BRINCADEIRAS DE CRIANÇA DE
MEUS TEMPOS
Jogava bolinha de gude
Nos meus tempos de criança
Era coisa simples e rude
Mas era ternura e não se
tinha esperança.
O pião da goiabeira
Era feito com esmero
Nos dava alegrava nessa
brincadeira
Mas era tudo simples e
sincero.
Se perguntava até:
Já viu pião dá em
carrapeta?
Mão se imaginava com fé
É, pode ser, se for coisa
do capeta!
Tinha o pião grandão
E a carrapeta, pequenino
Dificilmente nesse refrão,
Apanhava nessa brincadeira
de menino.
Ia-se então se armar
Com estilingue, pedras e
para as árvores mirar
Em pobres pássaros que só
queriam se alimentar
De vegetais e em suas
vidas cantarolar.
Isso sem a menor
sensibilidade
Era tudo coisa de criança
Que tinha essa incontida
maldade
Mas não dava ao pássaro
sequer chance.
Foram peraltices próprias
menino
Que não há mais como
desfazer
Traquinices indevidas e
desatino
E agora não tem como mais
nada se reviver.
Se brincava como bem se
podia
Fazia-se bola de meia,
enxertada de velhos panos
Mas nesse mundo de
criancice e agonia
Foram muitos desencantos e
enganos.
Era uma vida monótona
Sem saber éramos
hipócritas
Mas é uma coisa que não
mais volta
Pior é ser criança neste
mundo atual de idiotas.
Vivi momentos singelos e
ternos
Tudo era pureza e
simplicidade
Não se vivia assim num
inferno
Em que o que impera mesmo,
é mais pura maldade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário