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domingo, 18 de outubro de 2015

HOJE NO ESPAÇO LITEREÁRIO POEMANDO, MAIS UM POESIA DO FUNDO DA ALMA E DO BAÚ, BRINCADEIRAS DE CRIANÇA DE MEUS TEMPOS



BRINCADEIRAS DE CRIANÇA DE MEUS TEMPOS

Jogava bolinha de gude
Nos meus tempos de criança
Era coisa simples e rude
Mas era ternura e não se tinha esperança.

O pião da goiabeira
Era feito com esmero
Nos dava alegrava nessa brincadeira
Mas era tudo simples e sincero.

Se perguntava até:
Já viu pião dá em carrapeta?
Mão se imaginava com fé
É, pode ser, se for coisa do capeta!

Tinha o pião grandão
E a carrapeta, pequenino
Dificilmente nesse refrão,
Apanhava nessa brincadeira de menino.

Ia-se então se armar
Com estilingue, pedras e para as árvores mirar
Em pobres pássaros que só queriam se alimentar
De vegetais e em suas vidas cantarolar.

Isso sem a menor sensibilidade
Era tudo coisa de criança
Que tinha essa incontida maldade
Mas não dava ao pássaro sequer chance.

Foram peraltices próprias menino
Que não há mais como desfazer
Traquinices indevidas e desatino
E agora não tem como mais nada se reviver.

Se brincava como bem se podia
Fazia-se bola de meia, enxertada de velhos panos
Mas nesse mundo de criancice e agonia
Foram muitos desencantos e enganos.

Era uma vida monótona
Sem saber éramos hipócritas
Mas é uma coisa que não mais volta
Pior é ser criança neste mundo atual de idiotas.

Vivi momentos singelos e ternos
Tudo era pureza e simplicidade
Não se vivia assim num inferno
Em que o que impera mesmo, é mais pura maldade.

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