Insisto mais uma vez em
falar de meu trabalho nas campanhas políticas e de minha vida como político. Do
trabalho em política, me iniciei desde que me formei, em 1990, se bem que,
envolvimento político-partidário sempre estive inserido desde que me entendi
por gente. Nunca ocupei mandato eletivo algum, apesar de ter concorrido uma
vaga de vereador no ano de 1992, naquela política tumultuada de Buíque, em que
houve tiros, bombas no local de apuração da eleição, e o interessante, é o fato
de que, como o voto era de cédula e as urnas de lona, a contagem em boletins
individuais de urnas, o juiz-presidente da época, dava o veredicto eleitoral de
quem estivesse mancomunado com ele, caso contrário, não se elegia de jeito
nenhum. Era pura corrupção eleitoral de uma fase negra, em que a própria
Justiça Eleitoral, através de um juiz aético, se valia de seu poder e só
ganhava uma eleição quem bem ele queria. Tinha candidato a vereador que
anoitecia eleito e amanhecia derrotado, tamanha a corrupção dessa autoridade, e
da fragilidade de apuração, na contagem de votos no boletim de urna, que era
muito fácil de se transferir votos fraudulentamente de um candidato para outro,
a numeração de votos, que era feita a anotação com lápis comum, era facilmente
manipulada. O interessante nesse joguete era que, o importante era no final, a
soma total, bater com a totalidade de votos contidos em cada urna de lona.
Nessa época os candidatos majoritários eram Blésman Modesto e Dr. Dilson Santos
e a vitória, coube a este último.
Foi assim que se deu a minha entrada no cenário da vida em
trabalhos político-eleitorais, que me deixou essa marca escancarada de corrupção
eleitoral, para sempre em minha vida. Não foi nada animador ter presenciado
tudo àquilo logo na minha estréia como advogado eleitoral e candidato à
vereador. Alguns dos atuais vereadores, em face de a minha campanha do
Movimento Liberta Buíque – MLB, chegaram até mesmo a insinuar na Câmara, que eu
estaria fazendo esse movimento por me sentir frustrado por não ter sido eleito,
o que não condiz com a verdade de forma alguma, pois nunca tive frustração por
não fazer parte dos corruptos daquela eleição. Numa situação daqueles, nem
mesmo esse meu crítico, foi eleito e ficou decepcionado e frustrado. Quanto a
mim, de forma alguma fiquei frustrado, apenas decepcionado com a falta de
respeito, a bagunça que houve e, mesmo assim, a Justiça validou essa eleição,
que à luz da lei, deveria ter sido anulada. Apenas aceitei a falcatrua com
relação ao meu nome, mesmo assim, ainda cheguei a interpor um Recurso Eleitoral
para anular a bagunçada e tumultuada eleição de 1992, mas apesar de todas as
evidências, a Justiça Eleitoral do 2º Grau, foi também conivente e só veio a
confirma à fraude e corrupção eleitoral de Buíque daquela época. O governador
era Nilo Coelho e não queria perder a eleição de Buíque, então deve ter dado as
cartas lá por cima do grosso da Justiça Eleitoral.
Em 1998, vim a conhecer Mané Roque puxando uma cachorra,
através do vereador Til, onde ainda morava em Pesqueira, para que eu
trabalhasse na defesa de alguns processos desse execrável político, o que fiz.
Na campanha de 2000, em Tupanatinga, abracei a campanha dele com afinco, mesmo
morando meio distante desta região, fiz um bom trabalho jurídico e ele terminou
por derrotar Duca com uma ínfima margem de 110 votos. Em 2004, repeti a dosagem
com ele e Zé Camêlo em Buíque, isso sem ganhar um centavo de honorários
advocatícios, tanto de um quanto de outro. Lá de Tupanatinga, o que recebi como
paga, o que não cobriu de forma alguma o trabalho que tive, foi uma nomeação
para o cargo de Procurador do Município, com um salário merreca, vexatório de
R$ 620,00 (isso mesmo!) e só. Trabalhei como manda o figurino para àquela
edilidade, resolvi uma dívida trabalhista de 1 milhão de reais, além de outras
defesas que patrocinei, sempre primando pela legalidade da administração
pública, fato que ele não fez. Depois vim a apoiar o atual prefeito e, da mesma
forma, fui leal e trabalhei e desse outro, que é da mesma iguala de Mané Roque,
o que recebi em troca foi ingratidão.
