Todo movimento, seja ele
qual for, se não tiver apoio da base do estamento social, está fadado a
fracassar, a exemplo desse movimento golpista contra à democracia, em nome de
uma suposta moralidade, pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas liderado
por uma elite podre e pobre de espírito e de conhecimentos, que sequer sabe o
porquê do movimento, a filosofia como objetivo a ser alcançado para um melhor
aperfeiçoamento moral e social e no final de contas, não pode mesmo chegar a lugar
algum, a não ao fracasso total, com a perda de força, como vem acontecendo.
Tenho observado nas redes sociais, noticiários e meios de
comunicação escritos, os que ainda são livres para relatar à verdade, o nível
de politização e de conhecimento das pessoas que tem participado desse
movimento, a ponto de ser contra um PL ou EC, ostentado dizeres de ordem num cartaz
na mão, ser contra a tal projeto ou emenda e, quando perguntado sobre do que se
trata o projeto ou emenda, não saber responder, tampouco o conteúdo ou significado
daquilo contra o que se está protestando. Convenhamos, a gente tem que está
preparado e ter conhecimento de causa, quando se toma uma posição do contra, de
fazer protesto, que é legítimo, contestando alguma coisa com a qual não se
concorda, aí sim, a manifestação tem razão de ser, mas pura e simplesmente,
levados pela mídia golpista, somente pelo que ela diz e publica, em grande
parte, sem ter provas cabais e irrefutáveis de que os fatos se deram como o
narrado, aí sim, é a própria pessoa não buscar se questionar sobre a sua
própria existência, então dessa forma, protestar de quê, para que e contra o
quê, hem minha gente! – Contra a corrupção! – A irresponsabilidade
administrativa nos setores públicos, tudo bem! – Aí sim, há uma razão de ser! –
Agora não saber responder o porquê da razão de ser e de existência do
movimento, aí sim, é uma descarada falta de conhecimento e querer aparecer
feito uma aloprada que chega a acreditar que mostrando os seus sedosos peitos,
é o bastante e suficiente para barrar à corrupção deste país. Na verdade, esse
tipo de gente quer mesmo é aparecer por si só, para quem sabe, ganhar um nu fotográfico
numa revista reles qualquer e ganhar alguns trocados e achar que com isso
chegou a alcançar o pedestal da fama.
Pior é no uso da língua-pátria, quando numa grande faixa, se chegou
ao cúmulo de colocar por escrito um trecho da letra do hino nacional, de forma
vexatória, que só vem a demonstrar o nível de analfabetismo de grande parte dos
manifestantes, a exemplo do trecho: “...verás que um filho teu não “foje” “á”
luta...”. Convenhamos minha gente, para ser um movimento elitista, que está
tão-somente apontando o dedo sujo para outra banda, esquecendo que seu próprio
galinheiro também é cheio de merda, deveria saber que o “foje” apelativo deles,
a ser escrito com “jota”, na verdade, é com “g” e, o acento da vogal “a”, não é
agudo, mas sim craseado. É esse pessoal que também chega ao desplante de colocar
enormes faixas pedindo uma intervenção militar que quer fazer um terceiro turno
golpista mesmo, para bagunçar o Estado Democrático de Direito, conquistado à
duras penas, é isso? – Ainda assim, minha gente, para quem não conhece o que é
uma ditadura, é bem melhor uma das piores democracias, do que a melhor das
melhores das ditaduras, se é que existe ditadura boa. Para que um movimento
tenha sustentação, tem que ter base, apoio vindo do lastro social de
sustentação de toda a pirâmide e não somente por parte da metade para cima e
com outro tanto, do topo, porque esse pessoal, apesar de fazer panelaço, nunca
passou fome e sempre teve a barriga-cheia, esta é a verdade.
Acredito em manifestações como àquelas históricas, de massa
que vieram às ruas contra o regime de escuridão da ditadura militar que
perdurou por mais de duas décadas, que tomou conta de nossas ruas, de gente do
povo e com o movimento das diretas já, que teve o seu nascedouro com uma ideia
do senador alagoano, Teotônio Vilela e foi apresentada como emenda
constitucional, pelo deputado federal de Mato Grosso, Dante de Oliveira, já
falecido, que apesar do movimento popular que dominou o país de ponta à ponta,
foi derrotada, no entretanto, pouco tempo depois, veio à eleição indireta pelo
Congresso Nacional, de Tancredo Neves, se restabelecendo assim, à volta de um
civil à presidência da república e a eleição de uma Assembleia Nacional
Constituinte em 1988, que veio a promulgar uma nova constituição que
restabeleceu o estado democrático do direito e toda essa luta não pode se
perder em vão, sem luta. Aí sim, foi realmente um legítimo movimento de massa
que tinha um objetivo político de massa e que terminou por vingar, mas era um
movimento legitimamente que vinha do povo e não propriamente da mídia e de
parte da elite brasileira, que não sabe sequer o que está defendendo. Então melhor
seria, cada um colocar o rabinho entre às pernas e ficarem calados, porque os
desencontros políticos que se está a enfrentar no atual momento, não é somente
do Brasil, mas sim, de grande parte do mundo.
Não estou aqui justificando ou defendendo de jeito nenhum,
práticas corruptivas, as quais sempre fui um ferrenho combatente, mas se é para
combater, vamos mobilizar todo o povo, a começar pela base da pirâmide, por que
do jeito que está, vindo de cima para baixo, esse movimento tende cada vez mais
a enfraquecer, como ocorreu no último domingo, além de que, esse pessoal
precisa saber o quê, o porquê, o nó da questão, a razão e para que, da
existência desse movimento, para poder se ter um conteúdo de cunho programático
e filosófico para ir à luta, fazer protestos de verdade, mas se calar diante de
uma simples pergunta a ponto de não saber definir politicamente o que vem a ser
o pensamento esquerdista e direitista na política, e até envolver Cuba e
Venezuela como bandeira de luta, aí tenham paciência, esse pessoal precisa
estudar mais um pouco de história, além de aprender mais gramática, ler mais
para saber de fato o que querem de verdade, esta é a realidade que antevejo na
minha modesta ótica. Movimento de massa tem que vir da base e não propriamente
da mídia golpista e de parte da elite dominante e que nunca passou um dia
sequer de fome.
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