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domingo, 7 de fevereiro de 2016

NO ESPAÇO POEMANDO DE HOJE, MAIS UMA POESIA RELEMBRANDO DO SENTIMENTO DE ANTIGOS CARNAVAIS



QUANTA SAUDADE DA QUARTA-FEIRA INGRATA

Voltando à vida no tempo
A gente se sensibiliza e se extasia
E nada nos leva no vento
O que na alma se fantasia,
Vindo tristeza sem acalento
De tudo de bom que se fazia
Não havendo no mundo encanto
Que nos dê a primazia
De ter um novo encontro
Do passado que anestesia
E ficamos no desencontro
Na vida atual tão vazia
Onde pouco se fez tanto
Por isso as lágrimas jorrantes de dor
Nos chama para um clamor
De tempo bom que passou
Quando em eras priscas se brincou
E tanto a gente brincou
Nos carnavais que passou!
Na cama, nas praças, ou em qualquer lugar,
Se amou!
Ao ar tudo se jogou
Esquecendo o mundo, no peito a dor
E tudo de repente se transmutou
Num reinado de alegria,
Onde tudo da vida fugia
A alma flutuava embevecida
Entorpecida pelas belezas vividas
Que nos fazia diferentes
Doces, pacíficos e contentes
De dançarmos alegremente
Nos carnavais que se foram
Belos, singelos e puros,
Que ainda lá distante ouvimos
As marchinhas de Aurora
Que nos fazia outrora
Ficar no ar por várias horas
Pedindo sempre na vida
Alegria, amor e paz
Naquela vida que não volta mais.
E hoje não temos jamais
Os antigos carnavais
Que ficou da história, os anais
Da vida liberta e mundana
Das várias colombinas amadas
E hoje só respingos restou
Lá no fundo bem distantes,
Onde todos doce brilhante,
A ouvir àquela música serena
Bela e estonteante
De mais de mil palhaços no salão
E vem tudo como num telão
Em relances de pirilampos
Esperando somente chegar
Não mais a quarta-feira ingrata
Mas dias hoje de folia
Que só mata e maltrata
E demos de vez para sempre
Nosso adeus à quarta-feira ingrata...

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