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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

NOSSA ACADEMIA BUIQUENSE, UM ANO JÁ SE PASSOU!



   Exatamente na data hoje, numa quinta-feira, por volta das dez horas da manhã, nos reuníamos na Câmara Municipal de Vereadores de Buíque, para fundarmos e criarmos a Academia Buiquense de Letras e das Artes – ABLA. A ideia surgiu de minha cabeça, que já de há muito tempo sonhara em criar uma entidade cultural representativa e sem fins lucrativos, em nosso município, mas com alcance regional e quiçá, universal, como de fato está estabelecido nas normas estatutárias de nossa entidade.
   A coisa não foi lá muito fácil, mas ao conversar com Paulo Tarciso, Eudes França (Mutuca), Rilke Vieira, parte do Grupo de Leitores Cyl Gallindo, entre outros amigos, nos juntamos e viemos finalmente a criar a nossa instituição cultural privada sem fins lucrativos. Tínhamos muitos planos, como ainda temos e, nenhum deles se esvaneceu, porque somos insistentes e de nunca desistir da luta. Fizemos o que pudemos nesse incipiente espaço de tempo. Não pudemos fazer tudo que planejamos, mas dentro do possível, chegamos a realizar o suficiente para dizer que viemos para ficar e aqui estamos.
  Percebemos a má vontade tanto de alguns dos próprios membros que se juntaram a nós há exato um ano atrás, quanto da própria iniciativa privada em nos ajudar a manter algo de salutar importância para o desenvolvimento cultural de nossa gente e, quanto ao poder público, esse nem se fala, permaneceu inerte e, só chegaria a de alguma forma ajudar, se acaso a Academia de Letras e das Artes Buiquense, fosse um cabedal, uma extensão do Poder Público Municipal, o que não tem nada a ver, porque a entidade em si, não tem segmento político-partidário a seguir, a não ser o de se voltar para o próprio desenvolvimento da cultura de nossa gente e de nossa terra.
   Fundar a entidade cultura acadêmica, para nós buiquenses, podem olhar direitinho, foi um grande feito, um grande avanço, pois em nossa região não existe nenhuma instituição desse porte voltada para à cultura, às letras e às artes, a não ser no município de Pesqueira e assim mesmo, limitada geograficamente, e apesar de sua existência há mais de dez anos, nem sequer uma sede ainda tem, mas lá, o movimento cultural é bem maior do que o nosso, mesmo assim, não tem o olhar que merecia por parte tanto da iniciativa privada, quando do poder público. De qualquer forma, fomos o diferencial da cultura em nossa região, pois até mesmo Arcoverde, veio a ficar enciumada por nos encontramos historicamente nesse quesito, na sua dianteira.
  Até parece que para os políticos e os poderes públicos de um modo geral, a cultura é um mal maior que deve ser extirpada como um câncer, e não estimulada, por que a atividade cultural, desperta o saber, o entendimento, a inteligência e isso, torna o cidadão livre, liberto e não submetido às amarras de interesses escusos de quem quer que seja, porque a cultura liberta o ser humano e é muito difícil qualquer coronelzinho de araque chegar a entender a liberdade de alguém que chega a aprender a discernir o certo do errado.
   Durante esse curto espaço de tempo, implantamos em parte, o Projeto Cultura na Feira e nos Bairros, promovemos a campanha “Doe Um Livro”, para coleta de livros para formação de nossa biblioteca, participamos de algumas atividades culturais, trouxemos um escritor para proferir uma palestra, entretanto, no meio do caminho, tivemos que interromper o andamento do que havíamos planejado, por falta de recursos, de ajuda, quer da iniciativa pública, quer da privada e até mesmo, por parte de nossos integrantes, os quais muitos não entendem que sem as contribuições mensais, entidade alguma pode sobreviver. Não fundamos uma mera associatividade com finalidades espúrias, mas sim, uma entidade com objetivos claros, definidos e acima de tudo, vem sendo gerida por pessoas sérias, honradas e honestas, que só querem o bem e o desenvolvimento cultural de nossa terra e por isso mesmo é que a semente foi plantada há exatamente um ano e, vem crescendo e já dando os seus frutos, mesmo enfrentando toda a sorte de dificuldades e de adversidades.
  Na data de hoje, apesar de todos os percalços até agora enfrentados, mesmo assim, temos muito a comemorar. Por isso mesmo é que a partir das sete horas da noite, no Salão Nobre do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Buíque – SISMUB, teremos uma comemoração simples, porém de coração, ocasião em que teremos uma palestra sobre a fundação de nossa própria entidade cultural e sobre o escritor Graciliano Ramos, homem nascido em Quebragulo, Alagoas, mas que veio a despertar a sua verve intelectual em nossa terra e, se vivo fosse, neste dia 27, faria 123 anos e, também o seu livro Infância, autobiográfico, está fazendo 70 anos de publicação. Nos festejos estão incluídos também recital de poesias e de cordel, música ao vivo, a entrega de diplomas aos primeiros imortais buiquenses e de certificados para todos os membros acadêmicos, sejam quais forem as suas categorias em que estejam inscritos como membros da entidade cultural. Então temos muito a comemorar. Esperamos que as pessoas compareçam, conheçam nosso trabalho e venham a participar desse evento, porque só assim, poderão nos dar a força motriz para que possamos dar continuidade com mais garra, tenacidade, na nossa luta de firmar de vez a nossa entidade cultural em Buíque. Qualquer pessoa, mesmo fora de Buíque, pode se tornar um membro de nossa entidade cultural, pode colaborar com o nosso trabalho, que não tem fins lucrativos, independentemente do lugar onde resida, porque nosso Estatuto assim o permite.

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