Acredito, que de certa forma, todos nós somos dependentes de
alguém ou ligados a alguma coisa, daí, sermos presas fáceis, quando poderíamos
ser libertos completamente, independentemente de quaisquer que fossem as circunstâncias.
No geral, existem pessoas, que por ter algum vínculo com
alguém, em muitos casos, não quer se comprometer, a ponto de sequer defender
nem mesmo os seus próprios interesses ou até algo que venha a repercutir
nestes. Isto acontece porque muitos temem, imaginam que até mesmo apondo uma
assinatura num papel é uma forma de comprometimento, quando na verdade, pode
até ser o início de abertura de sua libertação, mas por medo, temer supostas
represálias de alguma forma, prefere ficar na omissão eternamente e, enquanto
não pisarem no seu próprio calo, não está nem aí para o que acontece em sua
volta. O que mais abomino é justamente a covardia humana, em olhar tão-somente
para o seu próprio umbigo, seus próprios interesses, esquecendo de que cada um
de nós está intimamente ligado a uma coletividade, à sociedade em que vivemos e
fazemos parte de uma célula social que forma um todo.
Mas covardia, omissão e querer tirar o seu da seringa, é o
que mais se ver em nosso país, principalmente em comunidades pequenos como a
nossa. Na verdade, quando a gente sai por aí conversando com muita gente, pode
perceber que muitos falam, dizem alguma coisa, mas o que mais se ouve, é o
dito: “olha, estou dizendo isso, mas se alguém perguntar, não diga jamais que
fui eu”. Isso só vem a demonstrar a falta de compromisso que cada cidadão ou
cidadã tem para com o seu próximo. Pensar apenas em si mesmo, é puro egoísmo e
hipocrisia de quem não aprendeu a pensar grande ou na força de que a união é
quem pode ser o diferencial, no sentido de se chegar, alcançar objetivos que
venham a beneficiar a todos. Ninguém pode pensar somente no seu calo, enquanto não
for pisado. Esperar que até a sua própria vida venham a lhes tirar
inexplicavelmente, sem luta, é pura covardia e flagrante omissão, de quem não
aprendeu a dar o devido valor a si mesmo.
Sempre tenho dito que “andorinha só não faz verão”. E não faz
mesmo! Se a gente não conseguir adesões de nossos pares, não se pode chegar a
lugar algum, mas o que tenho sentido ultimamente, é que a gente quando busca
entrar numa trincheira de luta, aos poucos vai percebendo que não está só.
Existem muitas pessoas e, diga-se de passagem, não são poucas, que vão
abraçando àquela ideia colocada à apreciação do povo e grande parte, por
gravidade, vai aderindo e se envolvendo nesse espírito de luta.
Por isso mesmo, ainda que dependente de alguém, cada um pode
perfeitamente dar o sue grito de liberdade e se livrar das amarras, das
correntes que de certa forma, o prendem a alguma coisa. Muitos se deixam
enganar por uma migalha temporária, como se fora uma esmola, mas o que ninguém
pode, é chegar a um ponto xis de que se deixou influir tanto pela sua própria
insignificância de vida e achando-se que é realmente insignificante, acredita
que não mais existe e para esse tipo de gente, pelo visto, não há mais
esperança, a não ser, a eterna escravidão que muitos ainda imaginam que estão
comprometidos com esta, e pensam que desta não podem mais se sair. Na verdade,
mesmo calado, só se é prisioneiro de alguém ou de uma circunstância, quem
realmente quiser, pois dentro do livre pensar de cada um, todo mundo pode fazer
o que bem entender e esta minha gente, tem que ser a razão do viver de cada um
de vocês, porque a pior coisa do mundo, é não se sentir útil e se considerar
que não passa mesmo de um lacaio e verme imundo.
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