Não sou diferente de
ninguém. Sei que a vida é dura. Turbulências múltiplas por ela já passei, e
acredito que muitos, ou quase todo mundo também já passou por poucas e boas.
Ainda tenho meus momentos de descontentamento, estresse e até um pouco de
depressão, mesmo assim vou rumando nesse barco que só tem um porto único a se
atracar.
Porto seguro? – Quem sabe lá que porto será esse, mas só se
sabe que nele se chegará ou por bem ou mal. Por bem acredito que não, porque
ninguém quer de verdade aportar nele, mas que cada um de nós nele atracará,
disso não tenho a menor dúvida. Mais cedo ou tarde, neste barco da vida, é o
caminho desse porto que cada um e cada qual indiscutivelmente, nele atracará,
se rico, pobre, preto, branco, homem, mulher, transgênero, ou seja lá quem for,
ninguém escapa da senda desse caminho inarredável. Pouco importa, mas no final
de contas, todos lá estarão, se em formato de alma, de espírito, invisível ou
de qualquer forma ou disforme, lá chegará.
É a realidade da vida. Não temos como fugir disso, como não há
como se furtar das turbulências pelas quais passamos no decurso de nossas
vidas. Como bem já o disse no início, já enfrentei turbulências mil nesse curto
lapso temporal de vida. Curto sim, porque se pudesse, não atracaria nesse
porto, uma vez que, não sinto que ele seja seguro para ninguém. Ele apenas
aprisiona a pessoa para sempre, donde ninguém dele jamais sairá e assim, tudo
vai permanecer na mais imensa e densa escuridão para sempre. Talvez até lembrem
de você, acaso tenha feito algo pelo qual possa vir a ser lembrado, caso
contrário, nem lembranças de ninguém ficará neste mundo.
A vida é assim mesmo, mas os problemas que nos trazem
turbulências circunstanciais, a gente tem que enfrentar de frente, muito embora
nem sempre demonstramos a coragem para enfrentá-los, mesmo assim, como estão
umbilicalmente ligados ao nosso psiquismo, a gente tem que tudo tem que
encarar, olho no olho, sem desistir da vida, tampouco capitular desta, porque
nada vale à pena, nem mesmo perder a serenidade, embora não a controlemos em
determinadas momentos difíceis da alma, do corpo e da mente, mesmo assim,
devemos continuar remando neste barco que só vai dar mesmo o norte num certo e
determinado porto e disso, não há como ninguém se furtar, porque esta é a
realidade da vida. Por sinal, a única que temos, a inarredável certeza e não há
como se mudar isso de forma alguma.
Por isso mesmo é que, à medida do possível, devemos buscar
sempre amenizar as turbulências da vida de cada um de nós, porque menos mau
encará-las de frente, do que batermos de frente com ela e em muitos casos como
acontece, chegarmos antes do que pensávamos nesse porto em que indubitavelmente
um dia, mesmo não querendo, vamos ter que atracar para sempre, quando chegar o momento do passageiro da agonia.
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