Apesar de vir falando,
escrevendo através de vários jornais de nossa região, divulgando seja por
quaisquer meios de comunicação, sobre a situação de Buíque e de suas
potencialidades, pode até parecer uma luta silenciosa, mas pelo que dá para sentir,
isso vem incomodando a muita gente, né mesmo camaradas! - Pode até imaginar se
estar pregando num deserto, mas pelo visto, não é bem assim, porque o que tenho
escrito, falado e divulgado em tom crítico, não de forma destrutiva, mas com um
fundo de verdade para que nossa gente acorde e possa dar uma guinada de mudança
de vez, disso tenho consciência que vem, mesmo silenciosamente, acontecendo.
Pode não ser o que se espera, mas que uma forma ou de outra, algumas pessoa me
escutam, leem e sabem que estou certo, disto tenho toda a certeza.
Não que a gente possa perceber uma reação em cadeia de
repente, porque esse trabalho é de formiguinha. Tanto isso é verdade, que desde
que me entendo de gente, que sempre tive um ponto de vista crítico não somente
com um olhar para o meu município, mas sim, para o próprio mundo, porque isso é
próprio das pessoas que pensam e, se pensam, logo existem. Nunca fui de ficar
calado, mesmo diante de minha “insignificância” ou firmeza de ser e do ter, mas
nunca fui de capitular diante dos grandes e poderosos ocasionais e, de certa
forma, já tendo chegado à terceira idade, penso, ajo e imagino da mesma forma
que quando era um jovem adolescente que estava protestando, ouvindo, assistindo
algum movimento popular contra à famigerada ditadura militar implantada em
nosso país no ano de 1964.
Naquela época não tinha ainda a devida conscientização, por
me faltar a devida compreensão sobre o que acontecia, mas como era um golpe
perpetrado contra o povo, acreditava que não poderia de forma alguma ser nada
bom, por isso mesmo, já demonstrava minha insatisfação contra o status quo então implantado já naqueles
tempos de escuridão infinda por mais de duas décadas.
Decepciona-me quando vejo algum jovem de punho levantado ou
empunhando uma bandeira, pedindo um regime abominável, execrável e espúrio, de
volta. Fico indignado diante de uma cena assim, e chego e me perguntar, lá de
dentro do meu introspectivo: que tipo de juventude é essa, minha gente! –
Clamar por um regime indecente e imoral como o foi a ditadura militar!? –
Acredito que é por pura falta de conhecimento, de leitura do legado deixado
escrito por quem conviveu àqueles negros tempos que só devem mesmo ser
lembrados com menosprezo, desdém e escárnio, para que não se volte a viver
situação idêntica e dantesca em nosso país.
Voltando para o meu próprio umbigo, sempre tive mais focado para
Buíque, afinal foi aqui onde nasci, me criei, tive minha formação moral, o
fundamento de meu caráter e aprendi com a simplicidade de meus pais, que apesar
das cruezas da vida, foi possível me tornar honrado e honesto e isso, são
qualidades inatas de todos os que pertencem à linhagem que vem dos troncos de
Milton Modesto e de Adelaide Alves de Albuquerque. Quanto aos demais, tenho a
minha admiração e respeito. Alguns não pensam igual à minha pessoa, também
pudera, ninguém pode se ver obrigado a pensar igual a outra pessoa só porque
descende de um mesmo tronco familiar de uma geração anterior!
Em muitos casos sou criticado pelas minhas posições, que
alguns acreditam ser radicais, mas e daí? – Para mim pouco importa. O certo
mesmo na minha visão de mundo, é me sentir bem comigo mesmo, dentro de minha
linha idealista de ser. Pode até não passar de um idealismo que para alguns
possa parecer idiota, mas também, não estou nem aí. Sou assim mesmo e priu! –
Modificar a essa altura do campeonato, não vou mais. Então quem estiver
incomodado com o que digo, escrevo ou falo, só tem um jeito, fazer-me calar de
vez, porque não vou jamais deixar de agir, pensar e fazer o que tenho sempre
feito, dentro do que penso e de meus ideais de vida. Quem quiser ser corrupto,
mau-caráter, sem-vergonha, descarado, que o seja, que não estou nem aí também.
Só não posso aprovar nada disso, principalmente quanto esses tipos de
comportamentos, vem a mexer e influir negativamente na vida de muitos de nossos
conterrâneos e, mesmo que eles não compreendam a minha intenção, o meu gesto de
independência, só tenho a dizer que não vim ao mundo para mudá-lo, mas sim,
para tentar fazer alguma coisa para tentar mudar, porque não sou Deus para ter
poder algum, apenas a vontade de ver um povo livre, consciente e liberto de
tantos vermos a nos corroer corpos e mentes de nossa população mais pobre,
miserável e carente e isso, camaradas, que me perdoem quem se doer, que podem
se implodir ou até mesmo se queimar em combustão espontânea por dentro, que
minha pisadinha vai continuar da mesma forma. Não vou mudar e estou para servir
meu povo sem ser servido, porque não nasci com a mácula de ser surrupiador
daquilo que não me pertence.
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