Geralmente no contrato
social de todo e qualquer país que se preze no mundo republicano democrático,
existe no organograma jurídico-administrativo, um órgão encarregado de auxiliar
alguma instituição, seja lá como venha a ser o seu molde, na condição de órgão
fiscalizador e, a partir daí, buscar ser os olhos diretos de representantes ou
pseudos representantes do povo, para, embasada em auditagens e fiscalizações
técnicas, buscarem demonstrar por A + B, o que está certo, errado e apontar as
irregularidades e as decisões que devem ser tomadas por àqueles a quem dizem
representar o povo, é assim que funciona, em tese, esses órgãos, que no Brasil
resolveu se denominar de tribunais de contas de cada ente federativo, de
conformidade com o seu alcançe de organização jurídico-administrativo.
Em nosso país, o conselho de tais organismos é formado por
políticos em fins de carreira, uma escória de corruptos sem a menor moral de
julgar porra nenhuma, por algum amigo do peito de algum grupo ou pessoa
influente e por aí se vai. Por isso mesmo, não há como tais conselhos com essa
formação, julgar as contas de alguns de seus antes aliados, por que jamais
haverá imparcialidade em suas decisões, que na verdade, não tem força de,
apontado os responsáveis por práticas de crime de improbidade administrativa,
pagarem pelas suas condutas, nem mesmo a devolução do que foi surrupiado do
poder público.
Há de se ficar indignado o fato de que, em nossos municípios,
nossas cidades, todo mundo tem conhecimento de fatos cabeludos, de descalabros
administrativos inimagináveis, de desvios de verbas, enriquecimento sem causa,
tanto do gestor público com poder de mando, quanto de seus asseclas mais
próximos e isso, na criminologia penal, se tipifica aliado ao crime anterior, como
formação de quadrilha. O interessante é que fazem a coisa de tal maneira, que
contabilmente tudo é mascarado, tudo é elaborado de tal forma, para dar uma
vestimenta de legalidade formal, mas se buscar se chegar à fundo nos melindres
do que está no papel e do que foi realmente realizado materialmente e como, aí
sim, poder-se-á se chagar à fraude contábil que foi forjada, para se desviar
recursos que deveriam ser investidos na saúde pública, na educação, em projetos
voltados para os menos favorecidos e no social, mas nada disso acontece e a
bandalheira continua aí solta, rindo à toa e fazendo as mesmas traquinagens de
sempre como se nada tivesse acontecido.
As pessoas que vivem em suas cidades, em seus municípios,
sabem de cabo à rabo de tudo que acontece em seus próprios monturos. Muitos se
amofinam, fazem de conta que não sabem, se omitem, acreditam que todos que
entram no poder deve mesmo roubar do povo e, prefeito que entra pobre e sai
miserável, não passa mesmo de um grande idiota, um asno que sequer merecia ter
nascido. É assim que pensa grande parte do povo. É isso que está incrustado
secularmente na mentalidade de uma pobre gente que ainda não acordou para ver
que a realidade a ser seguida jamais foi ou será por esse caminho, porque quem
se propõe a ser político e vir a representar o seu povo, não é para surrupiar o
que é aportado para ser investido em favor deste mesmo povo, mas sim, aplicar
devidamente tostão por tostão nas finalidades previstas dentro da legalidade.
Por isso mesmo é que em muitos municípios, muitas cidades, estão aí em situação
de petição de terra arrasada, como a nossa Buíque e parece que tudo está bem,
nada acontece, o reizinho rindo da cara do povo, bufando e peidando de pernas
pro ar e o povo que vá se lascar, que satisfação alguma se tem com o seu próprio
povo, fazendo o mesmo ou até pior, de quem veio a suceder, que fez também a mesma
coisa, quem sabe em menor grau, por que jamais se imaginava se colocar no
poder, alguém que tanto criticou o Estado do Maranhão, e hoje se vê frequentemente
viajando para àquele estado. Mas povo pacifista, não quer confusão com ninguém,
aceita tudo de cabeça baixa, como o gado que vai para o corredor da morte no
caminho do matadouro, esta é uma das verdades que não suporto vê-la sem
permanecer calado.
Um costume que virou moda em nossa região, é determinados
gestores de uns tempos para cá, comparem propriedade de milhares de alqueires
(medida de lá) no Maranhão, por 3, 4, 5 milhões de reais, lotarem de rebanho de
gado bovino de corte, viajarem com muita frequência para esse estado e nada
disso aparece em suas declarações de imposto de renda, o que poderia ensejar à
Receita Federal a uma investigação séria por parte da Polícia Federal, apurar
no nome de quem estão tais propriedades, quer imóveis ou móveis, a exemplo de
veículos novinhos em folha e tops de linha, até mesmo carros importados de
marcas pomposas, e responsabilizar os culpados, porque minha gente, da forma
como se tem conhecimento, com assessores próximos da mesma forma apresentando
riquezas além de suas posses, dá para se acreditar que poderia se algemar em
cada um desses lugares, mais de uma dezena de envolvidos, a começar do
cabeça-mor, mas como ninguém tem nada, a ponto de até mesmo na declaração de
bens para efeito de registro de candidaturas apresentarem uma relação de bens
de menos de 50 mil reais, quando é sabido que se anda diariamente num carrão de
mais de 150 mil, então como é que as contas de tais gestores podem ser
consideradas regulares, quando a exposição de riqueza é tão clara e visível aos
olhos de qualquer mortal, que não dá para entender de onde provém tanta
riqueza, quando se ganha, mesmo ilegalmente, um salário que não dá de forma
alguma para se amealhar tantos bens ao mesmo tempo e aparentar tanta pompa, hem
minha gente? Está na hora de o povo cobrar mais e criar também, um pouco de
vergonha na cara e de amor próprio em suas escolhas e em quem está na direção
de seus destinos, esta é a verdade nua e crua, doa em quem doer.
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