Depois de Miguel Arraes de
Alencar, que era uma figura mitológica da política e que, por tabela,
transferiu um pouco disso ao seu neto, Eduardo Campos, que tragicamente veio a
ser vitimado por um inesperado acidente aéreo, praticamente Pernambuco ficou
órfão de políticos de nomes de vulto.
A força de Arraes sempre esteve no mito, nas suas convicções,
que até o momento que veio a falecer, nunca mudaram, mas já o seu neto, buscou
pragmatizar ainda mais a forma de se fazer política em nosso Estado, a ponto de
conseguir cooptar para o seu lado, em torno de 90% dos políticos pernambucanos,
isso através de uma política nefasta da compra de passes, através de dinheiro,
favores, promessas e a situação pernambucana, apesar de ter sido o estado que
mais cresceu proporcionalmente no Brasil na era Lula, está agora sentido as consequências
de um crescimento econômico que vem se esvoaçando diante de uma realidade, a
ponto do atual governo, Paulo Câmara, não saber como bem administrar o estado,
sem que tenha encontrado até o momento uma saída.
Buscam sempre federalizar as suas próprias incompetências, em
face do que foi mal feito lá atrás e só agora, é que as coisas estão pipocando
de fato, a ponto de se ter uma greve da polícia civil desde o início do ano,
sem uma solução e a nossa segurança pública está aí em frangalhos,
praticamente, a exemplo da saúde, completamente sucateada. Infelizmente, por
ser um sujeito vindo da área técnica, o que não é de todo negativo, mas está
faltando a Paulo Câmara, jogo de cintura, que era o forte de Eduardo, que
elegeu por isso mesmo, dois postes em Pernambuco, o primeiro, Geraldo Júlio,
prefeito do Recife e, o segundo, Paulo Câmara, governador do Estado, que no
amargar de um acidente aéreo que vitimou precocemente Eduardo Campos, que
queria concretizar o sonho que não se realizou por seu avô, Miguel Arraes, de
vir a ser presidente do Brasil, terminou por partir desta para outra ainda numa
idade política de amadurecimento para se fazer frente a novos campos de luta na
seara política, mesmo assim, ainda conseguiu eleger o seu protegido e primo de
sua esposa, Paulo Câmara. Na verdade, ele só se elegeu mesmo por trás do
fantasma de Eduardo, caso contrário, não teria chegado a tanto.
Se vivo fosse, com toda certeza, o nome de Eduardo estava
estampado nos tantos escândalos que capeia país afora, alguns são verdadeiros;
outros, nem tanto e alguns outros, tem interesses escusos de desnacionalizar
nossa economia, desestabilizando-a, e desestatizar a administração pública, com
a ideia de terceirização que só interessa mesmo à iniciativa privada nacional e
principalmente, no campo internacional, dos americanos, que são focados
principalmente na descoberta do Pré-Sal e na região amazônica. Como sempre eles
estão com o seu dedo em tudo que vem acontecendo em nosso país, com a
cumplicidade promíscua do grande empresariado, da grande mídia golpista e de
políticos picaretas.
Acaso Armando Monteiro tivesse sido eleito governador,
certamente o cenário de Pernambuco, seria outro. As dificuldades
indubitavelmente iriam aparecer, só que, com a experiência que tem, buscaria de
alguma forma driblar os entreveros e as dificuldades que a atual gestão vem
enfrentando e não está sabendo ou encontrando uma fórmula para debelar a situação
da crise pernambucana, que na verdade, não á a brasileira, mas sim, uma herança
deixada por Eduardo Campos.
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