ESPAÇO POMANDO, É SÓ POEMIZAR
BOTE FATAL
Se acaso formos imaginar
Sei, vamos enlouquecer!
Melhor deixar de pensar
E desta ordem imperativa
esquecer.
Pode vir camuflada,
disfarçada, angelical
Descorada, colorida, ninguém
sabe!
Adentra no seu habitat
natural
De qualquer forma,
disforme, mas invade!
Não manda recado, hora ou
lugar
Chega de forma brusca ou
lentamente
Vindo destruindo tudo
devagar
Ou ceifa tudo fatalmente.
Sabemos que não se pode
impedir
Quando ela vem não manda
aviso
E disso ninguém pode se
iludir
É da vida, o termo
definitivo.
O triste neste mundo viver,
É num piscar de luz, tudo vir
a escurecer,
E quem estava à nossa
volta a se mover
Assim de repente, passar
tudo a enegrecer.
Oh!, vida irredenta de
amigos de outrora!
Que aos poucos vão
desaparecendo de repente,
Muitos sem sequer viver a
aurora
E vão sem querer, na estrela
boreal indolente.
E tudo vai se apagando a cada
luminar
De uma vida que se pensava
diferente
Por mais que há de se
lamuriar
A todos alcança
indistintamente.
Sabe-se entristecedor caminhar
Desse nosso desnorteado mal
Mas ninguém pode se livrar
Do impiedoso e certeiro,
bote fatal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário