Deveria não mais voltar a
esse assunto, entretanto, vez por outra, a gente se sente atingido e se vê na
obrigação de voltar à mesma tecla que vez por outra venho tocando. Não vou aqui
citar nomes, pois não é do meu feitio citá-los, porém a quem se amoldar à
carapuça, que a coloque, faça bom uso e, para que ninguém venha a saber de quem
se trata, melhor ficar calado, do que se expor ao ridículo.
Isso acontece nos melhores “reinadinhos” e em volta de seus “reizinhos”
de chumbo, que muitos ainda acreditam como se a vida fosse um conto de fadas.
Existem pessoas que não sabem largar essa condição ou de ser bobo da corte ou
de ser eterno xiliprêu incondicional a quem se submeteu a ser um mero servo ou
pau-mandado.
Pessoas desse naipe existem aos montes e todos os dias estão
nos seus postos, acorrentados, sem ter liberdade de dar um pio, a não ser que o
seu tutor, mentor e manipulador com os cordõezinhos permitam que venha a falar
ou dizer algo. Pior é que, quando dizem merda, quem vem a pagar à conta, é quem
falou, porque o seu senhor não quer aparecer. É assim mesmo que acontece em
muitos lugarejos que infelizmente muita gente ainda não aprendeu a ser livre de
verdade e teimam em permanecer acorrentados, presos à pesadas amarras dos
tempos da escravidão.
Isso acontece em cidades como à nossa e é muito fácil de
identificá-los sem maiores delongas ou buscas intermináveis, por que eles são
visíveis em cada esquina que se passa, em cada lugar que se dê vez a esse tipo
de pessoas, que infelizmente não chegou a um determinado nível de capacidade de
lutar por si só e fazer as suas próprias conquistas. Interessante mesmo, é que
esse tipo de gente, se imagina abafando para agradar seu senhor, quando só se
presta na verdade, para motivo de chacotices e de piadinhas de rodinhas de
fuxicos e de mesa de bar, nada mais que isto. Tudo que consegue é na base do
favor, da servilidade e de cega obediência ao seu senhor. Desobedecer pode
significar uma sentença de morte ou de abandono, sem o qual não poderá levar à
própria vida com liberdade e por capacidade sua mesma, por que não aprendeu a
visualizar os caminhos da liberdade para falar, olhar, ouvir e dizer o que
pensa sobre o que acontece e vem acontecendo à sua volta.
Diferentemente de muitos, e isso digo com uma ponta de
orgulho, não fui forjado em minha luta de vida, no puxasaquismo, no babaovismo,
no xilipreuismo ou coisa que o valha, mas desde cedo, aprendi que na vida, a
gente deve ter respeito próprio, vida própria e só através da luta na
trincheira de batalha, do conhecimento, estudos de varar noites, é que se pode
chegar à verdadeira liberdade. Agora quem não passou na vida por isso, posso
falar com muito orgulho, como muitos, também passei, e quem não ousou lutar
nessa trincheira, não sabe nada sobre o que é a vida, razão pela qual, do
eterno aprisionamento às correntes da escravidão eterna, do servilismo sem
causa e do puxaquismo grudado no sacro escrotal de seu eventual senhor ocasional.
Gente desse naipe será que está pronto para representar o povo
e por este falar livremente, a não ser que obedeça ao comando de alguém que vem
lá de cima, de uma outra esfera do poder? – Acredito que não, porque quem
depende para sobreviver de um mero favor de terceiras pessoas, que hora podem
estar com o poder nas mãos, hora pode não estar, então a quem esse tipo de
gente vai se socorrer quando o seu senhor vir a ser destronado, hem minha
gente!
Falar dos outros sem conhecimento de causa, é muito fácil. O
difícil mesmo, é querer ser ou no mínimo imaginar a se nivelar e ter a liberdade
que eu mesmo posso me ufanar de tê-la. Por isso mesmo, sou livre para voar,
para falar, dizer o que penso e imagino, o que muitos vassalos não podem,
porque têm rabos presos até à medula, além, quem sabe, de até participar de
ações pouco recomendáveis para cidadãos, que se dizem querer representar o
povo. Acredito que, lições já temos de sobra e a continuar com gente
acorrentada para representar o povo, em nada vai mudar, porque quem tem rabo
preso, vive acorrentado, como ter a devida liberdade para defender e bem
representar os sagrados interesses de nosso povo, esta é indagação que jamais
calou em minha boca e faço questão de sempre repeti-la, por que sempre foi e
será atual.
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