Uma das particularidades de meu trabalho de 2004, na campanha
de Zé Camêlo, foi o fato inédito de ter levado a impugnação da candidatura de
seu adversário, Arquimedes Valença, até o TRE e lá, a princípio o pedido de
impugnação de registro de sua candidatura, foi acatado, vindo a ser virado o
jogo, por meio das nuances que existem de fortes e poderosas forças políticas
de bastidores, mas que naquela campanha, que da mesma forma, não ganhei um
centavo sequer, foi uma grande campanha bem planejada no setor jurídico e
sequer reconhecimento pelo meu trabalho tive como merecia.
Na campanha de 2008, também por convicção e acreditar no
filho de Zé Camêlo, vesti a camisa por completa como advogado e Presidente da
Coligação que o levou ao poder pela primeira vez e, no final de contas, o que
recebi também, foi só ingratidão, o que hoje para mim, tanto faz como tanto fez.
Não que quisesse participar de falcatruas algumas das quais eles ainda vem
fazendo parte, mas apenas ter o meu trabalho e o meu valor reconhecidos, coisa
que nunca tive, nem dos políticos picaretas daqui, tampouco dos de Tupanatinga.
A questão nunca foi de tirar casquinhas, “comer” alguma coisa, como muitos
ainda aludem, mas sim, o compromisso de fazer o meu trabalho jurídico dentro da
legalidade e como manda o figurino jurídico, apesar das roubalheiras que sempre
soube haver tanto lá, quanto cá, porém jamais participei de nenhuma delas.
Outra mais que poucos sabem, é o fato de que, nunca fui de
alisar político corrupto. Nem os de Tupanatinga, tampouco os daqui de minha
terra. Mesmo tendo trabalhado para tais vermes rastejantes, nunca fui de
compactuar com a corrupção de nenhum deles e sempre fui um crítico ferrenho,
mesmo fazendo o meu trabalho jurídico para todos eles. Já na campanha de 2012,
comecei a esfriar com esse de cá, porque o que já previa, estava acontecendo
diante dos meus próprios olhos, e passei então a manter uma certa distância
regulamentar, por não concordar com os métodos espúrios de se administrar nossa
terra, daí foi que, não suportando mais, em outubro de 2014, resolvi de vez dar
o meu grito de libertação e me livrar de vez dessa escória da política de nossa
região, tanto os de lá, quanto o de cá.
Não o apoio mais de forma alguma, ou mesmo quem quer que
venha a ser apoiado por qualquer um desses maiores corruptos de Buíque, porque
ao apoiá-los, seria o mesmo, no meu entender, que está concordando com as
práticas que sempre calcaram as suas marcas corruptivas e que tanto fizeram e
continuam fazendo do mesmo jeito, e quem eles vierem a apoiar, com toda
certeza, na condição de representantes de qualquer um dos lados da política
bipolarizada de Buíque, estará contaminado pelo fruto da árvore envenenada pela
corrupção, e essa prática nunca foi ou será a minha praia. Nunca fui de ficar
calado, tampouco de compactuar com corrupção de ninguém.
Então minha gente, e digo isso diretamente para quem tem uma
opinião diferente a meu respeito, que nunca “comi” de prefeito ou político
algum de minha região, muito menos dos de Buíque e digo com toda convicção, não
sou eu quem deve a eles não! – Muito pelo contrário, são ELES NA VERDADE QUEM
ME DEVEM, e muito. Mané Roque mesmo, até uma doença do coração (um infarto)
simulou para dizer que não poderia comparecer às audiências designadas para ele
comprovar se era ou não analfabeto, num processo de impugnação de sua
candidatura em 2000, o que deveria ter ensejado a Juíza de Direito da época, a
pegá-lo de surpresa no hospital onde ele dizia que estava internado. Só para se
ter uma ideia, de muitas picaretagens políticas, tenho conhecimento de per si e muito para dizer. Por isso
mesmo é que sempre tenho dito, se acaso um dia for contar, escrever sobre a
HISTÓRIA POLITICAMENTE INCORRENTA da política buiquense, muitos políticos que
já se foram, vão tremer em seus túmulos, esta é a verdade. Por isso é que devo me
limitar mesmo aos que estão vivos e que devem, por uma questão de vergonha do
próprio povo de Buíque, serem varridos de vez do nosso mapa político, bastando
para isso, o povo criar vergonha na cara, esta é a verdade, gostando ou não e
estou aqui para dizer isso, agradando ou não, mas terão que engolir minha verborréia
indigesta, disto não tenho a menor dúvida.
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