Não vou aqui citar
nominalmente os que estão lenta ou velozmente fazendo, dando o último suspirar,
fazendo o caminha derradeira e partindo para o sono eterno. Nada mais é, do que
uma triste realidade do percurso da vida, como todos tem a mais realística
certeza, por sinal, a única que temos.
O que na verdade tenho observado, é o fato de que muitas
pessoas contemporâneas de nossa própria convivência e de muitas de minha
geração, ou até mesmo de outras bem próximas, tanto voltando no tempo, quanto
neste se protaindo, uns até mesmo sem sequer ter vivido, estão indo e a nós que
estamos nesse caminhar cada vez mais limitativo, mais curto, ficamos talvez na
temeridade em saber qual será a senha da vez! – Sim, porque querendo ou não, o
dia de cada um vai inexoravelmente chegar, disto ninguém pode ter a menor
dúvida.
A humanidade hoje em dia, é composta por cerca de 8 bilhões
de vivas-almas e, pelo visto, nasce mais gente do que morre. Ninguém sabe ao
certo aonde vai parar toda essa explosão demográfica, mas muitas consequências imprevisíveis
já podem ser sentidas, pois com tanta gente, há sempre de se questionar, até
que ponto se vai ter o bastante e suficiente para tantas bocas? – Com tanto
desequilíbrio natural, provocado pelos próprios seres humanos, o Planeta Terra
vai suportar sem uma reação em cadeia fruto da própria insanidade humana, que
em muitos casos não está percebendo que se está desembocando num fosso negro
sem fundo e como chegar a uma solução diante de tudo isso? – Por qual razão,
com tanta gente, todo mundo tendo ciência própria que vai morrer, ainda existem
um mínimo de pessoas com tudo e uma grande maioria absoluta sem nada? – Será que
vale à pena acreditar que viver nababescamente é tudo e, quando a ceifadora de
vidas chega, ninguém leva nada, e aí que se fez da vida? – São questionamentos,
que a própria humanidade poderia de ciência própria, fazer a si mesma, porque
na verdade, ninguém vale absolutamente nada, a não ser volver ao pó do que cada
ser humano organicamente é formado enquanto vida tiver.
São tantos os mistérios a nos envolver, que ninguém pode
esperar que vai para esse ou àquele lugar, que no meu entender, não existe
lugar reservado para ninguém. Nem Céu resplandecente, tampouco inferno
incandescente em chamas com milhares de satanazes com seus tridentes em brasas prontos
para cutucar quem cair nas malhas infernais, pelo que fez ou deixou de fazer
enquanto em vida. Isso não existe. Também que ninguém espere que da morte se
parte para um paraíso com belos jardins, uma calmaria ao som de leves
trombetas, com anjos flutuantes a lhes tocar n’alma, que isso está mais para
história de contos de fadas. Não acredito que existe um lugar reservado para
ninguém numa fase de vida pós-morte, a não ser sete palmos e a escuridão
infinda, sem pensar, sem absolutamente nada, apenas um buraco em que cada
geração, a depender da senha na fila da morte, que em muitos casos pode ser
abreviada, a depender das circunstâncias de vida, vai e não volta mais, nem para
dizer aos que ficam, como é depois de tudo por que se passou na vida.
Por isso mesmo, é que nesta vida, devemos fazer tudo que
quisermos e puder, dentro do que social e legalmente que nos é permitido,
porque camaradas, depois que chega a vez da nossa senha da morte, ninguém é
mais ninguém nesta porra de vida! - O que podemos perceber é que essa senha
está cada vez mais se aproximando da gente e mais dia, menos dia, chegará a vez
da senha de cada um de nós e disso, ninguém poderá evitar. É desse jeito: ou
aceita, ou aceita! Não tem escapatória e a morte não manda recado, a não ser
quando se vai morrendo lenta e sofregamente, caso contrário, vem assim de
repente, como se fora um raio de luz e pronto! Tudo se apara e já era!
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