Na verdade o rádio auxiliou não só na propagação de
informações, como também no lançamento dos esportes comentados e na
musicalização do cotidiano, nas dramatizações novelescas e aficcionados pelo
rádio, como o são nos dias atuais, por um aparelho de computação. Sobre o
surgimento do rádio, resta saber que foi no ano de 1863, em Cambridge, na
Inglaterra, James Clerck Maxwell, professor de física experimental, demonstrou
teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. A partir desta
revelação outros pesquisadores se interessaram pelo assunto, como o alemão
Henrich Rudolph Hertz (1857-1894). Hertz comprovou a propagação radiofônica por
meio do ar em 1887, o que determinou que os antigos “quilociclos” passassem a
ser chamados de “ondas hertzianas” (Hz) ou “quilohertz”. A industrialização de
equipamentos, contudo, deu-se com a criação da primeira companhia de rádio,
fundada em Londres pelo cientista italiano Guglielmo Marconi.
O funcionamento dos aparelhos de emissão e recepção de
sinais já havia sido testado por Marconi em 1896, a partir do momento em que o
cientista identificou a importância comercial dos telégrafos. Até então o rádio
era algo como uma “telegrafia sem fio”, algo já bastante útil e inovador para a
época, tanto que outros cientistas e professores se dedicaram a melhorar esta
função. Oliver Lodge (Inglaterra) e Ernest Branly (França), por exemplo,
inventaram o “coesor”, um dispositivo que melhorava a detecção de ondas. A
mudança de sintonia dos rádios, por meio da possibilidade de seleção da
frequência, foi alcançada por Oliver Lodge, em 1897, quando inventou o circuito
elétrico sintonizado. Enquanto isso, Roberto Landell de Moura, padre e
cientista brasileiro, construiu diversos aparelhos que, além de totalmente
relevantes para a história do rádio, contribuíram para descobertas fundamentais
para o desenvolvimento de novas técnicas de difusão e de captação de ondas.
Mas foi somente na década de 1920, que a empresa
norte-americana Westinghouse dá início à “Era do Rádio” com a criação do
microfone, a partir de modificações específicas no bocal do aparelho
telefônico. Além desta invenção, obtida por seus engenheiros, a Westinghouse
foi responsável pela radiofusão em si, com a fabricação de aparelhos de rádio
para as tropas na Primeira Guerra, começando a partir de então a utilização do
rádio em sua praticidade e via de consequência, a massificação em que em busca
de notícias tanto da primeira guerra, quanto da segunda, eram as pessoas no pé
do rádio para saber como as coisas vinham acontecendo mundo afora.
Com o fim do conflito mundial, vários aparelhos ficaram
estocados nas fábricas, sendo que para estimular a venda para com o grande
público, a empresa instalou antenas nos pátios de suas fábricas, para que fosse
transmitida música para as comunidades locais. A consequência foi a
transformação do rádio em um meio de comunicação com apelo em diversos países.
O rádio teve um papel importante como meio de comunicação de
massa. A fim de que se compreenda o motivo da época ter ficado conhecida como a
“Era do Rádio”, basta verificar que nos EUA a rádio crescia surpreendentemente:
em 1921 eram quatro emissoras, mas no final de 1922, os norte-americanos
contavam com 382 emissoras. A televisão, por sua vez, seria uma revolução no
modo do homem ver o mundo: à distância (telever), todos os objetos e locais
conhecidos no planeta, sem a necessidade do contato ou ida aos mesmos. A
história e o desenvolvimento da televisão se relacionam a diversas pesquisas e
descobertas científicas dos séculos XIX e XX. A transmissão de imagens a
distância era uma tentativa constante entre os cientistas, sendo que
descobertas como a do selênio, em 1817, pelo químico sueco Jons Jakob
Berzelius, propiciaram o estudo e desenvolvimento desta ação por meio da
corrente elétrica. Contudo, os estudos pioneiros e o próprio invento da
televisão é atribuído ao alemão Paul Nipkow, que analisava a ideia do envio de
imagens a distância, sendo que em suas concepções poder-se-ia decompor a imagem
em pontos, que seriam posteriormente transformados em impulsos elétricos por
uma célula fotoelétrica e enviados por um fio para um receptor, ocorrendo o
processo inverso para composição da imagem. Nipkow criou então um disco com furos
em expirais que “varriam” uma imagem, no qual cada furo gerava uma luz,
convertida em corrente elétrica por uma célula de selênio, que por sua vez
acenderia uma lâmpada, iluminando então outro disco oposto ao primeiro, gerando
a imagem num écran. Este invento foi denominado “Disco de Nipkow”, servindo de
pilar para o desenvolvimento da televisão e colocando Nipkow como o pioneiro do
desenvolvimento da TV.
Para mim, a importância do rádio, como meio de comunicação
em massa, antes mesmo da existência da televisão, foi algo assim fora do comum.
Os antigos rádios, quando ligados, eles tinham uma engrenagens denominadas de “velas”,
que enquanto não esquentassem e isso era um processo meio demorado, a
transmissão de voz ou de música não surgia como um estalo de dedos acontece nos
dias atuais, mesmo na internet ou em imagens de televisão. Quer dizer, o que se
achava antes impossível, os estudiosos, suas descobertas e a ciência, tornaram
isso uma realidade e foram muito mais além, com o surgimento de transmissão de
imagens, que antes era somente preto e branco, para, na década de 60, virem as
primeiras transmissões em corres, o que representou uma grande revolução nos
meios de comunicação da época e hoje, ninguém se admire, se houve a transmissão
da própria imagem entrando no próprio lar das pessoas e interagindo com estas,
o que não é nenhuma novidade, já que já existem shows ao vivo que reproduzem
através de hologramas imagens criadas pelos meios eletromagnéticos, que recriam
pessoas que já morreram, como se estivessem vivas fazendo um show em pleno
palco. Num futuro não muito breve, com certeza, o homem ainda vai chegar a fazer
viagens através do teletransporte via buracos negos, suas dobras ou através da
própria luz, em que a matéria se decompõe de um lado, para surgir no passado ou
no presente, como ocorre nos filmes de viagens no tempo. Sabe-se ser ficção,
mas muitos dos atuais inventos e da evolução dos tempos, vieram justamente de
pensamentos e ficções imaginadas por inteligências superiores, esta é a verdade
e nesse intelecto criativo do homem, não existem limites.
De tantos inventos importantes que presenciei até agora, acredito
que, os que mais me chamaram a atenção foram os telégrafos, o rádio e a
televisão, que praticamente deram o início a todo esse processo revolucionário,
da evolução científica no mundo das comunicações com as quais a gente se depara
na realidade atual em que vivemos.
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