Sou gato
escaldado na política buiquense e posso dizer com propriedade de vivência em
várias delas, que tenho conhecimento do que ocorre na nossa política, que
acredito, não ser muito diferente da de outros lugares, aonde se o sujeito
cochilar, leva uma rasteira sem ao menos esperar, principalmente nos assaltos
partidários sem sequer o fundador desse ou daquele partido tomar conhecimento
ou até mesmo, através de conchavos de bastidores com os ditos “poderosos” de
algaroba da capital ou até mesmo, usando métodos coercitivos através de ameaças
para se tomar na base da marra ou de assalto, determinadas agremiações, quando
nada disso seria necessário, pois existem partidos de sobra no Brasil.
Só para se ter uma ideia, a nível
nacional, são 32 partidos legalizados nacionalmente, não sei se em todos os
estado da federação estão presentes, e outros mais, estão em fase de pedido de
registro, no aguardo do regular processo eleitoral para o reconhecimento da
fundação de acordo com a Lei dos Partidos Políticos no Brasil, que na
realidade, em termos eleitorais, é uma lei de merda, esta é a verdade, porque
não dá a menor segurança para quem funda e mantém uma agremiação e dar poderes
demais aos órgãos superiores dos partidos para a hora que bem entender virem a
cassar as agremiações nos estados e por tabela, a representação estadual,
cassar ou destituir às formações partidárias municipais, o que é uma pouca
vergonha, por que se alguém tem o trabalho de fundar, organizar e firmar um
partido político e vê-lo assim de repente tomado de assalto, é uma falta de
caráter e de vergonha quem assim vem a agir. Mas como tudo neste país é feito
na base do toque, essa lei dos partidos políticos, com essa prefalada reforma
política de algaroba, somente vem mesmo, para fazer alguma mudança pontual sem
importância aqui e ali e não mexer no miolo do imbróglio nevrálgico, não vai
fazer diferença nenhuma, sendo melhor mesmo, deixar essa porcaria como está.
Infelizmente, não é ainda nessa
oportunidade que a gente vai inserir no Direito Eleitoral, a candidatura
independente, o voto distrital, outras formas de financiamento de campanhas
políticas, entre outras salutares reformas no sistema de eleições no Brasil. No
que diz respeito à candidatura independente, a sua importaria está no fato de
que dá o direito de qualquer cidadão se candidatar sem a necessidade de estar
ou não vinculado a partido político algum, o que no meu entender, pela
organização partidária fragilizada que temos, a melhor saída para muita gente
boa que deseja entrar na política, seria essa, mas enquanto isso não ocorre, a
gente tem mesmo é que jogar o jogo de acordo com as regras impostas, embora com
esta não venha a concordar.
Questão partidária à parte, mas o que
venho alertando é o fato de que, para quem quiser ser oposição em Buíque, tem
que se firmar verdadeiramente como oposição, não meramente fazer de conta que “está”
oposição e na hora agá, tirar o corpo de banda. Aí minha gente, que me perdoam
os que estão certamente pensando dessa maneira, porque aí não dá para se fazer
oposição em nossa terra, coisa que pelo visto, nossa gente ainda não aprendeu a
fazer. Fui oposição em Buíque, como sempre tenho feito questão de repetir, por
mais de trinta anos. Cheguei ainda em 1992, a disputar um mandato de vereador,
mas como na época, quem dava às cartas era um juiz eleitoral, então só ganhava
quem tivesse nas graças dele e, na mágica eleitoral que ele era um “expert”, porque
ele fazia uma mágica de fazer nascer votos no roçado de quem não tinha voto
suficiente para ser eleito e isso nunca foi novidade para ninguém de Buíque. Ele,
o juiz eleitoral, fazia o jogo que bem entendesse na totalização de cada
boletim de urna, que não existia na época a urna eletrônica de hoje, se bem
que, esta modalidade pode até ser segura, como fazem questão de dizer os
técnicos em informática do TSE, mas em parte, tenho lá minhas dúvidas, porque
se rackeiam sistemas de programas computacionais sofisticadíssimos, como não
rackear uma urna eletrônica, hem? – Outra indagação que costumo fazer, é o fato
de que, por que países avançados como os Estados Unidos ainda não adotaram esse
sistema? – Por bem ou por mal, ainda é a forma mais segura, pelo menos há de se
pensar assim, de se enfrentar um pleito. A questão maior, que estamos a nos
deparar, principalmente aqui em Buíque, é justamente essas manobras espúrias na
fase pré-eleitoral, e quando do início da política pra valer mesmo, aí é que o “canção
pia”, com a compra escancarada de votos, principalmente por parte de quem está
no poder de mando, fazendo uso tanto dos poderes político e econômico, além de
outras maracutais que chegam até mesmo à queima de títulos de eleitores para no
dia da eleição, o eleitor não comparecer
na urna. Mas aí justificam, de que se pode votar com qualquer documento
identificatório. Aí indago: se nem o alfabetizado e letrado tem decorado a sua
seção de votação, como é que ele vai adivinhar a sua qual votar no dia da
eleição, se não tem decorada a sua seção eleitoral, hem minha gente?
A questão de se firmar uma verdadeira
oposição em Buíque, só poderá vir à termo mesmo, com a firmeza e determinação
de seus integrantes, sem o meio termo, as nuances de esconder o jogo para uns e
abrir para outros, e aí como é que teremos uma oposição se nem ela mesma está
acreditando que existe, hem minha gente? – Por isso mesmo é que defendo um
engajamento maior, determinações incisas em ações e levar diretamente ao povo o
conhecimento de que realmente existimos e não estamos para brincadeiras, esta é
a verdade. Uma coisa posso dizer: “o que não podemos é brincar de oposição!” – Se
estamos na oposição, vamos montar nossa estratégia, e aí sim, é uma iniciativa
grupal em que o jogo será exclusivamente de quem é parte integrante, porque em
política, se não se montar estratégias de lutas, de frente de batalha, não se
chega também a lugar nenhum. Temos que ser incisivos, combativos, determinados
e defender os verdadeiros primados da política para podermos ser o diferencial
de quem sempre vem levando em nosso município a política, como um mero
instrumento de se tirar vantagens, às custas da miséria e da desgraceira de
nossa gente e de nosso povo. Então se somos oposição, que sejamos de verdade e
vamos para isso, lançar os nossos traçados publicamente SEM MEDO E SEM ÓDIO,
esta é a verdade nua e crua, senão o bicho vai continuar pegando nessa
bandalheira política em que nos encontramos, porque convenhamos, do jeito que
está, nossa política está putrefata e fede! – É hora não de brincar de mudança,
mas sim, de MUDAR DE VERDADE!
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