, sacramentam a associatividade como manda o figurino, registram no órgão devido, se inscrevem no CNPJ e pronto, está legalizada mais uma associatividade ou entidade sem fins lucrativos. É assim que funciona, na base do martelo para servir a interesses particulares de alguém ou de um grupo.
  No geral, os fundados, buscam sempre colocar nos órgãos diretivos pessoas manipuláveis, pertencentes a uma mesma família, para manobrarem as decisões tomadas em Assembleias Gerais ou Conselhos Diretivos, no sentido de se perpetuarem no poder ou então fazer do que é de interesse coletivo e não particular, o que bem entender. É assim que funciona. Outra coisa interessante, é que Assembleias Gerais de fundação, é uma piada. As atas de um modo geral são todas fraudadas e se bem reparadas, umas são cópias fiéis umas das outras. Então minha gente, a maracutaia nesses órgãos, é grande, a ponto de se dizer até nas comunidades, Rádio Comunitário FM de Seu Fulano, Campo de Futebol de Seu Sicrano, Associatividade de Bairro de Seu Beltrano e assim por diante. É assim que funcionam essas associatividades. Não raras, funcionam dentro dos conformes, mas a maioria, minha gente, é meramente para atender interesses escuros de um grupelho restrito de particulares ou de uma única pessoa. Rádios Comunitárias, podem observar, são um grande foco de negociata, quando deveriam ser voltadas para os interesses comuns da comunidade e não como meio de lucratividade para uma estirpe familiar, esta é a verdade. O mesmo vale para associatividades comunitárias de bairros, de interesses ruralistas ou outras quaisquer, que na verdade, alguém de certa forma, só quer mesmo, obter indevida vantagem, aplicar alguma migalha para não dar muito na cara, mas o resto, é para o interesse particular. Mesmo na maioria desses organismos privados e sem visar lucratividade, existem enes falcatruas e, muitos buscam com isso, além da indevida vantagem, fazer uso político de tais organismos. As ONG’s e OSCIP’s, também não estão fora desse rol de interesses escusos, pelo menos uma grande parte e isso, não é só mérito de nós brasileiros por sermos visualizados como inseridos no rol dos mais corruptos do que alguns dos demais países do Planeta.
   Aqui mesmo em Buíque, fundei junto com um grupo de companheiros, a Academia Buiquense de Letras e das Artes – ABLA, mas busquei conduzir desde o movimento que criei para a ideia vir a se tornar realidade, tudo às claras, inclusive marcando de verdade, uma Assembleia Geral, uma Audiência Pública, aberta, na Câmara Municipal, portanto, um evento público para conhecimento de todos, para poder chegar a fundar uma entidade privada, porém, jamais de minha propriedade particular. Jamais poderei chegar e dizer que a ACADEMIA que fundei, é de minha propriedade, posso até chegar a tratá-la por “minha academia”, no sentido figurado, como seu membro e pertencente aos seus quadros acadêmicos, na condição de seu primeiro presidente, menos de que a Academia é minha como se fora propriedade de minhas posses, isso jamais, pois quando a fundei o fiz com o intuito de servir à comunidade buiquense, regional e por que não, cosmopolita, ao nosso desenvolvimento cultural e coletivo e não meramente de um grupo seletivo de pessoas ou a mim próprio. Entidade privada, porém de interesse coletivo e sem fins lucrativos, jamais poderá ser utilizada para fins ou interesses particulares. É uma forma de buscar servir sem ser servido e foi com esse propósito que fundei a nossa ABLA. Outra mais, passado o meu primeiro mandato, democraticamente, buscarei passar o bastão para outro colega na mesma condição e dentro do que determina o Estatuto da entidade, porque nessas entidades sem fins lucrativos, os que estão à frente, jamais deverão se perpetuar, como acontece em Rádios FM comunitárias, em associatividades de bairros, de zona rural, de motoqueiros, de motoristas de transportes alternativos, de sindicatos, isso é uma esdrúxula forma de ver as coisas de interesse comunitário, como se fora de interesse particular ou então, com a finalidade de atingir finalidades de caráter particulares, o que não se coaduna com a filosofia de organismos dessa natureza criados ou fundados para servir de interesse-meio para se atingir interesses-fins em favor da comunidade a qual representa, é essa a minha visão desses tipos de entidades comunitárias e associativas.


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