Oxente! - Indignado exclamo!
Não deixo minhas origens,
Quem as nega não merece
Um recado de te amo!
Nordestinado eu sou
E digo com muito orgulho
"Minino", sou nordestino
Cabra decente, arretado
Que não aceita desatino!
É esse o meu destino
Sou flor de lácio do Agreste
Do Sertão, cabra da peste
E não sou de ser mofino!
Brabo também não sou!
Mas não mexa comigo não,
Numa serpente me viro
Como o diabo no Sertão!
Fico arretado pra peste
Quando dizem o outro lado
Que se vive esfomeado
E esmulanbado se veste.
Que coisa mais sem noção
Esse povo que se diz irmão
Deveria buscar o cão
E viver noutra nação!
Não preciso de esmola!
Nem da tua educação
Porque em minha sacola
Já existe muita cultura, educação e o pão!
Se for bem se reparar
Não dá sequer pra trocar
O Nordeste pelo Sul
Porque temos tudo a sobrar!
Só não nos livramos da seca,
Essa cobra pestilententa
Mas com jeito a gente vence
Essa fase sagaz que atormenta.
Mesmo assim torno a dizer,
Sou nordestino de raça
Cabra macho e arrretado
E isso não há quem desfaça.
A característica de um povo
Ninguém pode tirar não
Porque o que mais virá de novo
É um nordestino governar, esta nossa nação!
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