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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O RECIFE CONTINUA SEMPRE PIOR



         Acredito ser mal das grandes urbes. No mundo de hoje, não há como melhorar o nível de vida de quem vive nas grandes aglomerações humanas. As condições de vida continuam de mal a pior. A gente vem ao Recife, como eu mesmo, quase sempre e, cada vez percebo, que da década de 70 para os dias atuais, essa cidade ficou cada vez pior.
         O trânsito não se fala! Como em outros grandes centros, a tendência é sempre piorar, caótico, desordenado e estressante. Coisa de cidade grande e que não para nunca de crescer cada vez mais. Qualidade de vida, quem pode falar nisso, morando em uma cidade como essa! Acredito que não se pode viver bons momentos num mundo em que você se vê rodeado por grandes edifícios, por veículos entupindo ruas, avenidas, feito um colapso de maremoto de entulhos destruindo tudo pela frente; sem espaço sequer, para o povo transitar e, quando se transita, é um topando um no outro. Coisa de louco. Todo mundo aperreado, olhar arredio, desconfiado, apressado, sem nenhuma emoção, sem um sorriso no rosto, sem nenhum olhar para outro. Uma verdadeira loucura viver num mundo assim!
         O que se esperar em se morar em grandes urbes? Acredito que não se pode esperar muito; nem oportunidades de dias melhores, de uma vida de qualidade, se poder viver num mundo dessa natureza. Mas na verdade, para quem já fez disso uma rotina, abilolado, amalucado, ou de tudo um pouco, aprendeu a viver num ritmo desses, ou pelo menos, faz de conta que se adequou, acomodou, porque viver de verdade, sinceramente, ninguém pode viver não. Seja em Recife ou outro centro urbano entupido de gente e toda parafernália própria das grandes urbes, não dá para se ter jamais uma boa qualidade de vida. Um horror viver num mundo de malucos ou prestes a ficarem amalucados.
         Pior é a gente ver que ao longo dos tempos, cada gestor público que entra, buscar dar uma rebuscada na cidade, fazendo construções monstruosas, umas substituindo outras e em nada melhorando a condição de vida de ninguém; muito pelo contrário, pode até mesmo, vir piorando a pretexto de mostrar serviço, como as tantas mudanças de paradas de ônibus construídas de um governante para outro, que tem passado pela cidade do Recife, que no meu entender não tem servido para absolutamente nada.
         Nessa cidade, nesse caos desordenado em que se encontra, você pode fazer o que quiser que jamais voltará a ser a Recife de outrora, das límpidas águas do Beberibe e do Capibaribe, dos manguezais antigos, de uma cidade pura, que embora existisse violência, nem se compara ao que existe hoje. Era uma aglomeração de pessoas com uma restinga de mais calor humano, o que talvez não mais exista nem um pouco!
         Lembro do antigo Mustang, da Rua Gervásio Pires, onde trabalhando no Bandepe e estudando na UFPE, o Recife já era uma cidade agitada, mas não como nos dias atuais. A violência nunca deixou de existir, mas claro, evoluiu para pior; o trânsito, sempre foi esse caos desmesurado, porém agora, da mesma forma, piorado. Recife, sempre foi agitada, não tanto, talvez, lá voltando mais atrás no tempo, mas nunca deixou de ser a Veneza Brasileira, só que, sem a beleza da verdadeira Veneza Italiana. No Mustang, que ficava bem próxima de nossa república estudantil, sempre me reunia com alguns colegas, para bebericarmos nos finais de semana ou em alguma noite qualquer perdida, mas a rotina era sempre um tanto quanto agitada, porque afinal, estávamos em Recife, na busca de um objetivo, mas viver no Recife, hoje não faz mais parte de meus planos. Só a quero de passagem, quando propenso a precisar de seus préstimos, de alguma especialização, que falta em nossas regiões do interior, quando chegamos a ser afetados por nossas mazelas próprias da vida da gente, mas de outra forma, para mim, Recife só mesmo de passagem.
         Pior é a quentura, mas essa é uma questão que está sendo sentida com a mesma intensidade em queimação da pele, de cidades como a minha, Buíque, que nesses últimos dias tem oscilando entre 40 a 41º, o que se pode dizer que pelo menos nisso, estamos empatadas, Recife e Buíque.

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